Expedição Ribeirinha tem início em Rondônia

Nesta segunda-feira, 8 de setembro, às 13 horas, o avião C130 (Hércules) da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou do Aeroporto “Moussa Tobias” em Arealva, interior de São Paulo, rumo a Porto Velho, capital de Rondônia, com 35 integrantes da 2ª Expedição Ribeirinha do Projeto FOB/USP em Rondônia. A viagem é longa e será executada com alunos de graduação e de pós-graduação, com a finalidade de colaborar com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB5-RO) em atividades de extensão, educativas, preventivas e clínicas, com benefícios a população de Calama, distrito longínquo de Porto Velho na divisa com o Estado do Amazonas, via rio Madeira.

São coordenadores do projeto os professores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Magali de Lourdes Caldana e José Roberto de Magalhães Bastos, com supervisão geral de três docentes incluindo o professor Roosevelt da Silva Bastos.

A expedição teve início na FOB às 6 horas quando a equipe saiu de ônibus da Prefeitura do Campus de Bauru para o Aeroporto “Moussa Tobias”. A duração da viagem até Rondônia é de aproximadamente 5 horas. A expedição é integrada por 35 pessoas, entre funcionários técnicos, professores e alunos de graduação e de pós-graduação da FOB dos cursos de odontologia e fonoaudiologia.

Foram realizadas ainda mais de 10 horas de viagem de barco de Porto Velho para Calama. Os integrantes da expedição irão dormir no barco, em redes ou barracas, durante toda a viagem. Não há previsão de se dormir em terra firme.

O retorno acontecerá no dia 12 de setembro à noite, com saída prevista pela FAB, no Aeroporto Militar, em Porto Velho, no dia 13 de setembro. Segundo o coordenador do projeto, os horários não são muito fixos e dependem da disponibilidade da FAB.

Bastos informa que devido ao curto período de atenção clínica e de uma população extremamente carente na área da saúde, numa região que acaba de sair de uma inundação, onde o rio Madeira subiu 21 metros, acima de seu nível, estão previstas atividades clínicas emergenciais, com extrações dentárias e restaurações, atividades educativas e preventivas nas escolas e distribuição de brinquedos para as crianças que perderam o pouco que tinham na inundação.

Segundo informações locais, o rio Madeira voltou a subir (mais dois metros) nesta semana. Na área de fonoaudiologia será realizado um trabalho voltado para promoção de saúde nas escolas, com orientação para pais e professores, avaliações fonoaudiológicas e adaptações de aparelhos auditivos em pacientes já atendidos durante a 1ª expedição, realizada em 2013, além do atendimento de novos pacientes.

O coordenador do projeto faz uma análise dos benefícios desta iniciativa: “O ganho para os alunos é inestimável, tanto na área acadêmica e profissional, quanto na inserção da visão do gigante que é o nosso país, quanto na área pessoal. Para a USP gera uma visibilidade não somente em solo paulista, mas também em rincões nacionais onde o Brasil de “ponta” ainda não chegou. Para a população da região de Calama há uma pequena fresta onde se vislumbra que há uma instituição que busca resultados na área da saúde, levando um atendimento onde a esperança em um país melhor está chegando aos poucos. A felicidade fica sempre estampada no rosto de cidadãos que são brasileiros e necessitam tanto de cuidados odontológicos e fonoaudiológicos.”

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