A estudante Sheila Sousa sofreu de insônia durante um ano. Ela conta que só conseguiu combater o problema depois que procurou orientação médica. “Dormia um pouquinho e acordava, não fixava a noite. Me sentia sensibilizada, chorava muito por causa disso. Inclusive com a medicação para o dia ajudava na questão do apetite. Inibia mais essa minha ansiedade pela comida, que e estava tendo, por conta da insônia. Foi um tratamento mesmo. Fui fazendo terapia, a depressão foi saindo e voltei a dormir bem”.
O otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Lucas Lemes, explica que, assim como Sheila, muitas pessoas que dormem mal acabam desenvolvendo problemas graves de saúde como obesidade, apneia e hipertensão. “Isso está cada vez mais sendo conhecido como mecanismos de doenças que podem ser favorecidas pela má qualidade de sono. As pessoas que dormem menos do que o necessário, ou que dormem mal, tem uma tendência, por exemplo, a ganhar peso. Outras doenças específicas favorecem a hipertensão arterial. Existem mecanismos que essa má qualidade do sono favoreça a uma elevação da pressão arterial sistêmica durante o dia”.
O otorrinolaringologista Lucas Lemes aproveita e dá dicas para quem precisa melhorar a qualidade do sono “Tem que ser um ambiente de temperatura adequada, controlada onde você consiga ter um conforto na cama. Uma redução dos estímulos na hora de dormir, tanto luminosos quanto os estímulos de trabalho, tudo isso favorece uma melhor qualidade do sono”. Ainda de acordo como Lemes, alimentos ricos em gordura e bebidas a base de cafeína, como chá e café também podem prejudicar a qualidade do sono.