Em 1907, Oswaldo Cruz partiu para a Alemanha com uma bagagem nada usual: amostras de soros e vacinas, exemplares de insetos transmissores de doenças, materiais sobre campanhas sanitárias, peças de anatomia patológica, maquetes do instituto que deu origem à Fiocruz. Estava disposto a impressionar os participantes do 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia. E conseguiu: garantiu medalha de ouro para o Brasil, naquela que pode ser vista como a primeira grande iniciativa de divulgação científica da instituição. De lá para cá, a forma de falar sobre ciência para o público em geral se tornou campo de conhecimento e sofreu muitas transformações, dentro e fora da Fiocruz, onde é considerada área estratégica e um compromisso social. Um estudo inédito conduzido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) detalha como se comunica com a sociedade a instituição criada há 121 anos, hoje uma das principais referências em ciência e tecnologia em saúde da América Latina, presente em 11 unidades da federação e com atuação nas áreas de pesquisa, ensino e inovação, onde se destaca na produção de vacinas e biofármacos.
A investigação, a primeira do tipo na história da instituição, revelou que a Fiocruz conta com um grande sistema de divulgação e popularização científica, com ações em meios tradicionais de comunicação, internet, materiais educativos e de divulgação, atividades presenciais e na chamada ciência cidadã. Um artigo publicado na mais recente edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos detalha o mapeamento realizado em 2015 e 2016.
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