Um método estatístico desenvolvido no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP identifica os pontos de mudança (“nós”) na curva de casos de covid-19 e permite detectar e prever alterações na evolução do contágio pela doença. Com base no método, os pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Estatística Computacional (GPECA) do IME apontam que há hoje uma taxa de crescimento acentuada no número de casos de covid-19 que se mantém desde meados de abril. As estimativas sobre a doença são atualizadas diariamente e disponibilizadas no site do GPECA.
“A pesquisa busca ajustar, com métodos estatísticos, uma curva aos dados de casos reportados de covid-19 e determinar uma tendência de curto prazo, com base nessa curva”, afirma ao Jornal da USP a professora do IME Florencia Leonardi, que coordena o projeto. “Os pesquisadores usam os números de casos diários reportados de covid-19 disponíveis publicamente, em páginas da internet que coletam dados dos diferentes órgãos oficiais. São analisadas informações de países, Estados e cidades brasileiras com um número grande de casos.”
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Plataforma reúne gráficos interativos sobre a covid-19 no Brasil
O projeto está em constante aprimoramento. O grupo de pesquisadores do ICB também pretende elaborar mais gráficos com informações diferentes
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP desenvolveu uma plataforma interativa que reúne dados epidemiológicos de covid-19 de todos os Estados brasileiros. A iniciativa é liderada pela pós-doutoranda Pilar Veras, que atua no laboratório do professor Carlos Menck, do Departamento de Microbiologia do ICB. Com dados obtidos no site do Ministério da Saúde, os cientistas montaram gráficos interativos que são atualizados diariamente.
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Brasil entra em consórcio global para produção de vacina contra a Covid-19
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (2), a participação do Brasil no projeto Acelerador de Vacina (ACT Accelerator), iniciativa internacional para produção de vacina, medicamentos e diagnósticos contra o novo coronavírus. O projeto conta com a adesão de mais de 44 países, empresas e entidades internacionais, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Decidimos que o Brasil vai entrar no chamado acelerador de vacinas, que é um projeto aí de vários países e empresas privadas que estão buscando investir e trabalhar em conjunto para o desenvolvimento de uma vacina para o Covid-19”, informou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, após participar de uma reunião, no Palácio do Planalto, para encaminhar a adesão do Brasil.
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Cientistas descobrem anticorpo que bloqueia infecção por Sars-CoV-2
Pesquisadores da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbor BioMed identificaram um anticorpo totalmente humano que impede o novo coronavírus Sars-CoV-2 de infectar células em culturas cultivadas. A descoberta foi publicada na Nature Communications nesta segunda-feira (4) e pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos para a Covid-19.
Segundo os pesquisadores, o estudo focou em anticorpos conhecidos por combaterem o Sars-CoV, causador da Sars, que surgiu na China em 2002. Eles identificaram que um desses anticorpos também é capaz de neutralizar a infecção por Sars-CoV-2, causador da Covid-19, em culturas celulares.
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Chega ao Brasil o primeiro lote dos 10 milhões de testes comprados pelo Ministério da Saúde via OPAS
Já desembarcaram em solo brasileiro 500 mil testes para diagnóstico de COVID-19, comprados pelo Ministério da Saúde do Brasil via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Esse é o primeiro lote de um total de 10 milhões de testes rápidos adquiridos com recursos do governo brasileiro.
Os testes são do tipo RT-PCR, que detectam se a pessoa está infectada com o coronavírus causador da COVID-19, e serão enviados para a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde, no estado de São Paulo. Em seguida, poderão ser distribuídos conforme planejamento do governo federal. A previsão é que os demais lotes cheguem ao Brasil ao longo das próximas semanas.
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Pesquisadores de todo o mundo buscam um medicamento eficaz para a Covid-19
A pandemia do novo coronavírus levou o mundo a centrar suas atenções na ciência. No Brasil, não foi diferente. Após ter sido duramente afetada por redução de recursos ao longo dos últimos anos, a pesquisa científica é agora apontada como o principal caminho de combater a Covid-19, que ainda não tem tratamento. Pesquisadores do mundo inteiro, em redes de colaboração, correm contra o tempo para testar medicamentos existentes e novos protocolos para tratar a doença, além de uma vacina que possa proteger a população mundial no futuro.
Os primeiros quadros respiratórios graves provocados pelo coronavírus foram comunicados às autoridades internacionais na segunda quinzena de dezembro de 2019. Sessenta dias depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava a pandemia, que já superou 1,5 milhão de casos e quase 80 mil mortes em 205 países e territórios. Até agora, o vírus superagressivo vem sendo tratado a partir dos protocolos sintomáticos, ou seja, com medicamentos que tratam os principais sintomas da doença, como tosse, coriza e falta de ar. O problema é que a evolução da Covid-19 é muito rápida e em cerca de cinco dias o paciente pode apresentar caso grave de pneumonia. Sem preconceito e distinção entre nações ricas e pobres, o SARS/CoV-2 vem mostrando a fragilidade dos sistemas de saúde e afirmando o papel fundamental da ciência para conter a pandemia.
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Fiocruz é designada referência para a OMS em Covid-19 nas Américas
O Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi nomeado Laboratório de Referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid-19 nas Américas. A partir da formalização do acordo entre a OMS e a Fiocruz, a unidade passa a realizar testes confirmatórios da doença na região, além de integrar a rede de especialistas em laboratório da entidade para a Covid-19.
Referência Nacional em Vírus Respiratórios junto ao Ministério da Saúde, o Laboratório vem atuando desde a emergência do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no diagnóstico de amostras e na capacitação de equipes para análises laboratoriais, incluindo treinamentos de profissionais dos laboratórios públicos do Brasil e de países da América Latina.
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Projeto registra receitas indígenas de parteiras da Amazônia
Assado de curimatã. Caribé de beiju. Quiampira misturado com tucupi. Mingau de abacaxi. Chá para o pós-parto. Receitas indígenas tradicionais da região amazônica, preservadas pela oralidade, de geração a geração. Em novembro de 2019, uma equipe da Fiocruz ministrou oficinas nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e de Tabatinga, na região de fronteira entre Brasil e Colômbia. O foco: parteiras que resguardam receitas como essas, aliadas preciosas no combate à insegurança alimentar de bebês e de suas mães.
Durante as oficinas, as mulheres foram orientadas sobre como usar aparelhos celulares — doados pelo projeto — para registrar essas e outras receitas, e compartilha-las com as novas gerações. O resultado de parte desse trabalho pode ser visto no canal do YouTube da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, na série Receitas para grávidas, puérperas e bebês da floresta.
As gravações são um dos frutos do projeto Segurança Alimentar e Nutricional no Âmbito da Unasul, da pesquisadora Angélica Baptista Silva, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), e que contou com apoio técnico de Pauliran Freitas, cinegrafista da VideoSaúde, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz).
O projeto de Angélica, que teve apoio do CNPq, é robusto, e envolveu ações como avaliação de redes de telessaúde e atividades para o fortalecimento da assistência à mulher e à criança, nas redes de serviços de saúde dos povos das florestas. As oficinas com as parteiras foram uma dessas atividades.
“Queríamos preservar a memória nutricional dessa população, usando a tecnologia para fortalecer uma tradição que pode fazer muita diferença na saúde das famílias”, explica a pesquisadora. “Temos visto, nos últimos anos, um crescimento enorme no consumo de alimentos ultraprocessados pela população indígena. A insegurança alimentar e a mortalidade infantil entre os índios são altíssimas. O uso de ingredientes locais, da própria floresta, em receitas tradicionais, foi se perdendo. Seu resgate pode ajudar muito na nutrição de crianças pequenas e de suas mães. Queríamos aproveitar o saber das parteiras, que tradicionalmente são as guardiãs dessa culinária.”
Nos vídeos da série as parteiras indígenas, muitas delas idosas, orientam jovens mães a cuidar melhor de si e de seu bebê, até que completem um ano. São mulheres das etnias Baré (a maioria delas), Tariana e Tukanos.
“Buscamos trabalhar em duplas nas oficinas. Enquanto uma mulher filmava, outra cozinhava”, explica Pauliran Freitas. “Foi uma experiência muito marcante. Uma das participantes nunca tinha visto um celular. Mas todas se revelaram muito animadas com a atividade. Busquei adaptar as orientações de gravação ao seu universo, mostrando, por exemplo, como aproveitar a luz natural”.
Durante o projeto, a equipe realizou “atividades de educação permanente junto aos profissionais de saúde da Atenção Básica e parteiras. Também foram fornecidas orientações sobre alimentação para grávidas e mães com crianças acompanhadas pelo serviço de puericultura nas áreas indígenas do estado do Amazonas, onde há pontos de telessaúde”.
Para assistir todos os vídeos do projeto, que estão disponibilizados na playlist do canal do YouTube da VideoSaúde Distribuidora. https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE#action=share

Primeiro paciente grave de Covid-19 em Juiz de Fora tem alta do hospital e é aplaudido por equipe médica; veja vídeo
O professor Daniel Sales Pimenta, considerado o primeiro paciente grave confirmado de Covid-19 em Juiz de Fora teve alta do Hospital Monte Sinai na tarde deste sábado (11) e é considerado pelos médicos, como recuperado da doença.
Daniel ficou 22 dias internado, sendo que passou duas semanas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Ao receber a alta, foi aplaudido pela equipe de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do local. (veja vídeo). g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/primeiro-paciente-grave-de-covid-19-em-juiz-de-fora-tem-alta-de-hospital/8475656/
O professor agradeceu toda a equipe pelos cuidados durante o tratamento. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Monte Sinai, Pimenta havia ganhando uma mini festa organizada pela equipe médica na sexta-feira (10), quando foi confirmada a previsão de alta.
O parabéns foi duplo, já que Daniel passou o aniversário internado na UTI, durante fase de agravamento da Covid-19.

Secretaria de Estado de Saúde lança atendente virtual sobre coronavírus
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) lança, nesta quinta-feira (2), o assistente virtual “Sesin Responde” para tirar dúvidas da população sobre o novo coronavírus, em tempo real. Na ferramenta interativa, Sesin, o mascote da SES, explica os sintomas da Covid-19 e, com o relato do usuário sobre o que está sentindo, indica se deve procurar atendimento médico ou permanecer em quarentena.
A plataforma online pode ser acessada por um código QR ou pelo link chat.saude.rj.gov.br. Sem necessidade de cadastro ou integração com redes sociais, o usuário é direcionado para uma página de navegador em que Sesin faz uma triagem dos sintomas apresentados. De acordo com as respostas que o robô recebe, orienta como a pessoa com suspeita de infecção deve proceder. Se houver indicação de consulta com um profissional de saúde, a plataforma encaminha automaticamente o usuário para a Central 160, a central telefônica da SES exclusiva sobre o coronavírus.
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