Dia Mundial da Diabetes alerta sobre os riscos do Pé Diabético

A cada minuto ocorrem duas amputações em pessoas com diabetes no mundo, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Essa informação é decorrência de uma das complicações da doença, o Pé Diabético, e esclarece o tema da campanha desse ano do Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, Dê um passo a frente, previna as amputações.

O diabetes é uma doença crônica que atinge mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Conco por cento têm úlcera nos pés. Por causa disso, mais de 1 milhão de amputações são realizadas todos os anos. Entretanto, 85% delas poderiam ser evitadas. Segundo o professor-adjunto de doutorado na área de endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Julio Abuchan, um paciente que controla o diabetes dificilmente desenvolverá o Pé Diabético.

A doença

Nos pacientes diabéticos o pâncreas não produz insulina (substância responsável pela conversão de açúcar em energia no organismo) em quantidade suficiente, ou o organismo não a utiliza de forma adequada. Com isso, a dose de açúcar no sangue é excedida, acumulando gorduras que se depositam com mais facilidade nas paredes das artérias. Os vasos ficam obstruidos, prejudicando o sistema vascular.

Por serem pontos focais do sistema vascular humano, os membros inferiores também podem ser afetados. “O Pé Diabético está relacionado à falta de sensibilidade dos pés. O paciente sente pouco a planta do pé porque o nervo está doente. O nervo está doente porque o vaso que leva sangue ao nervo está enfermo”, explicou Abuchan.

Nesse estado, os pés possuem pouca defesa e qualquer lesão pode se transformar numa úlcera que, se não tratada, leva à amputação. “Uma pessoa nesse estado avançado do diabetes fica insensível, por exemplo, a uma pedra no sapato. E assim, um simples movimento como caminhar pode lesar o pé”, disse o professor.

O cigarro e o tratamento

Outro alerta importante é que 95% das amputações acontecem em fumantes, pois o cigarro prejudica a circulação sanguínea. O risco de o diabético ter um infarto ou um derrame se multiplica quando ela é fumante.

Dentre os cuidados que um paciente precisa ter estão o controle de açúcar ingerido, o tratamento da pressão alta, a prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada. Evitar o cigarro e controlar o peso também são ações importantes para quem tem diabetes.

Confira o cartaz da campanha

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