Brasil é o 11º melhor país para pesquisas acadêmicas

O ranking, organizado anualmente pela revista norte-americana The Scientist,  visa estabelecer os principais países e instituições com ambientes de trabalho propícios para o desenvolvimento científico e tecnológico. O diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz, Carlos Morel, afirma no artigo que a posição conquistada pelo Brasil reflete “um longo processo de amadurecimento que coloca ciência, tecnologia e inovação em destaque”.  O Castelo de Manguinhos e uma foto feita num laboratório da Fiocruz ilustram a matéria da The Scientist, uma das mais populares revistas de divulgação científica do mundo.

A  Bélgica ganhou o topo da lista pela primeira vez desde 1993, seguida dos EUA e do Canadá. A Índia, país relativamente novo na disputa, apareceu na frente de concorrentes de peso, como o Reino Unido e a Suécia, pelo segundo ano consecutivo. Quanto aos três melhores locais de pesquisa acadêmica, este ano o Hospital Geral de Massachusetts, o Instituto Nacional de Câncer de Frederick e a Universidade de Clemson (localizados nos EUA) encabeçaram a lista.

O ranking foi feito com base em um questionário online postado, entre julho e setembro de 2007, para os leitores e pessoas registradas no site da revista, que se identificaram como cientistas acadêmicos ou estudiosos envolvidos com organizações de pesquisa sem fins lucrativos. Foram obtidos 2.072 retornos na consulta ao público. Cada pesquisador sondado pontuou em uma escala de 1 a 5 (mínimo e máximo de concordância, respectivamente) o ambiente e condições de trabalho da instituição em que atua. Ao todo, o questionário apresentava 39 padrões de comparação ligados a oito áreas diferentes, dentre elas infra-estrutura, fontes de pesquisa e condições de exercício do cargo.

Dentre as 83 instituições mais citadas nos resultados da consulta, 65 se encontram nos EUA e 18 no resto do mundo. O artigo aponta que não houve um consenso geral sobre o melhor local de trabalho e que a pesquisa é fundamentada em opiniões e preferências particulares de cada cientista abordado. Ainda em relação à colocação brasileira no ranking, Morel destaca um aumento de 40% no orçamento de 2008 (em relação a este ano) para a Agência de Financiamento de Estudos e Projetos, constituindo um futuro investimento de R$ 2,8 bilhões de em pesquisas, como fator favorável ao desenvolvimento científico nacional.

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