Uma ação articulada entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), a Coordenadoria de Cooperação Social da Fiocruz (CCS/Fiocruz), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o Conselho Comunitário de Manguinhos promoveu, no início de janeiro, o mutirão de combate ao Aedes aegypti na região de Manguinhos, localizada na AP 3.1.
A iniciativa, que além de buscar e eliminar possíveis focos do mosquito, envolveu a população com atividades educativas, para que todos pudessem colaborar no combate ao mosquito em suas próprias residências e vizinhanças, percorreu as comunidades CHP2, Vila União, Parque Joao Goulart, Vila Turismo e Nova Vila Turismo – todas situadas no entorno da Fiocruz. “Ao contrário do esperado, não foram encontrados focos do mosquito nas residências visitadas. Localizamos, sim, muitos focos em garrafas, baldes e em locais públicos, cujo controle é obrigação da Comlurb”, afirmou Gisele O’Dwyer, coordenadora do Território Escola Manguinhos (Teias/Ensp).
Os mutirões de mobilização da população contra o Aedes aegypti começaram no dia 14 de dezembro. A cada semana, as ações ocorrem em determinada área da cidade. Já houve mutirões nas regiões de Madureira e adjacências, além de Santa Cruz e Sepetiba; Campo Grande; e Grande Tijuca; Grande Méier; Barra e Jacarepaguá. Em Manguinhos, a ação reuniu agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, agentes de vigilância ambiental em saúde, enfermeiros, médicos e demais profissionais da Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde.
Érika Arent, chefe da Clínica da Família Victor Valla, afirmou que os profissionais adotaram um ponto fixo para prestar informações de cuidados a serem adotados pelos moradores. A caminhada, segundo ela, observou muitos pontos de lixo a céu aberto – identificados e notificados à empresa de limpeza da cidade.
Na opinião de Gisele, o fato de a maioria dos ambientes domésticos estarem em boas condições deve servir de estímulo aos agentes comunitários de saúde e aos moradores da região. O mutirão promoveu ações de comunicação e informação com atividades culturais e artísticas, além da reprodução do material desenvolvido pelo Ministério da Saúde. “As atividades de entrega de material informativo e de abordagem lúdica do tema também foram bem-sucedidas”, afirmou a coordenadora do Teias.