Prática de esportes por crianças deve ter acompanhamento médico

A prática esportiva realizada por crianças deve ser acompanhada de uma orientação médica que observe os aspectos clínicos, ortopédicos, nutricionais e psicológicos do pequeno esportista. O alerta é da pediatra Beatriz Perondi, do grupo multidisciplinar de Medicina Esportiva do Instituto da Criança (Icr) e da disciplina de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HC/FM) da USP.

Para exemplificar a importância de se fazer esse acompanhamento, a pediatra esclarece que durante os treinos ou competições o organismo da criança utiliza os nutrientes disponíveis, que são necessários para garantir um crescimento adequado. "Com isso, o desenvolvimento dessa criança muitas vezes é comprometido por uma carga excessiva de exercícios", informa.

O serviço de Medicina Esportiva oferece toda a orientação e o acompanhamento para que a alimentação da criança tenha os nutrientes necessários para proporcionar a "energia" que o jovem atleta precisa sem que o seu desenvolvimento físico seja comprometido.

Todas as crianças atendidas pelo serviço passam por exames que possibilitam avaliar o estado clínico do esportista, como o teste ergométrico, ecocardiograma e níveis de colesterol. Os resultados obtidos permitem definir, além da condição física dessa criança, qual a freqüência e carga de treinamento a que ela está apta, sem que o esporte lhe traga riscos à saúde.

Doenças crônicas
Além de trabalhar com esportistas amadores ou de competição, o serviço de Medicina Esportiva do ICr desenvolve um programa de atividades físicas para crianças portadoras de doenças crônicas. Esse trabalho é realizado em conjunto com o Ambulatório de Reumatologia do Instituto Central do HC.

O grupo atende crianças com problemas pulmonares, cardiológicos, reumatológicos ou oncológicos que precisam praticar atividades físicas dentro de condições específicas. "A doença muitas vezes alimenta um círculo vicioso em que a criança não faz qualquer atividade física e essa inatividade de certa forma limita a qualidade de vida", explica a médica.

O programa desenvolvido pelo serviço, que dispõe de uma academia de ginástica especialmente planejada para atender crianças com essas patologias, procura quebrar esse círculo e definir, dentro das necessidades e limitações de cada criança, um programa de exercícios que contribuirá para fortalecer a musculatura, ampliar a flexibilidade e o condicionamento proporcionando, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida.

Fonte: Núcleo de Comunicação Institucional – Assessoria de Imprensa do HC/FMUSP

Mais informações: (0XX11) 3815-3686, com Simon Widman ou Estela Ladner; (0XX11) 3069-6694 / 7053 e e-mail reportagem@hcnet.usp.br, no Núcleo de Comunicação Social do HC

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