Conclusão apresentada por pesquisadores brasileiros na revista Obesity Research & Clinical Practice está baseada na análise de nove estudos clínicos, que juntos relatam a evolução de 6.577 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 em cinco países.
Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25 (sobrepeso) favorece evolução da doença para quadros mais graves e aumenta risco de morte.
A obesidade pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver a forma mais grave da covid-19, é o que afirmam pesquisadores brasileiros na revista Obesity Research & Clinical Practice. O artigo é fruto de revisão sistemática da literatura científica com meta-análise que incluiu dados de nove estudos clínicos, que relatam a evolução de 6.577 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 em cinco países. A pesquisa foi coordenada pela professora Sílvia Helena de Carvalho Sales-Peres, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.
A suscetibilidade ao vírus acontece porque quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 25 os indivíduos podem apresentar alteração da produção de anticorpos e algum grau de inflamação crônica que favorece o desenvolvimento da doença. O IMC é calculado dividindo o peso (em quilos) do paciente pela altura (em metros) ao quadrado. De modo geral, para adultos, em resultados a partir de 25, os indivíduos são considerados com sobrepeso. A análise mostrou também que o indivíduo obeso tem mais chances de apresentar doenças como diabete e hipertensão.
Os obesos costumam ter o sistema respiratório prejudicado pois o tecido adiposo comprime o diafragma e dificulta a movimentação normal do órgão. Nos estudos analisados, 9,4% dos obesos infectados pelo novo coronavírus, internados em Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), foram a óbito.
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