Author Archives: tatianelopes

Revista aborda a disponibilidade de dados para a vigilância epidemiológica

Atualmente há, no Brasil, uma ampla gama de agravos de saúde monitorados por meio de sistemas de informação que fazem parte da vigilância epidemiológica nacional. Em maio de 2022, mais de 50 agravos ou doenças faziam parte da lista de agravos de notificação compulsória, incluindo-se eventos associados à Covid-19, como os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), e de síndrome inflamatória multissistêmica em adultos e pediátrica. A disponibilização de dados abertos com atualização semanal em virtude da Covid-19 é um marco importante na história da vigilância em saúde no Brasil. “É preciso que essa prática seja mantida mesmo após a pandemia e estendida para os demais sistemas e agravos de saúde monitorados no país”, defendem os editorialistas Daniel Antunes Maciel Villela e Marcelo Ferreira da Costa Gomes na revista Cadernos de Saúde Pública de julho.

O editorial explica que esses sistemas agregam dados para acompanhamento de situação no território nacional, identificação de novos surtos e formulação de políticas públicas de saúde, como engrenagens do Sistema Único de Saúde (SUS) para auxiliar em várias frentes importantes. Qualquer ocorrência de indisponibilidade dos dados armazenados nesses sistemas tem o potencial de comprometer muitos mecanismos de monitoramento relevantes para emergências da saúde pública.

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Webinar chama atenção para o desafio da Covid longa

O Observatório Covid-19 Fiocruz promoveu, nesta quinta-feira (2/6), o webinar A pandemia de Covid-19 no Brasil – balanços e desafios. O evento integrou as comemorações pelos 122 anos da Fiocruz, completados no último dia 25, e reuniu pesquisadores para debater a situação da pandemia. O encontro abordou questões como a gestão da saúde, a vigilância, a assistência, situações envolvendo populações em favelas e povos indígenas, os trabalhadores da saúde, a comunicação e a informação durante a pandemia, apresentando os esforços da Fiocruz e das instituições públicas no enfrentamento da emergência sanitária.

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Editora Fiocruz participa de feira do livro com quase cem títulos em promoção

Com quase cem títulos pela metade do preço, a Editora Fiocruz vai participar, de 2 a 8 de maio, da IV Feira do Livro da Unesp. O evento vem se firmando como um dos principais do calendário literário do país, a feira será realizada novamente em formato virtual.

A ação reforça a missão da Editora de ampliar a circulação de livros e o acesso ao conhecimento científico nas diversas áreas da saúde. Em meio à pandemia da Covid-19, a Editora Fiocruz participou de outras iniciativas similares, incluindo a edição 2021 da Feira da Unesp, que contou com cerca de 3,5 milhões de acessos ao site oficial do evento. Além disso, o formato virtual proporciona o alcance a um público ainda mais amplo, chegando a leitores de todo o país e do exterior.

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Unitaid e Fiocruz vão implementar PrEp injetável contra o HIV no Brasil

A Unitaid, agência global de saúde ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), vai financiar a implementação do projeto de implantação da Profilaxia Pré-exposição (PrEp) Injetável no Brasil, utilizando o Cabotegravir de ação prolongada. Considerada a mais recente inovação para prevenção do HIV, a PrEP Injetável se mostrou mais eficaz que a PrEP oral diária na redução de risco de infecção pelo vírus com apenas seis injeções por ano. O projeto será coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde. O anúncio foi feito durante o seminário conjunto Brasil e Unitaid – parcerias atuais e perspectivas futuras, no auditório do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) nesta sexta-feira (18/3). A iniciativa ocorrerá também na África do Sul.

No Brasil, o projeto terá como público alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV: homens que fazem sexo com homens e pessoas trans, de 18 a 30 anos. O Cabotegravir de ação prolongada fornece oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus por meio de uma única injeção intramuscular. Isso fornece uma alternativa à PrEP oral, que pode reduzir o risco de infecção pelo HIV em 99%, mas apenas quando tomada conforme prescrito: uma vez ao dia ou antes e depois do sexo no esquema PrEP 2+1+1 (neste caso, apenas para homens cisgêneros).

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Especialistas falam sobre agrotóxicos e controle de qualidade no INCQS/Fiocruz

Os agrotóxicos, de acordo com a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, são produtos e agentes de processos destinados à preservação da flora ou da fauna perante a ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Também costumam ser chamadas de pesticidas, porém, o termo é contestado por profissionais da saúde, pois pesticida (do latim pestis, a doença, + cida, o que mata) significa “o que mata as pestes”, sendo que estas substâncias podem matar também organismos vivos benéficos, conforme explicam as integrantes do Setor de Resíduos do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), Lucia Helena Bastos, Maria Helena Wohlers e Angélica Castanheira.

Elas alertam que os agrotóxicos, quando usados em quantidade fora do padronizado, podem provocar riscos ao meio ambiente e à saúde pública. Seus resíduos, se ingeridos por meio de alimentos e água contaminados, podem causar intoxicação e acarretar problemas que vão desde tontura, náusea, diarreia e irritações, até dificuldades respiratórias, convulsões, desmaios e, mesmo, morte.

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Embaixador do Equador visita Fiocruz e debate cooperação

Há menos de cinco meses no cargo, o novo embaixador do Equador no Brasil, Carlos Alberto Velástegui, visitou na última sexta-feira (18/2) a Fiocruz para estreitar os laços entre o seu país e a Fundação. Acompanhado pelo cônsul Marco Larrea, ele foi recebido pela presidente Nísia Trindade Lima e se mostrou interessado em levantar áreas para possível cooperação com instituições equatorianas, assim como em saber mais sobre a produção de vacinas contra Covid-19 e outras doenças.

O embaixador Velástegui já havia estado na Fiocruz em 1997, quando era cônsul no Rio de Janeiro. Agora no novo cargo, está visitando instituições onde possa encontrar possibilidades de parceria durante sua gestão, e uma dessas áreas é a saúde.

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Fiocruz libera primeira vacina Covid-19 nacional

A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), disponibiliza para o Ministério da Saúde (MS) as primeiras doses da vacina Covid-19 (recombinante) produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. O primeiro lote de vacinas nacionais foi liberado pelo controle de qualidade interno de Bio-Manguinhos/Fiocruz no dia 14 de fevereiro.

“A liberação das primeiras vacinas Covid-19 100% nacionais, agora disponíveis para o Ministério da Saúde, é um marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde [Ceis]. Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

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Radis destaca luta por inclusão de pessoas com deficiência

A trajetória de Laís Silveira Costa e de sua filha, Camila, de sete anos, é uma luta constante para garantir que a inclusão seja para todo mundo. As experiências de preconceito foram tantas que a mãe aprendeu a entender os códigos, ditos e não-ditos que dificultam ou impedem o acesso de sua filha, que tem síndrome de Down, a um direito básico, que é a educação. Na pandemia, Laís entrou em desespero ao ver que as aulas remotas não atendiam às necessidades de aprendizagem da menina. Ao cogitar trocar a filha de escola, ela se deparou com certo desprezo ao telefone, com um recado nas entrelinhas de que ela poderia fazer isso se quisesse. “Foi uma violência. Em vez de ver realçado o direito de minha filha estudar em uma escola regular, a coordenadora realçou o meu direito de sair de um lugar do qual saio a hora que eu quiser”, conta.

Recentemente, ao buscar uma escola que se diz “inclusiva”, notou a mudança no tom de voz da coordenadora quando disse que a filha tem deficiência intelectual. Segundo Laís, a profissional deixou de ser receptiva ao ingresso da menina e repetiu que não sabia se haveria vaga na escola. Laís insistiu na pergunta. “Para mim estava claro o que ela falou. Eu já não queria saber se tinha vaga para Camila, mas se eu iria querer mesmo que minha filha estudasse naquela escola”, observa. A partir daí, a mãe relata que, como em um roteiro já conhecido e mal escrito, a conversa deixou de fluir. “Isso acontece por causa da desumanização, da hierarquização entre seres humanos e da histórica patologização da normalidade”, reflete. Na prática, o preconceito que se manifesta no chão da escola rouba o direito à maternidade de Laís, que deseja ser mãe de sua filha como qualquer outra mãe. “Eu não deveria ter que viver em eterno confronto com a escola por um direito instituído, porém não efetivado”, observa.

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Fiocruz e Fuham realizam 1º Inquérito da Hanseníase no Brasil

A hanseníase, conhecida no passado como lepra, é uma doença incapacitante e que pode trazer danos ao paciente mesmo após a alta médica depois de curado. Uma parceria viabilizada pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD – Fiocruz Amazônia) e a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), unidade de referência no tratamento da doença, permitirá, pela primeira vez no país, a realização de um inquérito de incapacidades físicas ocasionadas pela hanseníase em mais de 200 municípios brasileiros mapeados pelo Projeto Inquérito da Hanseníase no Brasil (Inqhans). O trabalho de campo tem início previsto para março com atividades realizadas por equipes multidisciplinares formadas por profissionais de todo o Brasil e ao final permitirá a criação de um banco de dados nacional sobre as incapacidades físicas pós-cura da hanseníase.

“Hoje, esse é um número desconhecido no Brasil. O paciente sai de alta e sai dos registros. Com o tempo, a incapacidade motivada pela doença pode aumentar no pós-cura e é preciso termos políticas públicas para combater esse problema e ajudar as pessoas incapacitadas”, afirma a diretora de Ensino e Pesquisa da Fuham, Valderiza Lourenço Pedrosa, coordenadora nacional do trabalho. Segundo ela, o objetivo do projeto é estimar a magnitude das incapacidades físicas da hanseníase pós-alta por cura no Brasil, visando a implementação de políticas de cuidados voltados para prevenção, reabilitação e cirurgias, evitando piora e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

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Covid-19: variante Ômicron é identificada em Rondônia

A Fiocruz Rondônia e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RO) identificaram a variante Ômicron em circulação em Rondônia. Após análises realizadas a partir de amostras provenientes de 11 municípios do estado, foi identificada a presença da variante de preocupação em 53 amostras, a maioria no município de Porto Velho, que registrou 30 casos da variante Ômicron. Os demais casos são das cidades de Candeias do Jamari, Alta Floresta do Oeste, Cerejeiras, Guajará-Mirim, Jaru, Ji-Paraná, Presidente Médici, Rolim de Moura, Seringueiras e Vilhena.

Por meio do teste de triagem RT-qPCR, técnica utilizada para detecção das principais variantes de preocupação para Covid-19, é possível avaliar mutações de assinatura dessas variantes, o que permite a identificação das mesmas.

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