Fiocruz reforça mobilização contra o Aedes em Caxias (RJ)

Todos contra o Aedes aegypti. Assim o Governo Federal, por meio da Fundação Oswaldo Cruz e da Marinha do Brasil, e em parceria com Prefeitura de Duque de Caxias (RJ), promoveu no último sábado (13/2) uma ação nacional de mobilização e combate ao mosquito transmissor dos vírus da dengue, da zika e da chikungunya. A atividade, realizada em 350 cidades de todo o país, contou com 220 mil militares das Forças Armadas.

Em Caxias, um contingente de 133 marinheiros, junto com os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, realizou panfletagem de conscientização nas praças do Pacificador (Centro) e Roberto Silveira (bairro 25 de Agosto). As ruas no entorno dos dois bairros também receberam os marujos e agentes, que, além da entrega de informativos, realizaram visitas em residências. A Coordenadoria Municipal de Vigilância Ambiental montou um laboratório com microscópios, mostrando o processo evolutivo do mosquito. A união dos governos federal e municipal teve como objetivo orientar de forma educativa a população para a conscientização sobre o combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus zika. O presidente da Fiocruz marcou presença na mobilização, acompanhado do prefeito Alexandre Cardoso, do vice-prefeito Laury Villar e do secretário de Saúde, Camilo Junqueira.

“Esta mobilização tem que ser detodos. A parceria entre os governos chama a atenção da população para o elemento fundamental do controle do vetor. É um processo de preparação e resposta do sistema de saúde e de uma atenção maior com as gestantes. A participação das Forças Armadas transforma a ação em um potencial de capilaridade enorme, pela representatividade que os militares têm”, afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, ressaltando que a instituição criou um Gabinete de Crise para a coordenação das ações contra o zika, além dos projetos em curso de desenvolvimento de uma vacina contra a doença, com perspectiva de produção entre três e cinco anos.

A mobilização nacional prosseguirá durante a semana com uma agenda cheia de atividades dos militares em Duque de Caxias, em parceria com a Secretaria de Saúde. Além da distribuição de panfletos, haverá visitas domiciliares no primeiro distrito. O bairro Jardim 25 de Agosto foi escolhido para ação por ter um índice de 48% de pendência (casas fechadas ou recusas dos moradores à visita). Na sexta-feira (19/2) os militares farão palestras educativas em escolas municipais.

“É muito importante que as pessoas participem da mobilização. O zika só vai ser zero se o povo participar 100%. Não há outra possibilidade de vencermos esta luta que não seja uma ampla mobilização. Quando o Governo Federal coloca os militares nesta luta está sinalizando de forma clara que está todo mundo junto, para a zika ser zero. Com a verdadeira impressão que o militar coloca de segurança e participação, eu não tenho dúvidas que as pessoas terão mais tranquilidade em abrir suas casas. O agente de saúde às vezes tem dificuldade, devido à insegurança gerada pela violência que vive o país. A ideia de pôr os militares nesta ação, antes de mais nada, garante o sucesso”, destacou o prefeito Alexandre Cardoso.

A Secretaria Municipal de Saúde contou com 658 agentes de endemia espalhados pelo município durante todo o sábado, realizando o trabalho de panfletagem e conscientização, além de visitação a cerca de 75 mil domicílios em Caxias. “O município já faz ações regulares de combate ao mosquito, estando com taxas aceitáveis, com raros casos para as três doenças, sendo que para chikungunya não registramos nenhum em Caxias”, ressaltou o secretário de Saúde, Camilo Junqueira, ao lado do coordenador municipal de Vigilância Ambiental, Alessandro de Deus. “Toda ajuda é bem-vinda, como nesta mobilização, com este caráter informativo. O município cumpre sua meta com 80% das residências do município visitadas pelos agentes de endemias”, declarou.

Para erradicar o Aedes aegypti e todos os seus possíveis criadouros, o Ministério da Saúde recomenda à população a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são o suficiente para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. Outras medidas de proteção individual também podem complementar a prevenção das doenças, como o uso de repelentes.