O Brasil vive uma certa calmaria quando o assunto é sarampo.
Segundo o Ministério da Saúde, não foram registrados novos casos da doença desde 2022, e a cobertura vacinal subiu mais de 10% nos últimos dois anos.
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Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita. Geriatra explica que não há estudos de eficácia nessa faixa etária
A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. O grupo, entretanto, ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.
A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? Em entrevista à Agência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas acima de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a dose foi liberada para toda a população acima de 4 anos pela Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos.
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Dengue: em 24 horas, hospital de campanha no DF faz 753 atendimentos. Até agora, 11 óbitos pela doença foram confirmados no Distrito Federal
Em seu primeiro dia de funcionamento, o hospital de campanha do Distrito Federal, montado em Ceilândia para atender especificamente casos de suspeita de dengue, realizou um total de 753 procedimentos, incluindo 225 exames laboratoriais. Dados da Força Aérea Brasileira (FAB), que encabeça os cuidados no local, mostram que cinco casos da doença foram confirmados na segunda-feira (5).
Instalado ao lado da Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) I da região, o espaço tem capacidade para acomodar 600 pessoas e conta com estrutura para exames e hidratação intravenosa, com funcionamento 24h. O hospital de campanha se soma à uma rede de 176 unidades básicas de saúde e nove tendas instaladas em localidades com alto índice de pacientes. Os espaços funcionam todos os dias das 9h às 19h.
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Como descobri epidemia global e milenar em meu pulmão direito
Era a segunda vez naquela semana que eu acordava meio mole, meio travado, molhado de suor, tossindo, febre de 39,5ºC, tremendo de frio mesmo embaixo do cobertor. Meu primeiro pensamento: peguei um resfriado forte no inverno paulistano… Vou ao hospital, tomo remédio e pego um atestado para ficar em casa com o Toddy, meu vira-lata caramelo. Fim do jogo.
Mas o jogo estava só no começo, e o que aconteceu depois mudou radicalmente meus planos não só para aquele dia, mas para os seis meses posteriores. Quando finalmente saí do hospital, duas semanas depois, carregava um diagnóstico inesperado: tuberculose (TB).
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Saiba como funcionam os polos para pacientes com dengue no Rio. Capital entrou hoje em situação de emergência devido à doença
Até o fim desta semana, a cidade do Rio de Janeiro terá dez polos de saúde específicos para atender a pacientes com suspeita de dengue. O primeiro deles, em Curicica, na zona oeste da cidade, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (5). A capital entrou hoje em situação de emergência devido à doença.
Haverá polos também em Campo Grande, Santa Cruz e Bangu (na zona oeste), Complexo do Alemão, Madureira, Del Castilho e Tijuca (na zona norte), Gávea (na zona sul) e Centro.
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Estudo fez acompanhamento de dez anos da vacina contra o papilomavírus humano
Pesquisadores avaliaram a imunogenicidade, eficácia e segurança de vacina contra o papilomavírus humano (HPV) em um grupo, no período de dez anos após a aplicação da última dose. Coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Edson Duarte Moreira Júnior, e publicado no periódico Pediatrics, da Associação Americana de Pediatria, o estudo acompanhou 301 meninos e 971 meninas que receberam três doses da vacina 9vHPV no estudo base (dia 1, meses 2 e 6) e se inscreveram na extensão.
A imunogenicidade de uma vacina está relacionada à capacidade que ela tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. A eficácia, por sua vez, diz sobre a capacidade do imunizante em conferir proteção imunológica a um determinado agente. Já a segurança está ligada à notificação de eventos adversos pós-vacinação (EAPVs), e no estudo em questão incluíram a notificação de todos os eventos adversos graves (SAEs), mortes relacionadas à vacina, além das gestações, que foram acompanhadas até o desfecho.
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‘Achou um barbeiro?’: ferramenta mapeia pontos de entrega e identificação do vetor
Insetos triatomíneos, popularmente chamados de barbeiros, são os transmissores de Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. Por isso, ao encontrar um inseto suspeito que se pareça com um barbeiro é preciso ter cuidado. Para ajudar a população a reconhecer e lidar corretamente com esses vetores, o Portal da Doença de Chagas, da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), lançou a seção Achou um barbeiro?. A página reúne três ferramentas para auxiliar a população a identificar os vetores e localizar o Posto de Informação em Triatomíneos (PIT) mais próximo, onde é possível entregar insetos suspeitos para correta identificação.
Uma das especialistas à frente da iniciativa, a chefe do Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Samanta Xavier, alerta para a importância de reconhecer os barbeiros. “Se um barbeiro é encontrado dentro de casa ou no entorno, é importante adotar medidas para evitar o contato com o inseto e a contaminação de alimentos”, diz a pesquisadora.
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‘Comer bem, dormir e fazer exercício é mais eficaz que qualquer remédio anti-idade’, diz Nobel de Química
Envelhecer e morrer, isso acontece com todos nós e também causa medo a (quase) todo mundo.
Mas por que envelhecemos e morremos? É possível retardar a velhice ou mesmo alcançar a imortalidade?
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Artigo da Fiocruz mostra expansão de inteligência artificial contra o câncer
Um estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) revela o crescimento acelerado de aplicações de inteligência artificial voltadas para o enfrentamento do câncer. Publicado na revista Nature Biotechnology, o trabalho analisou os registros globais de patentes na área, mostrando a expansão de novas tecnologias, principalmente ligadas a análise de imagens, biomarcadores, detecção precoce da doença e modelagem de expressão genética.
Realizado numa base de dados que reúne informações sobre mais de 50 escritórios de patentes do mundo, o levantamento identificou 749 registros para aplicações de IA na oncologia. As primeiras invenções datam de 1997, porém mais de 95% dos registros ocorreram após 2015. Em sete anos, de 2015 a 2022, o número de patentes saltou de 25 para 749, o que corresponde a uma taxa de crescimento média de 53% ao ano.
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Estudo da Fiocruz Bahia sobre tuberculose é destaque em revista internacional
Desenvolvido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados em Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, o artigo Incidence and risk factors of tuberculosis among 420.854 household contacts of patients with tuberculosis in the 100 Million Brazilian Cohort (2004-18): a cohort study é o destaque de capa da edição de janeiro da revista The Lancet Infectious Diseases. O estudo descreve uma elevada incidência de tuberculose entre contatos domiciliares, ou seja, entre pessoas que vivem na mesma residência que uma pessoa que já foi diagnosticada anteriormente com a doença. Essa incidência de tuberculose entre contatos domiciliares foi 16 vezes maior que a incidência de tuberculose na população geral da Coorte de 100 Milhões de Brasileiros, proveniente dos dados do Cadastro Único, utilizados como base de dados para esse estudo. Também foi constatado maior risco de adoecimento por tuberculose entre contatos expostos a um familiar com menor de cinco anos de idade, que foram diagnosticados com tuberculose pulmonar, ou ainda para aqueles contatos que se autodeclararam pretos, pardos, indígenas ou que viviam em habitações precárias.
Para Julia Pescarini, coordenadora do estudo, a publicação do artigo em uma revista como a Lancet ID evidencia o reconhecimento do trabalho produzido e a relevância da pesquisa. Segundo Pescarini, a publicação tem um alto alcance, sendo lido por profissionais da saúde e gestores da área de doenças infecciosas, como a tuberculose, no mundo todo. “Apesar das informações difundidas sobre a tuberculose e o seu vínculo com a pobreza, os esforços para reduzir a sua transmissão entre os mais pobres e as populações minoritarizadas ainda é escasso, então publicar no Lancet também significa aumentar o alcance da nossa pesquisa e maximizar seu impacto nas estratégias de controle da doença” explica a coordenadora.
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