Segundo colunista, um ambiente envolto em escuridão libera hormônios necessários para nossa saúde física e mental
O professor Paulo Saldiva escolheu, como tema de sua coluna semana para a Rádio USP, o problema menos conhecido, a poluição luminosa. É que estudos recentes mostram que estamos encurtando cada vez mais nosso ciclo de escuro em favor de ficarmos mais tempo expostos a fontes de luz, o que pode ser prejudicial para nossa saúde.
O professor Saldiva explica que, ao adormecermos, a escuridão que nos envolve induz a liberação uma série de hormônios, que regulam a qualidade do sono, a pressão arterial e que, de modo geral, preservam a saúde mental e contribuem para uma sensação de bem-estar ao acordarmos.
Ao contrário, quando ficamos mais tempo expostos aos efeitos da luz, como consequência de hábitos como ver tv ou lidar com computadores, a tendência é de que tenhamos maior dificuldade para conciliar o sono e menor probabilidade de aprofundá-lo, com tudo o que isso possa representar de nocivo para a nossa saúde.
O professor Saldiva adverte que é importante regular a poluição luminosa, principalmente quando se atenta para o bem-estar de crianças em fase de desenvolvimento. Segundo ele, são necessários períodos de escuro suficientes para que hormônios importantes para nossa saúde física e mental sejam liberados.