Um relatório divulgado recentemente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento aponta que, de 1990 a 2012, houve no Brasil uma redução de 83,7% do risco de morte de mulheres devido a aborto.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a redução da mortalidade materna no país é resultado da melhoria das ações de atenção à saúde da mulher, com destaque para a estratégia Rede Cegonha. “Se expressam no fortalecimento da atenção básica; nas condicionalidades do Bolsa Família que tem permitido pra gente atingir índices de acompanhamento de gestantes, de crianças muito significativos; a implantação da Rede Cegonha que dialoga, fundamentalmente, com a maneira como as crianças nascem, o cuidado às gestantes; vigilância do óbito materno; a política integral de atenção à saúde da mulher; o pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal que tem um componente muito importante na Amazônia Legal”, explica.
A estratégia Rede Cegonha tem o objetivo de oferecer às gestantes usuárias do SUS atendimento cada vez mais qualificado e humanizado, desde o planejamento reprodutivo, passando pelo pré-natal, até o segundo ano de vida da criança.
A filha da dona de casa Bruna Felix, por exemplo, nasceu no sétimo mês de gestação. Ela conta que ficou muito satisfeita com o atendimento realizado pelos profissionais do hospital credenciado ao programa Rede Cegonha. “Estava em casa e comecei sentir uma azia muito forte, depois comecei a vomitar e foi me dando muita dor de cabeça e aí me levaram para o hospital de Santa Maria. Perguntaram o que eu estava sentido e eu falei e aí falaram que eu tinha que fazer uma cesariana de urgência porque eu estava dando pré-eclâmpsia. Graças a Deus está tudo bem, ela nasceu com 750 gramas e agora já está com 1 quilo 76 gramas, está bem, está maior, já tem um mês e 17 dias. Lá no hospital de Santa Maria eles cuidam dela direitinho, não tenho com que me preocupar lá não”, conta.
Criado em 2011, a estratégia Rede Cegonha está presente em mais de cinco mil municípios brasileiros e atende 2 milhões e 600 mil gestantes pelo SUS.