Se você pensa que os relatos de violência contra mulheres, assédios, agressões as mais diversas aumentaram, não é impressão. Estão mais visíveis nos noticiários, em manchetes que causam embrulho no estômago. Também se revelam nos números. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas — e a cada 10 minutos, uma foi estuprada.
O avanço de pautas conservadoras coloca os direitos das mulheres na mira e provocam retrocessos em políticas públicas que promovem igualdade de gênero e buscam prevenir as mais diversas formas de violência. A reportagem de capa da Radis de novembro aborda esse tema delicado, porém necessário, e traz dados alarmantes sobre o aumento de diferentes formas de violência e violações contra as mulheres — e mostra também caminhos possíveis para o debate público e para fortalecer o acolhimento, a prevenção e o protagonismo feminino.
Na edição de número 242 da revista, você também confere as seguintes pautas: uma entrevista com Lucia Souto, médica sanitarista e presidente do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes), uma das principais vozes femininas na luta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo direito à saúde no Brasil em mais uma matéria que celebra os 40 anos de Radis; Benzeno sem controle: extinção da Comissão Nacional Permanente do Benzeno fragiliza vigilância e cuidado com trabalhadores e com meio ambiente; Centro Nordestino de Medicina Popular utiliza saberes tradicionais e uso de plantas medicinais para promover saúde, serviços, notas informativas e muito mais.