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ENSP renova parceria para fortalecer Atenção Básica na Baixada

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) reafirmou, em reunião na terça-feira (11/6), o convênio de cooperação técnica existente entre ela, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf), o Ministério da Saúde e o Consórcio Hospitalar da Catalunha (CHC), que tem como principal objetivo fortalecer a Atenção Básica nos 11 municípios que compõem a Baixada Fluminense. A parceria, firmada em meados de 2006, obteve grande êxito, principalmente no âmbito do fortalecimento da capacitação da gestão do setor saúde na Baixada, com a formação de cerca de 50 gestores no curso de especialização em Gestão de Sistemas de Saúde, desenvolvido com base na experiência da ENSP. A renovação da parceira, entre outras ações, garante a segunda edição do curso.

A reunião, que marcou a renovação da parceria, contou com a presença do diretor da ENSP, Hermano Castro, da secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello, do pesquisador do Departamento de Ciência Sociais da Escola, José Mendes, e de Rafael Eugênio, representando a Secretaria de Saúde de Mesquita. Na ocasião, o diretor da ENSP ressaltou a importância da renovação da parceira e destacou que fortalecer a Atenção Básica é fundamental para a Saúde Pública atualmente. “O fortalecimento da Atenção Básica à Saúde é a base para uma saúde melhor, e capacitar profissionais é um excelente caminho a seguir. Dessa forma, desenvolveremos mais uma etapa desse projeto e pretendemos interligar as áreas de ensino, formação e recursos humanos”, explicou ele.
Rosangela Bello destacou que, fortalecendo a Atenção Básica na Baixada, os ganhos na saúde pública são diversos, além de suprir problemas que envolvem questões estruturais, como a migração de moradores da Baixada para hospitais no município do Rio de Janeiro. A Baixada Fluminense é composta de 11 municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti e Seropédica. De acordo com Rosangela, a cobertura da Atenção Básica na região ainda é baixa – cerca de 26%, apesar de já ter avançado bastante desde o início da parceria, que era de somente 16%. Além disso, a distribuição é desigual. Municípios como Magé e Nilópolis possuem cerca de 70% de cobertura, enquanto alguns outros não chegam a 15%.
Segundo Rosangela, a parceria contribuiu muito para a ampliação da cobertura da AB na Baixada, e a capacitação para os gestores rendeu bons frutos, como as monografias dos alunos, que apresentaram boas respostas para muitos problemas de saúde existentes nos municípios que compõem a região, além da atuação de cerca de 50 gestores altamente qualificados no Sistema Único de Saúde. A ideia principal com a renovação da parceira é a criação da segunda edição do curso. O projeto para elaboração da segunda turma será submetido ao Conselho Deliberativo da ENSP e, posteriormente, entrará em ação. Os pesquisadores e docentes do Departamento de Ciências Sociais da Escola, José Mendes e Nilson do Rosário, serão responsáveis pela reedição do curso, que mais uma vez ocorrerá de forma presencial.

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Quais as diferenças e semelhanças na gestão dos crimes na França e no Brasil?

Apesar de realidades muito distintas, Brasil e França adotam o mesmo sistema jurídico: o direito positivo ou civil law. Embora essa estrutura jurídica tenha como principal característica o cumprimento de códigos, regras e leis escritas, as especificidades próprias a seu funcionamento em cada um dos países os distinguem em alguns pontos. “No Brasil, por exemplo, o trabalho do Ministério Público (MP) é autônomo em relação ao Poder Judiciário e mesmo às polícias civil e militar. Alguns especialistas chegam até a classificar o MP como um quarto poder, além do Executivo, Legislativo e Judiciário”, explica Vívian Gilbert Ferreira Paes, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Na França, o MP é parte do Poder Judiciário e do Executivo. Assim, a polícia investiga em conjunto com os promotores de justiça, que acompanham, ratificam e eventualmente corrigem os rumos do processo”, complementa.

Essas afirmações são alguns dos resultados da pesquisa de doutorado-sanduíche de Vívian, que resultou no livro Crimes, procedimentos e números: estudo sociológico sobre a gestão de crimes na França e no Brasil, publicado com recursos do programa Auxílio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ. Durante a pesquisa, ela realizou uma análise comparativa da questão penal francesa e brasileira entre os anos de 2000 e 2008. “Verifiquei os contrastes e semelhanças na construção e administração dos processos penais, segundo suas instituições, dando destaque à forma e ao processamento de dados entre elas, além de analisar os números de crimes solucionados nos dois países”, explica.

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Fiocruz e TB Alliance promovem diálogo em busca de novas soluções contra tuberculose

Com o intuito de discutir possíveis ações para o combate à tuberculose, a Fiocruz promoveu, nos dias 13 e 14 de maio, um encontro entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, a direção da Aliança Global de Desenvolvimento de Drogas para Tuberculose – Aliança TB (Global Alliance for TB Drug Development – TB Alliance, em inglês) e pesquisadores de instituições brasileiras que atuam em ensaios clínicos de novas drogas e regimes terapêuticos contra a doença.

Na abertura do encontro, o presidente e diretor executivo da TB Alliance, Melvin Spigelman, apresentou dados sobre a inciência da doença no mundo: dois bilhões de pessoas estão infectadas pela tuberculose multirresistente, são registrados nove milhões de casos de tuberculose ativa por ano, 1,5 milhão morrem por conta da doença anualmente, 12 milhões apresentam co-infecção HIV-tuberculose, e a enfermidade é a doença infecciosa que mais mata soropositivos e mulheres em idade fértil.

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Estudo analisa comportamento de usuários de crack no Rio e em Salvador

Uma pesquisa analisou o comportamento de 160 usuários regulares de crack com idades entre 18 e 24 anos, das cidades do Rio de Janeiro e Salvador. O estudo, realizado de novembro de 2010 a junho de 2011, foi publicado na revista International Journal of Drug Policy, em abril deste ano.

Foram avaliadas questões como uso da droga, saúde e características de uso, avaliação sorológica para os vírus da hepatite B (HBV) e C (HCV), e da Aids (HIV).

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Tese intitulada “Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS” relaciona telessaúde e melhoria da rede de atenção

 

A telessaúde tem ajudado a estruturar a rede de atenção e as ferramentas de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulamentação dos serviços de telessaúde, teleconsultoria, segunda opinião formativa, tele-educação e telediagnóstico, tem sido o grande impulso de informatização do setor saúde no território brasileiro”. A opinião é de Angélica Baptista Silva, que apresentou sua tese de doutorado no Programa de Saúde Pública da ENSP em 22 de março. Intitulada Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?, a tese de Angélica aborda a necessidade de inclusão digital e de aproximação da rede de atenção com a pesquisa em saúde. De acordo com o histórico, o Programa Telessaúde Brasil Redes surgiu em 2007 com o projeto piloto em apoio à Atenção Básica. Ele envolvia nove núcleos localizados em universidades nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo por meta qualificar aproximadamente 2.700 equipes da Estratégia de Saúde da Família em todo o território nacional. Para Angélica, porém, a literatura mostra o uso do termo telessaúde desde os anos de 1980. A definição clássica, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registra telessaúde como uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância. “É nessa década que aparecem iniciativas pontuais no Brasil de telessaúde, executadas por universidades públicas e com envolvimento de setores diversos da administração pública, como, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações no fim dos anos de 1990.  No entanto, de acordo com o experimento apresentado, há várias definições de telessaúde: pode ser sinônimo de videoconferência, de sistema de informação, de organização de serviço, entre outros”, esclareceu a pesquisadora. Em sua concepção, telessaúde é toda atividade em rede, que promove a translação do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde. Para justificar essa ressignificação da telessaúde, Angélica utilizou um modelo conceitual da pesquisa translacional. “A pesquisa translacional pode ser definida também como um processo que parte da prática baseada em evidências em direção a soluções sustentáveis para problemas de saúde da comunidade”, ressaltou. Quanto aos entraves para articular política pública, educação, tecnologia e saúde, Angélica identifica, no caso brasileiro, “3 is” que podem comprometer a qualidade dos serviços de telessaúde: inclusão digital do setor saúde, interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde e integração entre inovação e assistência à saúde. Para validar os 3is, ela fez uma pesquisa de campo e consultou vários especialistas, os quais, ao mesmo tempo, foram coordenadores dos primeiros projetos da Rute. Também participaram do projeto piloto do atual Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, e suas instituições fizeram parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica. Angélica demonstrou interesse pelo tema em 2004, quando apresentou sua dissertação de mestrado profissional na ENSP. Ela foi convidada pela Presidência da Fiocruz a escrever um projeto de telemedicina, representando a instituição num novo projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa à época: a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). O grupo que fundou a Rute era composto de hospitais universitários, e suas discussões eram eminentemente clínicas. Naquela época, como coordenadora de Tecnologia da Informação do Canal Saúde, ela começou a pesquisar sobre telessaúde. A pesquisadora não aponta perspectivas para o Programa Telessaúde Brasil Redes, mas para toda atividade de telessaúde no SUS. “Há várias iniciativas de avaliação e monitoramento de telessaúde, inclusive propostas por pesquisadores brasileiros. No âmbito do Telessaúde Brasil Redes, destaco a liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e desenvolvida pelos coordenadores dos nove estados, que compuseram o projeto piloto do Ministério da Saúde.” Sua pesquisa é voltada justamente para as lacunas na perspectiva da Saúde Coletiva, que é mais ampla que a da Clínica. A Telessaúde está regulamentada por uma série de portarias do Ministério da Saúde. A primeira delas de n° 561, de 16/3/6, institui, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão Permanente de Telessaúde. A última publicada, de 14/9/12, institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, com a finalidade de avaliar, discutir e propor critérios e ações para expansão do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). Angélica Baptista Silva teve como orientadora principal da sua tese a pesquisadora da ENSP Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes e como segundo orientador Carlos Medicis Morel, coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).

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Pesquisa aponta que brasileiros estão bebendo com mais frequência

Metade da população brasileira é abstêmia. Na outra metade consumidora de álcool, no entanto, aumentou 20% o número de pessoas que bebe de forma frequente (uma vez por semana ou mais) nos últimos seis anos. Se considerada apenas a população feminina, mais suscetível aos efeitos nocivos do álcool, o aumento foi de 34,5%.

Os dados são do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), organizado pelo médico Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Nível socioeconômico determina hábitos que desencadeiam a obesidade

Há três décadas seria impensável que numa favela, 68% das mulheres estivessem com sobrepeso e 28,4% obesas. Esta é a realidade atual de uma comunidade com renda per capita mensal de R$78,42, atendida por um centro comunitário mantido pelo Colégio São Luís, na rodovia Anhanguera, em São Paulo.

“O baixo nível socioeconômico e principalmente a escolaridade provavelmente determinam hábitos alimentares e estilo de vida que desencadeiam a obesidade”, constata a médica Alessandra Carvalho Goulart. Em sua tese, apresentada na Faculdade de Medicina (FM) da USP, a pesquisadora acompanhou por três anos 116 mulheres moradoras de três favelas (Paraíso, Morro Doce e Polvilho), situadas nos bairros de Perus, Jardim Jaraguá e Jardim Anhanguera, além de uma pequena área da região metropolitana de São Paulo, em Cajamar. Elas tinham, em média, 40 anos.

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Governo Dá Sinal Verde para 41 pesquisas com Células-tronco

Os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia confirmaram o financiamento de 41 pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. O objetivo é que as pesquisas sejam desenvolvidas em até 24 meses, verificando o potencial de uso terapêutico das células-tronco.

Os recursos serão palicados em três fases: pesquisas básicas (experimentações in vitro), pré-clínica (experimentos com animais) e clínica (experimentos em seres humanos). A lista com os projetos aprovados, divulgado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico, já está disponível para consulta no site do Ministério da Saúde.

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Ensp abre inscrições para mestrado e doutorado em saúde pública

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) está com inscrições abertas para a seleção para os seus cursos de mestrado e doutorado em saúde pública até o dia 30 de setembro. As provas de inglês serão realizadas no dia 5 de novembro e os candidatos ao mestrado ainda enfrentarão uma prova discursiva sobre saúde pública no dia 12 de novembro.

A lista de docentes orientadores e a quantidade de vagas oferecidas serão divulgadas no dia 22 de agosto, no sítio da Ensp. Para efetuar a inscrição, os interessados deverão preencher o formulário disponível no sítio do Sistema de Gerenciamento Acadêmica (Siga). Para aqueles que não tiverem acesso à internet, a Ensp oferecerá computadores na sala de convivência dos alunos, na Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, Manguinhos.

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Ministro da Saúde inaugura estátua de Sergio Arouca

O ministro da Saúde, José Saraiva Felipe, esteve na Fundação Oswaldo Cruz nesta sexta-feira, dia 26, para inaugurar a estátua do médico sanitarista Sergio Arouca. “Há 30 anos, o amigo Sergio Arouca me ensinou a delirar com responsabilidade sobre os múltiplos significados da palavra saúde”, disse o ministro à Agência Fiocruz de Notícias. “Saúde, para Arouca, era a própria condição de se poder ter alegria de viver”, completou Felipe.

A cerimônia uniu cerca de 500 pessoas, entre membros do Partido Sanitário, do PCB e do PPS – partido que Arouca ajudou a fundar -, amigos e familiares do sanitarista e funcionários da Fiocruz. Outra novidade é a inauguração da Biblioteca Virtual Sergio Arouca, site que disponibiliza informações sobre os diversos aspectos da vida do ex-presidente da Fiocruz.

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