Países querem evitar o pânico da gripe aviária

Os países participantes da conferência que trata da ameaça de alastramento mundial para humanos do vírus da gripe aviária querem evitar o pânico e perturbação social causadas pela falta de informação. A afirmação é um dos pontos que fazem parte do documento oficial acertado pelos representantes presentes no encontro que termina hoje em Ottawa (Canadá). Entre os preparativos, devem ser prioridade os planos nacionais de comunicação, o estabelecimento de procedimentos para troca de informações antes e durante uma possível pandemia, pesquisas sobre a necessidade de abordagens específicas e a criação de uma parceria com a mídia para a divulgação de dados sobre a influenza.

Atualmente, os países lidam com a infecção de aves pelo vírus H5N1 e 120 casos de pessoas atingidas por ele. O vírus tem se mostrado pouco adaptado para invadir o corpo humano. Mas, precavendo-se de possíveis mutações, a comunidade internacional vem discutindo ações para evitar o que se denomina pandemia de gripe ou influenza, quando, em larga escala, a população poderia ser afetada.

Segundo o documento, a OMS [Organização Mundial de Saúde] confirmou que não há um agravamento dos riscos de uma pandemia de gripe, no entanto, a vigilância e o controle de doenças precisam permanecer em atenção máxima. No evento, o ministro Saraiva Felipe (Saúde) anunciou que o Brasil inaugurou recentemente 14 unidades sentinelas de gripe. Somadas as já existentes, a rede brasileira conta hoje com 66 postos preparados para identificar quais tipos de vírus estão atuando em todas as regiões do Brasil.

O texto ainda aponta que, para maximizar a capacidade de proteger a saúde humana, são necessárias ações para a identificação do vírus, o conhecimento do risco de transmissão do vírus entre animais e entre eles e o homem. Umas das ações deve ser a pesquisa sobre o tema.
 
 Atualmente, o Ministério da Saúde vem implementando também a compra de um estoque estratégico do anti-viral Oseltamivir (Tamiflu), suficiente para atender 9 milhões de tratamentos completos, e o repasse de R$ 3,1 milhões para acelerar a construção de uma nova fábrica do Instituto Butantan, que será o primeiro passo para o desenvolvimento da produção da vacina brasileira. O plano completo brasileiro contra a pandemia será apresentado no dia 16 de novembro em Brasília. Uma versão para consulta pública está disponível no site do ministério.

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