O Ministério da Saúde lança campanha de incentivo ao diagnóstico da doença às gestantes. A ação marca o Dia Nacional da Sífilis, neste sábado (19). A campanha tem como objetivo sensibilizar os profissionais da saúde para que recomendem a seus pacientes a realização do diagnóstico durante o pré-natal. Os testes rápidos e tradicional para detecção da doença são oferecidos gratuitamente nos postos de saúde e disponíveis em todo o país.
O espaço dedicado à campanha www.aids.gov.br/sifilis reúne informações para gestores locais, profissionais de saúde e gestantes sobre o estímulo ao teste de sífilis durante a gestação. São publicações, vídeos, cartazes, banners, campanhas que trabalham a prevenção, o teste e o tratamento para a sífilis congênita na atenção básica de saúde. O Ministério da Saúde também divulgará a campanha pelas redes sociais. Durante todo o mês de outubro, em todo o país, ações tratarão do tema na atenção básica de saúde.
Ao mesmo tempo em que conscientiza as mães para a realização do diagnóstico no pré-natal, a campanha reforça o papel fundamental dos profissionais de saúde para o sucesso desta iniciativa. “A sífilis durante a gestação pode trazer consequências como má-formação do feto e aborto. O teste é rápido e simples de ser feito”, observa o diretor de Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
O dirigente explica que o tratamento durante a gestação também pode ser realizado de maneira simples, evitando complicações para a criança após o nascimento. “A eliminação da sífilis congênita no país, até 2015, é uma dos desafios na área da saúde no Brasil”, afirma. Segundo ele, o maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Teste rápido – Desde 2011, quando o Ministério da Saúde começou a ofertar os testes rápidos, foram distribuídos um total de 2,9 milhões. O número de exames distribuídos passou de 31,5 mil (em 2011) para 1,7 milhões até setembro deste ano. Com essa nova tecnologia, a gestante tem a oportunidade de saber se já teve contato com o vírus causador da doença, em apenas 30 minutos, durante a consulta de pré-natal.
Na Rede Cegonha, 5.023 municípios aderiram ao componente pré-natal, que prevê a ampliação do diagnóstico com a testagem rápida para a triagem da sífilis da gestante e de suas parcerias sexuais. Esses municípios receberam cerca de 1,2 milhão de testes rápidos para sífilis desde 2012. Na atenção básica, desde 2011, foram distribuídos mais 2,5 milhões, totalizando 3,7 milhões testes.
Serviço – Os testes disponíveis são o laboratorial – que demora alguns dias para sair o resultado – e o rápido, que indica a possibilidade de sífilis. Em caso positivo, deve ser refeito por meio de exame laboratorial. A gestante deve fazer o primeiro diagnóstico no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no terceiro trimestre da gestação e repeti-lo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto.
O Dia Nacional de Combate à Sífilis foi instituído pela Sociedade Brasileira de DST, em 2006, e é lembrado todo terceiro sábado do mês de outubro. O objetivo da data é aumentar o debate sobre o assunto, mobilizando governo e a sociedade para o combate e prevenção à doença. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 12 milhões de novos casos ocorrem a cada ano no mundo.