O programa de pós-graduação em genética e biologia molecular do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) terminou de digitalizar todos os trabalhos de mestrado e doutorado defendidos em sua história.
Isso é mais uma amostra do trabalho contínuo de vários departamentos que têm contribuído para que a Biblioteca Digital da universidade (http://libdigi.unicamp.br) figure entre as maiores do país.
Atualmente são 6.813 teses e dissertações digitais, em diferentes áreas do conhecimento, disponíveis gratuitamente e na íntegra pela internet a qualquer interessado. Segundo a coordenadora do curso de pós-graduação em genética e biologia molecular da Unicamp, Anete Pereira de Souza, o esforço para que o departamento chegasse aos 100% das teses digitalizadas começou em 2003, quando o Instituto de Biologia tinha apenas 12 trabalhos digitalizados. Hoje o IB soma 716 teses digitalizadas, oriundas dos seis programa de pós-graduação do instituto.
A digitalização de teses é uma tendência crescente na Unicamp. A pró-reitoria de pós-graduação já manifestou a necessidade de todos os cursos disponibilizarem suas teses em formato digital, tanto as que foram defendidas quanto as que ainda serão, disse Anete à Agência FAPESP Desde 2004, todos os alunos enviam o arquivo digital antes mesmo de defender o trabalho, conta.
O Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) foi a primeira unidade da Unicamp a oferecer em formato digital todas as suas teses hoje são 1.198. A Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), com 430 teses, foi a segunda a atingir os 100%, seguido agora pelo programa de pós-graduação em genética e biologia molecular do IB, com 390 teses digitais. Temos desde o primeiro trabalho de mestrado, de 1981, até a tese mais recente, defendida em março de 2006, conta Anete.
Com a proposta de difundir a produção intelectual e científica da instituição, desde a inauguração da Biblioteca Digital, em 2003, já foram baixados 809.010 arquivos. As estatísticas apontam 346.181 downloads na área de humanidades, 188.617 em exatas, 159.771 em tecnológicas e 114.441 em biomédicas.
Outras instituições seguem a tendência da digitalização de seus trabalhos, como a Universidade de São Paulo (USP), por meio de sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (www.teses.usp.br), que soma 2.435 dissertações de mestrado e 1.348 teses de doutorado.