Duas gigantescas metrópoles e uma capital no pé dos Andes. Por causa de São Paulo, Cidade do México e Santiago, o conhecimento científico latino-americano gerado sobre a poluição atmosférica e suas implicações na saúde humana tem sido ampliado de forma sistemática.
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) acaba de divulgar um relatório com um balanço das pesquisas feitas sobre o tema. Entre 1994 e 2004, foram identificados 85 estudos feitos na América Latina que relacionaram poluição atmosférica e saúde humana.
A concentração de trabalhos sobre Cidade do México (27), São Paulo (22) e Santiago (12) foi o que mais chamou a atenção dos editores do trabalho. Foram avaliadas 25 cidades. Fora as três mencionadas, apenas Rio de Janeiro (3) e San Felipe (2), no Chile, tiveram mais de um trabalho catalogado.
No caso específico do Brasil, outros nove locais aparecem: Araraquara (SP), Diamantina (MG), Guarulhos (SP), Juquitiba (SP), Ourinhos (SP), Ouro Preto (MG), Ribeirão Preto (SP), Viçosa (MG) e Volta Redonda (RJ).
Segundo Mildred Maisonet, pesquisadora da Opas, além da falta de distribuição geográfica dos trabalhos, outras lacunas surgiram. Pesquisas com enfoque em crianças, um grupo de risco importante em relação à poluição atmosférica, também foram poucas, disse. Mildred é uma das autoras do estudo, também assinado por Nelson Gouveia, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Mais informações: www.paho.org