Pesquisadora analisa impactos da mineração

Como compatibilizar o desenvolvimento industrial com a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade? Essa é a pergunta que norteia os estudos da pesquisadora Virginia Ciminelli, professora titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia: Recursos Minerais, Água e Biodiversidade.

Virginia apresentou hoje, na Faculdade de Medicina, uma palestra sobre os estudos realizados pelo grupo que participa, como atividade dos Seminários de Pesquisa, realizados pelo Centro de Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG.

Na apresentação, Virginia ressaltou a importância de desenvolver um trabalho de pesquisa com foco nas necessidades da indústria local e com forte interação entre a indústria a excelência acadêmica.

Os estudos propõem uma visão na qual a atividade de mineração muda sua condição de consumidora/ poluidora para fornecedora de água de qualidade. Dentro da pesquisa, o grupo avaliou o impacto da indústria mineral e busca desenvolver possíveis alternativas para o problema.

“A questão da água é estratégica para a sobrevivência da humanidade e para o desenvolvimento sustentável. E o Brasil tem uma situação particular nisso pela riqueza dos seus recursos hídricos. Minas gerais é um estado muito rico em termos de bacias hidrográficas”, explicou Virginia.

Outra questão muito importante tratada pela pesquisadora e apresentada em um estudo de casos, é o problema do arsênio nas atividades minerais. “Os desafios são grandes, mas as oportunidades existem. Temos que explorar as novas fronteiras e as novas possibilidades”, disse Virginia.

O professor Marco Aurélio Romano Silva, coordenador do Centro de Pesquisa, explicou que “a iniciativa de trazer pesquisadores de outras áreas tem o objetivo de promover interfaces entre as pesquisas feitas na Medicina e no restante da UFMG. Assim, é possível despertar um interesse mútuo e possíveis colaborações entre diferentes áreas de conhecimento na Universidade”.

Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

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