Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8/10) pelo Ministério da Saúde (MS), a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou a longa trajetória da instituição na produção de vacinas e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro como a base de sustentação para o país poder enfrentar todos os desafios colocados pela pandemia e, em especial, no desenvolvimento e na produção da vacina contra a Covid-19. “A Fiocruz é uma instituição de 120 anos com uma longa tradição na questão da produção de vacinas. Iniciamos na década de 1930 com a transferência de tecnologia para a vacina de febre amarela. É uma longa história nesse caminho”, destacou a presidente.
Durante o evento, a presidente reforçou algumas informações relacionadas ao cronograma da produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, destacando a produção do total de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre de 2021, com produção industrial de 30 milhões de doses e submissão de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro do próximo ano. A partir do segundo semestre de 2021, a vacina já será integralmente nacional, produzida pela Fiocruz.
“Isso é muito importante pelo ponto de vista da sustentação dessa iniciativa e também para podermos atender às necessidades do nosso país. Teremos, em janeiro de 2021, o ingrediente farmacêutico ativo para finalizarmos a produção das primeiras doses na Fiocruz, com a entrega das 30 milhões de doses da primeira etapa, seguindo a previsão de 100 milhões de doses no primeiro semestre, e a possibilidade de 100 a 165 milhões de doses no segundo semestre, dependendo da complexidade do processo de incorporação da tecnologia”, ressaltou Nísia.
Além da apresentação da Fiocruz, a coletiva também abordou os temas de prospecção de vacinas, fases de aprovação e incorporação, definição de grupos prioritários e logística de distribuição das doses. Estiveram presentes o secretário executivo do MS, Élcio Franco; o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos (SCTIE), Hélio Angotti; o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra; a presidente Fiocruz, Nisia Trindade Lima; o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros; e o diretor do DataSUS, Jacson Barros.
“Teremos, em janeiro de 2021, o ingrediente farmacêutico ativo para finalizarmos a produção das primeiras doses na Fiocruz, com a entrega das 30 milhões de doses da primeira etapa, seguindo a previsão de 100 milhões de doses no primeiro semestre”, apontou Nísia na apresentação (imagem: Divulgação).