Grupo multidisciplinar vai integrar e articular políticas de saúde, previdência social, trabalho, assistência social e educação
Para ajudar na reabilitação de pessoas afastadas do trabalho por motivo de doenças ou acidentes, que possuam alguma deficiência ou ainda em situação de vulnerabilidade social, o governo federal lançou a Rede Intersetorial de Reabilitação Integral. A ideia é facilitar a reinserção desses profissionais no mercado de trabalho.
A Rede articula, de forma permanente e descentralizada, políticas de saúde, previdência social, trabalho, assistência social e educação. O objetivo é encontrar soluções para os diferentes problemas enfrentados por pessoas com restrição de funcionalidade, por trabalhadores em reabilitação profissional e, em especial, por pessoas com deficiência.
O diretor de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e representante da pasta na Rede, Gilberto Pucca, explica que a Rede surgiu para efetivar a reabilitação integral do trabalhador. “Não estamos só preocupados em reabilitar física ou mentalmente o trabalhador, mas, principalmente, em unir forças do poder público para a promoção de ambientes saudáveis e reinserir esses trabalhadores no mercado”, explicou Pucca.
De acordo com a Previdência, há mais de 500 mil segurados em benefícios que duram mais de três anos. Boa parte desses poderiam retornar ao trabalho se houvesse a reabilitação integral. Além disso, 42 mil por ano engrossam a fila junto ao INSS. Com relação à perícia médica do INSS, 850 mil segurados aguardam atendimento, cujo tempo médio de espera em todo o Brasil é de 69 dias.
Integram o Comitê Gestor da Rede, os ministérios da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Trabalho e Previdência Social e Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos; além do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nos estados, Distrito Federal e municípios, serão instituídos Comitês Locais, formados por representantes de órgãos que aderiram à Rede, na expectativa de promover impactos positivos nos resultados atingidos pelas políticas públicas envolvidas em âmbito local.
Reabilitação em saúde
Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) promovem ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância em saúde. No Brasil, são atualmente 208 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests), habilitados pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), sendo 26 estaduais e 182 regionais. Destes, 10 são rurais. Além disso, a Rede de Reabilitação no SUS conta hoje com 139 Centros de Especialidades em todo o Brasil.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde