Nesta quarta-feira (28/4), é celebrado o Dia Nacional da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro que, de acordo com mapeamento realizado pela Fiocruz e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), abriga três espécies vegetais com potencial para mercados diferenciados. Extrato de melão de São Caetano, extrato de arnica e cera de carnaúba estão entre as 26 cadeias de valor identificadas pelo projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais da Fundação e do Mapa, o maior mapeamento de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias já realizado no Brasil. Os três produtos – frutos da caatinga e com origem no Rio Grande do Norte (RN) – são considerados promissores para o mercado de cosméticos naturais.
A coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Carvalho Costa, que é pesquisadora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), explica que cadeias de valor são sistemas produtivos que utilizam de forma sustentável recursos da sociobiodiversidade e contribuem com a conservação ambiental, o desenvolvimento econômico e a redução de desigualdades. “Por terem agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais em suas bases produtivas, essas cadeias agregam valores étnicos, históricos, sociais, culturais e ambientais aos seus produtos. Assim, o fortalecimento das cadeias de valor de produtos da sociobiodiversidade representa grande oportunidade para o desenvolvimento econômico local, a partir de ações que integrem produção sustentável e geração de renda, aliando conservação da biodiversidade e empoderamento social das populações extrativistas e dos agricultores familiares”, afirma.
O evento on-line será nesta terça-feira, das 18 às 19 horas, aberto ao público
Nesta terça-feira, dia 27, a Liga de Estudos sobre Condições Crônicas de Saúde e Feridas (LIFECS), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, promove seu primeiro evento: Doenças Crônicas: o que são, fatores de risco, curiosidades e aspectos relacionados.
O Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, realiza nesta sexta-feira (30/4) webinar para o lançamento da nova plataforma online de indicadores relacionados à Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). A atividade acontece às 14h e será transmitido pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube.
Com dados das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019, o novo painel é uma ferramenta de visualização dos principais indicadores obtidos nas duas edições da pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em colaboração com o Icict e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
“Nunca vi uma situação tão assustadora. Não posso acreditar que estamos na capital da Índia”, diz Jayant Malhotra à BBC. “As pessoas não estão recebendo oxigênio e estão morrendo como animais.”
Malhotra tem ajudado em um crematório na capital da Índia, Delhi, onde hospitais estão sofrendo com uma onda sem precedentes de infecções por coronavírus.
Publicado nesta sexta-feira (23/4), oBoletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, apresenta um painel geral do cenário da Covid-19 no país e suas implicações. A nova edição constata o processo de rejuvenescimento da pandemia. Os números de casos e óbitos de Covid-19 por faixa etária mostram que o aumento diferencial por idades se manteve. A análise aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por Covid: 1.081,82%. Nas idades de 40 a 49 anos (1.173,75%) houve o maior crescimento do número de casos.
Refletir e agir sobre os efeitos de uma pandemia vai muito além do processo saúde e doença. No Brasil e em outros países, são várias as iniciativas encabeçadas por organizações, movimentos, instituições, acadêmicos, pesquisadores e especialistas das áreas de ciências sociais e humanidades que vêm analisando os fenômenos causados pela emergência global da Covid-19 a partir de marcadores sociais diversos, como raça, gênero, classe social, sexualidade, territórios e dinâmica social e econômica. É com esse intuito que o Observatório Covid-19 Fiocruz e a Editora Fiocruz lançam, na próxima quarta-feira (28/4), o livro Os Impactos Sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas e respostas à pandemia, e-book que estará disponível para download gratuito na plataforma SciELO Livros.
Organizado pelos pesquisadores Gustavo Corrêa Matta, Sergio Rego, Ester Paiva Souto e Jean Segata, o volume é o segundo da série Informação para Ação na Covid-19, uma parceria entre o Observatório e a Editora Fiocruz. Para marcar o lançamento, os organizadores participam, no dia 29 de abril, às 9h30, de um webinar para apresentar a obra. O evento virtual, que será transmitido pelo canal da VideoSaúde da Fiocruz no YouTube, conta também com a participação de Carlos Machado de Freitas, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e coordenador do Observatório Covid-19 Fiocruz.
João*, de cinco anos, acorda rouco todos os dias desde que contraiu covid-19, um mês atrás. Ele não chegou a ser internado, mas desde então tosse sem parar, tem uma coceira irritante e incessante no nariz, passou a salivar muito mais, sente cansaço nos braços e uma dor que vem e vai no pé esquerdo. “É uma montanha-russa. Ele reclama e pergunta quando vai ficar bom”, conta sua mãe, moradora de Duque de Caxias (RJ).
A resposta para essa pergunta, que ela ainda não encontrou, vem sendo buscada por cada vez mais pais, pesquisadores e profissionais de saúde ao redor do mundo, à medida que avança a pandemia de coronavírus. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a chamada covid longa em crianças e adolescentes, uma vez que essa faixa etária acabou ficando em segundo plano por ser proporcionalmente menos atingida pela doença, menos ainda com sintomas persistentes.
Crianças com comorbidades apresentam maior risco de mortalidade pela covid-19.
De acordo com Brian Sousa, crianças que moram em cidades com maior desenvolvimento morrem quase 75% menos do que crianças que moram em cidades menos desenvolvidas.
No Brasil, mais de um 1,5 milhão de trabalhadores de nível técnico/auxiliar da Saúde enfrentam diariamente não só milhares de novos casos e centenas de óbitos relacionados à Covid-19 nos hospitais e unidades de saúde, mas também encaram um cotidiano anônimo e, por vezes, de “invisibilidade” diante da própria equipe, suas instituições e a sociedade em geral. Embora executem serviços de extrema importância, pouco se sabe qual é o perfil e a real situação de trabalhadores técnicos, auxiliares e de apoio das equipes de Saúde. Preocupada em responder a essa lacuna, a Fiocruz lançou, no dia 14 de janeiro, a pesquisa inédita “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”. O questionário on-line está disponível no site da ENSP/Fiocruz ou pode ser acessado pelo link https://is.gd/PesquisaInvisiveis.
A pesquisa considera trabalhadores invisíveis da Saúde os técnicos e auxiliares de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, limpeza e conservação e agentes comunitários de saúde. O objetivo é analisar as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dessa força de trabalho buscando as alterações a que tiveram que se submeter emergencialmente durante a pandemia.
“Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado.
O questionário explora aspectos objetivos e subjetivos sobre como esses trabalhadores lidam com a pandemia em seu dia a dia: se o trabalhador teve Covid-19 e se sente protegido em seu ambiente de trabalho contra o coronavírus; se sofreu algum tipo de violência ou discriminação; o que mudou em sua rotina profissional durante a pandemia e se houve mudança da carga horária de trabalho; se há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis e se houve treinamento adequado para sua utilização; “Desejamos analisar em profundidade as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores de nível médio e auxiliar, o qual denominamos de trabalhadores invisíveis da saúde”, completou Machado.
Contexto da pesquisa
No Brasil, contabiliza-se mais de 2 milhões de trabalhadores de nível técnico, auxiliar e apoio, dos quais 1,5 milhão estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19. Cerca de 1.800 milhão são auxiliares e técnicos de Enfermagem; 230 mil são auxiliares e técnicos de Saúde Bucal; 29 mil são técnicos de Laboratório; 20 mil são técnicos de Nutrição; 85 mil são técnicos de Radiologia; além de milhares de trabalhadores que apoiam e dão suporte a essa força de trabalho em saúde, atuando diretamente na assistência (condutores de ambulância, maqueiros, pessoal da limpeza, manutenção, segurança, pessoal da administração e recepção, entre outros.
Durante a pandemia, esses trabalhadores lidam com a escassez de material EPI; infraestrutura precária; inadequadas condições de trabalho; ritmo de trabalho elevado e estressante; vínculo de trabalho precário; insegurança do e no trabalho; desconforto; desproteção no trabalho, entre outras questões.
“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.Os materiais de divulgação da pesquisa estão disponíveis para download no campo “anexos relacionados”.
Serviço:
Lançamento da pesquisa “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil
A pandemia causada pelo novo coronavírus colocou novamente em evidência o comportamento dos vírus na sociedade. No entanto, para pesquisadores e especialistas em saúde pública, esses pequenos organismos sempre estiveram em foco. Para debater esse e outros assuntos que integram a ampla área da virologia, será realizada a sexta edição do Simpósio Avançado de Virologia Hermann Schatzmayr. O encontro virtual acontece no dia 11 de maio, a partir das 9h, com transmissão gratuita pelo canal do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no YouTube.
Organizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o evento terá as dinâmicas entre vacinação e doenças virais no Brasil como tema central de palestras e debates. Participam pesquisadores de referências nas áreas de virologia e epidemiologia, além de especialistas em inovação e produção de vacinas. No encontro, será divulgado também o livro Vacinas, da Editora Fiocruz. A inscrição para o simpósio, que garante emissão de certificado de participação, poderá ser feita no Campus Virtual Fiocruz. Confira, abaixo, a programação completa.