A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a revista científica britânica The Lancet reconheceram o Brasil como referência mundial em aleitamento materno. O país registra o maior número de doadoras de leite humano do mundo. Além de se destacar na evolução das taxas de amamentação e no conjunto de políticas públicas que incentivam amamentação.
Um dos exemplos que levou o Brasil a ganhar este destaque é a Lei de Amamentação, promulgada em 2015. A legislação limita a comercialização de substitutos do leite materno, promove a licença maternidade de 4 a 6 meses e melhora a certificação dos hospitais Amigos da Criança, que são hospitais que cumprem os chamados “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno” .
Uma das mães que levou a amamentação como bandeira na criação da filha é a assistente social Ludmila Suaid de 33 anos. Mãe de Yasmin, de quatro anos, ainda amamenta a pequena mesmo enfrentando críticas de aparentes ou amigos. “Acredito muito no carinho, amor, no colo e no leite materno em livre demanda. E amamentar prolongadamente veio de encontro a isso. Sei o tanto que o leite materno é maravilhoso. A minha filha nunca ficou doente, nunca tomou um antibiótico”, conta.
A informação foi fundamental para a amamentação, como explica Ludmila; “Hoje ela mama só quando acorda e vai dormir, geralmente em casa. Mas quando ela era mais nova as pessoas olhavam enviesado, achavam estranho. Enquanto estiver sendo bom para mim e para ela iremos continuar. É importante buscar apoio e informação. Acredito que a paciência e o respeito ao tempo da criança devem prevalecer sempre, seja no momento de desfraldar, desmamar ou na adaptação na escolinha. Minha filha começou a desmamar naturalmente recentemente próximo aos quatro anos de idade”, conta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês sejam amamentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses e que isso continue acontecendo, junto com outros alimentos, por até dois anos ou mais. Com o leite da mãe, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. O aleitamento também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol. O benefício também se estende à mãe, que perde peso mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, o que diminui risco de hemorragia e anemia.
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Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde