Tag Archives: Acesso à Informação

Digitalização do SUS deve integrar dados e garantir uso ético. Assunto foi discutido durante simpósio internacional em São Paulo

Integração e tratamento ético das informações são pontos que devem ser pensados durante a digitalização dos processos do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses foram alguns dos pontos levantados durante o primeiro dia do 1º Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS, nesta segunda-feira (2).

“Como dizia a presidente Dilma, os nossos dados são imbatíveis, não batem nada com nada”, disse o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Arthur Chioro, citando a ex-presidente Dilma Rousseff. À época Chioro era ministro da Saúde. “Nós precisamos superar essa desarticulação da informação, que é tão estratégica para a gestão. E ao mesmo tempo acabar de vez com essa fragmentação que faz com que nós não consigamos pedir de fato uma transformação digital”, acrescentou.

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Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde lança nova página

VPPAPS - Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde

Será lançada no dia 18 de dezembro a nova página da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), integrada ao Portal da Fiocruz. Com uma interface mais moderna, a página disponibilizará conteúdos sobre  saúde,  ambiente, sustentabilidade, atenção e promoção da saúde. Poderão ser acessados textos, artigos, publicações, documentos, agendas e grandes linhas de trabalho.

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Acesso à ICTS 2019: abertas as inscrições para o curso de qualificação do Icict

Estão abertas as inscrições da próxima turma do curso de qualificação em Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde, oferecido pela gestão acadêmica do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), de 03/6 a 18/7.

Realizado em modalidade semi-presencial, no Rio de Janeiro, o curso visa treinar profissionais das áreas de informação relacionadas à pesquisa acadêmica, serviços e inovação tecnológica em saúde, compreendendo os processos de trabalho de bibliotecas, departamentos de informação, dentre outros, além de ampliação do conhecimento sobre bases de dados especializadas e fontes de informação.

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BIREME lança novo curso online sobre acesso e uso da informação em saúde

A cooperação técnica da BIREME desenvolve produtos e serviços de informação aplicados à gestão, acesso e uso da informação e evidência em saúde e ao desenvolvimento de capacidades nos países da América Latina e Caribe (AL&C).

Com este propósito foi desenvolvido o curso de autoaprendizagem “Acceso y Uso de la Información Científica en Salud”, no idioma espanhol e dirigido aos profissionais, pesquisadores, gestores e estudantes em busca de informação e evidência científica para subsidiar a prática e a tomada de decisão em saúde, explorando com maior ênfase as fontes de informação e recursos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O curso está disponível no Campus Virtual de Saúde Publica (CVSP) é gratuito e oferece certificação.

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SciELO Brasil mantém liderança mundial

A Scientific Electronic Library Online (SciELO) Brasil mantém a liderança na categoria Top Portals na nova edição do Ranking Web of World Repositories posição que ocupa desde 2011.

Atualizado semestralmente pelo Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) da Espanha, desde 2008, o ranking reúne portais de publicações científicas de acesso livre e gratuito, destacando os de maior presença e impacto na web.

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Estudo sugere sistema de acreditação para sites de saúde

Pesquisas nacionais e internacionais mostram que, cada vez mais, pessoas acessam a rede para obter alguma informação sobre a condição de saúde de si mesmas, parentes e amigos e, até mesmo, ter diagnósticos. Baseada nesse advento da tecnologia, foi desenvolvida, na ENSP, a pesquisa Uma proposta de critérios de avaliação da qualidade para sites de saúde. A autora do trabalho, realizado no âmbito do mestrado profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Informação em Saúde, é Ana Paula Bernardo Mendonça, desenvolvedora web e tecnologista da Coordenação de Comunicação Institucional da Escola. Entre as principais propostas da pesquisa está a criação de um sistema de acreditação que forneça um selo de qualidade para sites de saúde brasileiros que alcancem tais critérios.
Em sua dissertação, orientada por André Pereira Neto, pesquisador da ENSP e coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Liss), que integra o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), Ana Paula defende que, ao longo dos últimos anos, o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação e o crescente processo de difusão da internet vêm proporcionando aumento excessivo de produção de informação. Segundo ela, tais informações podem ser obtidas em sites sobre saúde e nas diversas comunidades virtuais e grupos de apoio existentes na grande rede mundial, pois, nesses ambientes interativos, os usuários compartilham suas aflições e experiências.
Esse fato, explicou Ana Paula, pode ser interpretado como uma virtude. “Isto é, a internet facilita o contato e o fornecimento de apoio aos pacientes, parentes ou amigos com informações e experiências sobre saúde. Por outro lado, o usuário pode obter informações inconsistentes, divergentes e sem comprovação científica sobre o tratamento de uma determinada doença”, comentou. Além disso, ela alertou: “Sites com objetivos unicamente comerciais podem fazer propaganda desonesta de produtos e uso indevido de dados pessoais dos usuários. Isso representa grande risco, em especial a usuários leigos, que desconhecem as regras relativas à identificação de informações confiáveis.”
Ana Paula partiu do princípio de que a informação em saúde de qualidade é um direito de todos. Nesse caso, a adoção das recomendações do governo em acessibilidade e usabilidade de sites de saúde pretende viabilizar sites mais fáceis de usar e acessíveis para portadores de limitações físicas.
Em sua pesquisa, a desenvolvedora da CCI percebeu uma necessidade real de se avaliar a qualidade da informação em saúde na internet. “Tal fato já é consenso entre profissionais de saúde e de diversas áreas afins, assim como no âmbito das instituições governamentais, não governamentais, associações de classe e, principalmente, no exterior. Para tanto, o modelo proposto neste trabalho visa orientar profissionais de saúde na avaliação da qualidade de sites de saúde e, ainda, de provedores de informação no desenvolvimento de sites.”
No exterior, disse Ana Paula, diversas organizações certificam sites de saúde. No entanto, no Brasil ainda não há notícia de organização pública ou privada que exerça essa atividade. “Portanto, a ideia deste trabalho é incentivar a efetiva participação dos profissionais da ENSP, como instituição do Ministério da Saúde, na prestação de serviços de mais qualidade para a sociedade. Entre as principais ações, está a criação de um sistema de acreditação que forneça um selo de qualidade para sites de saúde brasileiros que cumprirem tais critérios.” Ainda assim, de acordo com ela, é preciso desenvolver mecanismos de filtragem e avaliação da qualidade da informação em saúde baseados no modelo da web semântica ou terceira geração da web (web 3.0).
Para tanto, a autora da dissertação pretende promover programas de orientação voltados para os usuários, cujo objetivo será debater a importância da verificação de aspectos mínimos que conferem credibilidade a um site. Entre os desdobramentos também está a elaboração de um formulário eletrônico simples, para que os próprios usuários possam avaliar os sites visitados, e a criação de uma base de dados ou catálogo na internet que contenha as referências dos sites brasileiros certificados. Por fim, está a criação do selo de qualidade Fiocruz, “assegurando maior confiabilidade para os sites certificados e auxiliando o usuário leigo, que não sabe distinguir informações críveis das incríveis encontradas na internet”, ressaltou.