A historiadora Miriam Junghans pesquisou a trajetória da naturalista alemã Emilia Snethlage no Brasil na dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Emilia Snethlage (1868-1929). Ela desenvolveu sua carreira científica no Brasil, trabalhando no Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém, e no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Dentre sua produção científica, o Catálogo das aves amazônicas, publicado em 1914 sob a orientação do zoólogo suíço Emilio Goeldi (1859-1917), foi um dos pontos altos.
"Esse catálogo foi, ao longo de 70 anos, a obra mais completa e abrangente sobre o assunto, sendo citado até hoje. O intenso trabalho de campo que Emilia desenvolveu contribuiu para o conhecimento da distribuição geográfica da avifauna brasileira, afirma Miriam. Na dissertação, Miriam descobriu que a participação das mulheres em atividades como viajantes, coletoras e funcionárias de instituições científicas em museus e universidades no final do século 19 e início do 20 foi maior do que se imaginava.