EAD/ENSP implanta projeto piloto de educação em saúde

Está sendo implantado, pelo EAD/ENSP, o projeto piloto de Formação Docente em Educação Profissional Técnica na Área da Saúde. O curso de especialização foi elaborado por demanda da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), em parceria com a ENSP, por meio da Educação a Distância. O objetivo do projeto piloto é validar a proposta do curso no que diz respeito à organização curricular, processo pedagógico, recursos metodológicos, material didático, formação de tutoria, sistema de acompanhamento acadêmico-pedagógico e de avaliação. "Com a realização prévia do projeto, será possível identificar os ajustes necessários para a futura implantação do curso em âmbito nacional, com maior conhecimento e clareza dos desafios a serem enfrentados", comentou Milta Torrez, uma das coordenadoras do curso.

A coordenação nacional do curso está a cargo de Valéria Morgana Goulart, do Ministério da Saúde, lotada na ENSP. Na EAD/ENSP, as responsáveis são Milta Torrez e Suely Guimarães Rocha. O curso é voltado para profissionais graduados nas diferentes subáreas da saúde e também para profissionais graduados em outras áreas, como administração e pedagogia, que atuam em cursos de educação profissional técnica em saúde, indicados pela direção das Escolas Técnicas do SUS (ETSUS) do Mato Grosso do Sul, do Amazonas e da Bahia. Ao todo, serão 160 docentes e oito tutores.

De acordo com a representes da EAD, Milta Torrez e Suely Rocha, esta etapa de validação é importante, pois assim é possível experimentar esta concepção. “Adquirimos alguma experiência com a realização do curso de Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área da Saúde: Enfermagem (Profae), mas agora trabalharemos em caráter multiprofissional, com as diferentes áreas envolvidas na formação técnica de trabalhadores da saúde. Além disso, o novo curso trabalhará com uma inovação na estrutura curricular. Buscamos sempre uma estrutura que integre teoria e prática, dimensões técnicas e políticas, às discussões sobre determinantes sociais articuladas aos pressupostos pedagógicos. Antes a nossa metodologia contava com núcleos e módulos. Agora, ela é estruturada em complexos temáticos. Com todas essas mudanças, o nosso desafio ficou muito maior”, enfatizou Milta.

“Convivemos com um alto grau de complexidade, pois os profissionais têm que dar conta dos parâmetro e diretrizes curriculares da formação. Outro ponto relevante é a mudança na própria prática de saúde. Essa área tem passado por processos muito dinâmicos e interessantes. Então, eis o desafio: Como preparar um docente que é formado em uma área específica para uma atuação tão interdisciplinar?”, perguntou Suely. A formação técnica em saúde é um requisito à efetiva implementação da política de formação das ETSUS do país, cuja missão é contribuir para a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho em saúde, no âmbito do SUS.

De acordo com Milta, esse curso pretende contribuir para uma atuação docente cada vez mais qualificada política e pedagogicamente. Além disso, ela explicou que este piloto pretende subsidiar a construção de outras estratégias formativas desenvolvidas no âmbito do SUS. Depois da seleção de alunos, estão previstos ainda, em seu cronograma, a seleção de tutores em fevereiro de 2008 e as aulas inaugurais nos três estados brasileiros em março.

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