Experiências de outros países, especialistas e OMS confirmam segurança da vacina contra o HPV

A vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) estará disponível no Calendário Nacional de Vacinação a partir do dia 10 de março com o objetivo de imunizar meninas de 11 a 13 anos, sendo estendida a faixa etária de 9 a 11 anos em 2015. Com 98,8% de eficácia contra o HPV, a vacina será distribuída nos 36 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). O secretário Jarbas Barbosa, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, esclarece porque a vacina contra o HPV é segura para ser usada na população.

Segundo o secretário, a vacina já foi usada em países que tem um excelente sistema de vigilância em saúde, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, entre outros. “Estima-se que 175 milhões de doses da vacina foram aplicadas no mundo e em países que tem um excelente sistema de vigilância”, relata Jarbas Barbosa. A vacinação contra HPV é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países.

Serviram de base para a decisão de implantar a vacina no Brasil as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a experiência dos outros países, o apoio do Comitê Técnico de Assessor em Imunizações (CTAI), a garantia da sustentabilidade da vacina, e um estudo realizado pela professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), Hillegonda Maria Dutilh Novaes.

Antes de adotar qualquer vacina, o Ministério da Saúde submete ao CTAI todos os estudos relacionados à vacina. “No comitê, reúnem-se representantes da Sociedade Brasileira de Imunizações, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Sociedade Brasileira de Infectologia, e várias outras sociedades de especialistas. E no caso da HPV, a recomendação do Comitê já era a de introduzir a vacina”, lembra o secretário Jarbas Barbosa.

O esquema que será usado para vacinação é o estendido, onde a segunda dose será seis meses depois da primeira e a terceira será cinco anos após a primeira. Esse esquema amplia a proteção. “À medida que expandimos esse espaço entre as doses, aumentamos a eficácia da vacina e assim deixaremos a população alvo devidamente protegida contra o câncer de colo do útero”, afirma Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

Jarbas Barbosa lembra ainda que a vacina não exclui o exame preventivo do Papanicolau para as mulheres de 25 a 64 anos e o uso de preservativo. Ela é um instrumento a mais de proteção contra o HPV. “Não substitui, mas complementa o Papanicolau. Estamos somando as formas de prevenção”, relata o secretário. Ele ressalta que a vacina protege contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), sendo dois deles, o 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero.

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