‘Comunicação e informação no centro da saúde’ é tema de debate

Mais do que nunca, temos visto como a comunicação é essencial para a saúde. Essencial para combater a maior crise sanitária de todos tempos. Essencial para fortalecer a democracia. Mas quais riscos a comunicação precisa enfrentar, no Brasil de hoje? Como fortalecê-la em prol do direito à saúde? Como fazer da comunicação um instrumento pela democracia? Para refletir sobre essas perguntas, o Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) vai reunir três profissionais da área, nesta terça (30/11), às 10h30, num debate online. Qualquer internauta pode participar, basta acessar a transmissão pelo canal da VideoSaúde.

Com o título Comunicação e informação no centro da saúde: dados, desinformação e liberdade de expressão, o encontro tem o objetivo de promover reflexões importantes para o IX Congresso Interno Fiocruz, que terá suas plenárias em dezembro. O Congresso Interno é o momento em que representantes de toda a Fundação, eleitos por voto em seus institutos, definem as estratégias e prioridades a guiar as ações da instituição pelos próximos anos.

Temas em destaque

Neste encontro, os debatedores serão Sergio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC); a jornalista Juliana Mori, diretora editorial do InfoAmazonia, veículo independente que utiliza dados, mapas e reportagens geolocalizadas para contar histórias sobre a maior floresta tropical contínua do planeta; e o também jornalista Michel Silva, um dos editores-chefes do jornal Fala Roça, principal veículo do projeto de mesmo nome: uma associação de comunicação que busca novas narrativas de comunicação na favela.

Sob a mediação do diretor Rodrigo Murtinho, os três vão refletir sobre como a desinformação tem se tornado um elemento perverso no cenário de crises simultâneas que marcam o Brasil contemporâneo – e como a criação de regulações e políticas públicas para enfrentá-la é tema ainda delicado. Como o acesso à informação e a bancos de dados públicos vem transformando o jornalismo, e os desafios de assegurar esse acesso. Como a comunicação feita dentro das favelas tem sido fundamental para enfrentar a pandemia – mas como, também, a pluralidade ainda está longe de ser um traço marcante na área.

Conheça os debatedores:

Sergio Amadeu da Silveira é sociólogo e doutor em Ciência Política. É professor da UFABC. Foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil e presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. E pesquisador-produtividade 2 do CNPq.

Juliana Mori é jornalista especializada em produções audiovisuais e visualização de dados geoespaciais. Cofundadora e diretora editorial do InfoAmazonia. Graduada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, mestre em Artes Digitais pela Universitat Pompeu Fabra (UPF), Barcelona.

O jornalista Michel Silva é nascido e criado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Em 2013, ajudou a fundar o jornal Fala Roça, com versão impressa e digital. Já trabalhou com memória e fotografia no Instituto Moreira Salles, foi apurador de informações na Record TV Rio e, em 2016 a 2017, atuou como correspondente local do The Guardian, da Inglaterra, para cobrir assuntos sobre o legado dos Jogos Olímpicos para as favelas cariocas. A partir dessa experiência, também participou da fundação do Favela em Pauta, um veículo de comunicação nativo digital focado em aprofundar pautas sobre favelas. Atualmente é um dos editores-chefes do Fala Roça e pós-graduando em Jornalismo Investigativo pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Rosto dos participantes, data (30/11) e horário do encontro (10h:30)