Saúde Pública e Meio Ambiente é o novo programa de Pós-Graduação da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), que acaba de ser aprovado com nota 5 pelo Conselho Técnico Científico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O novo programa é um dos poucos no país abordando especificamente a temática ambiental e seus efeitos na saúde. As inscrições para o processo seletivo deverão ser feitas em breve e as aulas terão início em março do ano que vem.
De acordo com o coordenador de Pós-Graduação da ENSP, Carlos Machado, a aprovação do Programa de Pós-Graduação Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP coincide com a nova proposta de tabela das áreas do conhecimento, feita pela Capes, e que está a disposição para consulta pública até 30 de outubro. Na nova tabela, a Capes sugere que Saúde Ambiental passe a ser uma das subáreas da Saúde Coletiva. Desde 2001, quando realizou o seminário Pós Graduação: enfrentando novos desafios, com a participação de coordenadores de programas de todo Brasil e membros da comunidade científica, a Capes recomenda que seja criada a área de Saúde e Meio Ambiente dentro da área de Saúde Coletiva, lembrou Machado.
O novo Programa da ENSP será coordenado pelo pesquisador Sergio Koifman, do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (DEMQS/ENSP/Fiocruz). Segundo Carlos Machado, o programa fortalece a ação da ENSP e da Fiocruz na área da saúde coletiva. Com ele, a ENSP passa a ter dois programas: um na área de Saúde Pública e outro em Saúde Pública e Meio Ambiente. A Fiocruz, por sua vez, passa a ter quatro programas: além dos dois da ENSP, conta também com o do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e com o do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, em Recife.
No total, a Capes aprovou 174 novos cursos de mestrado profissional, mestrado acadêmico e de doutorado. De acordo com Carlos Machado, dos 174 cursos, apenas nove tiveram nota 5 e nenhum alcançou nota 6. Dos nove cursos, os dois únicos ligados à área de Saúde Pública são o de mestrado acadêmico e o de doutorado do programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP. Montamos os cursos de forma estratégica para alcançarmos a nota 5. Dentre os critérios, restringimos o corpo de docentes para 12 integrantes, com produção científica igual ou superior ao que é exigido para a nota 6. Se mantivermos a nota 5 por três anos consecutivos, alcançaremos autonomia financeira em termos de sustentabilidade, o que inclui bolsas, recursos para diárias e passagens, custeio de professores de outras instituições, entre outros, comentou Machado.