Durante a 14ª Expoepi foi lançada a publicação “Saúde Brasil 2013” que discorre sobre a análise da situação da saúde no país por meio de números que passam desde o índice de nascimentos até as causas das mortes. Além disto, a edição mais recente traz uma análise detalhada sobre doenças transmissíveis relacionadas à pobreza.
Publicado desde 2004, o volume saúde Brasil chega a sua décima edição. Criado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, o livro é uma valiosa fonte de dados para construção participativa de análises entre os profissionais do mercado. O painel Saúde 2013 apresentou os destaques destes dados que mostram a evolução da saúde do Brasileiro.
Como nascem os brasileiros – Ana Maria Nogales Vasconcelos apresentou dados interessantes sobre a natalidade brasileira contabilizados pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – Sinasc. Entre 2000 e 2012, observou-se uma redução de 13,3% no número total de nascimentos no país. Segundo os dados, em 2012, a redução apresentou 450 mil nascimentos a menos, se comparada com o ano de 2000. A taxa de fecundidade caiu no Brasil reduzindo a média de 2,29 filhos por mulher em 2000 para 1,77 em 2002. Isso mostra um número abaixo da reposição populacional. Ana Maria afirma, que segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2030 o Brasil começará o fenômeno de redução da população.
A idade da mulher no momento do parto também sofreu alterações. As mulheres estão tendo filhos cada vez mais tardiamente. O aumento de mães com 30 anos ou mais de idade passou de 22,5% em 2000 para 30,2% em 2012. Ao mesmo tempo, um dado chama atenção para a saúde da mulher brasileira. O número de mães menores de 15 anos continua estável na casa dos 30 mil nascimentos ao ano. O que é preocupante, já que nesta idade muitas destas jovens estão em situação de vulnerabilidade.
Mortalidades e causa de morte no Brasil – Outros dados importantes citados da palestra são os de mortalidade, já que os números são excelentes indicadores para avaliar as condições de vida de uma população. O perfil das causas mortes no Brasil tem mudado de forma importante. Há redução significativa de óbitos por doenças infecciosas e parasitárias e um aumento por doenças crônicas s causas externas.
De maneira geral, no Brasil, as doenças do aparelho circulatório foram as causas mais frequentes de mortes em 2012, respondendo por cerca de 30%. A segunda causa foi a neoplasia (câncer), seguido por causas externas (que envolve casos como homicídios e acidentes). Existem diferenças significativas por sexo, por exemplo, a morte por causa externa não é tão frequente entre as mulheres.
A primeira causa morte entre os homens em todas as regiões do Brasil são as doenças relacionadas ao aparelho circulatório com o total de 26% das mortes. As causas externas, foram a segunda causa respondendo por 19% do total. Com as mulheres as doenças do aparelho circulatório respondem a 31% da causa de óbito. Seguida pelas neoplasias (cânceres) com 17%.