Neste mês, o Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes) iniciou o tratamento para hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN), doença que causa falta de oxigenação nas células e, em casos mais extremos, que o coração não tem força suficiente para trocar o sangue que chega aos pulmões
O tratamento com óxido nítrico ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e facilita o trabalho do coração. O gás aumenta a chance de sobrevida do bebê. De acordo com um trabalho publicado pela Sociedade Iberoamericana de Neonatologia, cerca de 60% dos recém-nascidos conseguem responder ao tratamento e se recuperam da hipertensão.
A neonatologista Andrea Lube explica que a hipertensão pulmonar do feto é comum durante a gestação, mas geralmente é resolvida quando o bebê vem à luz. A HPPN ocorre, na maioria das vezes, quando o bebê aspira o mecônio, que é a excreção do feto no líquido amniótico.
Referência no tratamento de gestantes de alto risco, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hucam, hospital filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), recebe bebês encaminhados por meio do sistema Único de Saúde (SUS) e, sobretudo, os que nascem na própria unidade.
Sobre a Ebserh
Desde abril de 2013, o Hucam-Ufes é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.