Há um mês, numa ação rápida e coordenada, o grupo islamita Boko Haram sequestrou cerca de 200 meninas, todas estudantes.
Algumas delas tiveram sorte e conseguiram fugir do cativeiro.
Uma das meninas conta que os sequestradores disseram que matariam todas as garotas se elas corressem. Mas ela diz que preferia ser morta a ser capturada. Ela afirma que pulou um muro e se escondeu atrás de um muro durante toda a noite.
Outra adolescente diz que os rebeldes do Boko Haram tiraram as meninas à força da escola e a queimaram. Em seguida, dez caminhões carregaram as garotas floresta adentro. Ela diz que conseguiu fugir e correu até alcançar a casa de uma pessoa.
Na capital da Nigéria, Abuja, um protesto pedindo pela libertação das meninas ocorre todos os dias.
Os manifestantes acreditam que a pressão interna e externa está tirando o governo da Nigéria da inércia.
A ativista Hadiza Bala Usman diz que a ação do Boko Haram é inaceitável e que pessoas de todo o mundo tem demonstrado apoio pela libertação das meninas. Usman acrescenta que essa pressão tem feito provocado uma reflexão no governo nigeriano que, segundo ela, ignorou inicialmente o caso.
Fórum Econômico Mundial
Nem mesmo o Fórum Econômico Mundial, que está sendo realizado em Abuja, foi capaz de tirar as atenções internacionais para o sequestro das meninas.
Durante o evento, houve um minuto de silêncio em homenagem às estudantes.
Em entrevista à BBC, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, afirmou que “o terrorismo não impedirá o mundo, nem a África nem a Nigéria de seguir o curso”.
Ele diz acreditar que os investimentos feitos pelo país agora vão poder acabar com o terrorismo.