Fundação investe na digitalização para ampliar acesso ao seu patrimônio

Com o objetivo de estabelecer políticas e infraestrutura para ampliação ao acesso e para a preservação e gestão do patrimônio científico e cultural na Fiocruz, com base na conservação preventiva, na conservação integrada, na gestão de riscos, na educação patrimonial, na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico, foi lançado no dia 17 de dezembro último o Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz, projeto da Fundação que, com o apoio do BNDES, irá modernizar toda a infraestrutura de acesso e guarda ao extenso patrimônio da instituição. O Preservo é uma parceria entre o Icict, a Casa de Oswaldo Cruz (COC) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

O projeto tem prazo estimado de até 40 meses e valor orçado em R$ 5 milhões. Deste total, o BNDES já liberou 54% – R$ 2,7 milhões – para dar partida aos primeiros serviços a serem realizados. O restante será disponibilizado ao longo dos próximos três anos e quatro meses, durante a execução do projeto. Segundo informações da Agência Fiocruz, serão contemplados os acervos que incluem além de obras bibliográficas, coleções zoológicas e microscopia virtual.

O Icict estará presente em duas frentes no Preservo. A primeira será capitaneada pela Biblioteca de Manguinhos, que terá como coordenadora do acervo bibliográfico Mônica Garcia. Para ela, o projeto “é de grande importância para o Instituto, pois permitirá preservar o acervo e disseminar o conhecimento de forma mais ampla, e é de grande importância para garantir a missão do Icict”, afirma.

Mônica Garcia, que também é coordenadora da Gestão de Acervos do Icict, cita o caso da Biblioteca de Manguinhos que possui “um acervo raro, especial e com muitos itens únicos no Brasil”, e que é composto de publicações como a obra de Willem Piso – Historia Naturallis Brasiliae – datada de 1648. “O projeto do BNDES nos possibilitará preservar o acervo e ampliar o acesso, permitindo que o mundo conheça esta riqueza. Este projeto também irá potencializar o Laboratório de Digitalização do Serviço de Multimeios através de equipamentos de ponta”, relata.

Aposta no futuro – A segunda frente onde o projeto da Fiocruz será desenvolvido conta com o apoio e o know-how do Serviço de Multimeios, que fará a digitalização em seu Laboratório Digital – o LabDigital.

O Multimeios cada vez mais se projeta como um serviço de ponta, alinhando pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados ao meio digital e à saúde. Em entrevista ao site do Icict, o coordenador Mauro Campello fala sobre alguns projetos desenvolvidos pelo setor como a parceria com a Anvisa, o Fiocruz Imagens, o trabalho feito pelo Laboratório de Digitalização de Obras Raras, o acervo de obras raras e, é claro, o serviço que será feito no Projeto Preservo.

Leia a entrevista com Mauro Campello aqui.