Repressão qualificada

A falta de tecnologias que restrinjam a comunicação entre detentos, um arcabouço jurídico complexo e excessivo e institutos públicos que não dialogam entre si são alguns dos fatores que podem explicar a onda de violência registrada nos últimos meses, principalmente no Estado de São Paulo.

O assunto foi levantado pelo grupo de trabalho “Violência, criminalidade e cidadania”, nesta terça-feira (18/7), em Florianópolis, na 58ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Composto por mais de 60 especialistas de diferentes universidades, o grupo foi criado para discutir temas prioritários em segurança pública.

O grupo de trabalho apresentou uma agenda com desafios estratégicos que deverá ser encaminhada ao governo federal. O documento sugere o aumento na participação das mulheres nas atividades operacionais da polícia, a revisão da estrutura hierárquica e dos códigos de conduta dos agentes de segurança pública, o aumento de salários dos policiais e a criação de mecanismos alternativos de cumprimento penal.

Para os autores, a repressão qualificada ao crime organizado, que tem como característica a forte infiltração de seus representantes na administração pública e na classe política, é um dos itens mais urgentes a serem cobrados do governo.  

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