Se não for tratada da maneira correta, pressão alta pode causar danos irreversíveis à saúde

A hipertensão ou pressão alta é uma doença sorrateira, que acomete homens e mulheres de todas as faixas etárias. O problema é caracterizado pela elevação dos níveis tensionais no sangue e geralmente está acompanhado por enfermidades como obesidade, sedentarismo ou problemas cardíacos, por exemplo. “Ele ataca silenciosamente, muitas pessoas nem sabem que têm o problema. Os sintomas mais comuns durante uma crise são a cefaleia, mal estar, cansaço, falta de ar, dor no peito e visão turva”, explica o cardiologista e chefe do Centro de Cuidados Coronarianos do Hospital Federal do Andaraí/RJ, Geraldo Chedide.

Em uma crise hipertensiva, nem sempre todos esses sintomas estão presentes ao mesmo tempo. Se o indivíduo sentir alguma dessas alterações, deve procurar um médico imediatamente para aferir a pressão. “Apesar de ser uma doença silenciosa, a cefaleia da pressão alta é bem característica. Ela é mais matinal e a dor começa na região da nuca. Normalmente a pessoa já acorda com ela. Quando a hipertensão está em níveis mais altos, a pessoa sente fortes tonturas, fica com a visão turva e vendo pontos luminosos”, explica. O médico diz ainda que o cansaço é um sintoma comum e que deve ser levado em conta.

Quando não tratada, a pressão alta pode levar a complicações que atingem o sistema cardiovascular, renal e nervoso, podendo ainda acarretar aumento do coração. A doença é uma das principais causas de morte súbita no país. “Uma das maiores preocupações é o coração, rins e cérebro. A hipertensão pode levar à insuficiência cardíaca, aneurismas nos vasos cerebrais e aumentando no risco de acidente vascular cerebral. Além disso, ela pode atacar os rins e provocar muitas vezes ataques cardíacos ou lesões arteriais em outros órgãos do organismo”, alerta.

Causas – A pressão alta é hereditária na maioria dos casos. Ela também pode ser causada por doenças relacionadas. “A hipertensão pode estar ligada a distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, existe uma série de outros fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial como a obesidade, fumo, excesso de bebida alcoólica, diabetes e sedentarismo”, afirma Chedide.

Durante a gestação – Segundo o especialista, a pressão alta é um mal que atinge um número considerável de grávidas e pode trazer graves consequências para mãe e filho. Felizmente, é possível diagnosticar o problema precocemente. “Existem dois casos: a mulher que já era hipertensa antes mesmo de engravidar e a que desenvolveu a hipertensão durante a gestação. Geralmente o problema é detectado durante o pré-natal. Sendo diagnosticada, a gestante precisa evitar maus hábitos e uma dieta rica em sal. Também é importante deixar o sedentarismo e se alimentar de forma equilibrada. Nem sempre a hipertensão apresenta sintomas, mas a mulher precisa estar atenta às dores de cabeça e procurar um médico o mais rápido possível.” O cardiologista lembra que entre 5 e 7% das grávidas sofrem com o problema.

A prática regular de atividades físicas é uma das medidas que ajudam no combate à hipertensão e controle da pressão arterial. “Ela é terapêutica, mas só deve ser liberada após uma avaliação médica. As atividades aeróbicas de pouco impacto tem benefícios comprovados, além disso, é fundamental que o individuo busque adquirir hábitos de vida mais saudáveis”, finaliza o médico.

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