O próprio nome do Transtorno do Espectro Autista (TEA) mostra o quão variadas podem ser as caraterísticas e os graus de alteração em algumas habilidades em pessoas assim diagnosticadas.
Acredita-se também que as causas do TEA sejam multifatoriais, envolvendo desde a genética ao contexto social.
Leia MaisTécnica modifica proteína do veneno de cascavel e permite criar fármaco que modula a coagulação sanguínea
Pesquisadores do Brasil e da Bélgica desenvolveram uma molécula de interesse farmacêutico a partir de uma proteína encontrada no veneno da cascavel, a PEG-collineína-1. Ao aplicarem uma técnica que a torna mais estável no organismo e resistente ao sistema imune, os cientistas obtiveram um potencial novo fármaco capaz de modular a coagulação sanguínea.
Resultados da pesquisa foram publicados recentemente no International Journal of Biological Macromolecules.
Leia MaisCovid: pessoas resistentes à doença inspiram nova tática para vacinas
Entender como algumas pessoas resistem naturalmente à infecção por covid-19, apesar de estarem claramente expostas ao vírus, pode levar a vacinas melhores, afirmam pesquisadores.
Uma equipe da University College London (UCL), no Reino Unido, diz que alguns indivíduos já apresentavam um grau de imunidade à covid antes do início da pandemia.
Leia MaisSARS-CoV-2 aumenta o gasto energético de células do cérebro para se replicar
Alterações de memória recente e confusão mental estão entre as sequelas neurológicas mais comuns da COVID-19. E experimentos com hamsters conduzidos na Universidade de São Paulo (USP) podem ajudar a entender como esses sintomas surgem e talvez até indicar um caminho para combatê-los.
A pesquisa foi conduzida com os animais vivos e também com astrócitos isolados do sistema nervoso central dos roedores e cultivados in vitro. Os resultados sugerem que a infecção pelo SARS-CoV-2 acelera o metabolismo dessas células nervosas e aumenta o consumo de moléculas usadas na geração de energia, como a glicose e o aminoácido glutamina.
Leia MaisPesquisa com macaco rhesus abre caminho para vacina contra a esquistossomose
Considerada uma das 17 doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no mundo, a esquistossomose ainda é um importante problema de saúde pública no Brasil. No entanto, o único medicamento usado no tratamento foi descoberto há mais de 40 anos. Pesquisa publicada nesta terça-feira (26/10) na revista Nature Communications mostra um caminho para o desenvolvimento de novas terapias e até mesmo de uma vacina contra essa parasitose.
Um grupo que envolve cientistas do Instituto Butantan, da Universidade de São Paulo (USP) e de instituições internacionais descobriu o mecanismo pelo qual o macaco rhesus (Macaca mulatta) desenvolve naturalmente uma resposta imune duradoura contra a esquistossomose. Essa resposta leva à autocura da doença após um primeiro contato com o parasita Schistosoma mansoni e, além disso, possibilita que o organismo do animal reaja com mais rapidez a uma segunda infecção.
Leia MaisCombinar exercícios de força e aeróbicos pode reduzir em 28% a mortalidade por câncer, sugere estudo
A prática regular de exercícios de força muscular associados a atividades aeróbicas pode reduzir significativamente a mortalidade por câncer, indica estudo publicado no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.
Os autores fizeram uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos sobre o tema e concluíram que fazer exercícios como prancha, agachamento e remada diminui em 14% a mortalidade pela doença. Já quando esses exercícios são combinados com outros do tipo aeróbico, o benefício é ainda melhor: 28% menos mortes.
Leia MaisCrianças com microcefalia causada por zika têm desenvolvimento neurológico heterogêneo, revela estudo
Pesquisa realizada em Salvador (BA) mostrou que crianças com microcefalia causada pelo vírus zika têm desenvolvimento neurológico heterogêneo ao chegar à faixa entre 2 e 3 anos de idade. Essa variedade de perfil pode ser detectada por meio de uma avaliação neurológica, permitindo, assim, uma abordagem personalizada do tratamento.
O estudo, publicado na revista PLOS ONE, acompanhou 42 bebês com idade entre 24 e 40 meses nascidos com a síndrome congênita do zika (CZS, na sigla em inglês), como é chamado o conjunto de sequelas provocadas pela infecção durante a gestação.
Leia MaisPessoas que tiveram AVC têm mais risco de infarto, indica estudo
Estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) com 120 pacientes mostrou uma relação entre o histórico de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e o risco de novas doenças vasculares, incluindo outros episódios de AVC e até mesmo infarto do miocárdio. O trabalho foi publicado na revista Cardiology and Cardiovascular Medicine.
No Hospital das Clínicas da FM-USP, os pesquisadores avaliaram um parâmetro chamado “escore de cálcio” em 80 pacientes acometidos por AVC isquêmico e em outros 40 voluntários sem histórico da doença. Obtido por meio de exames de tomografia, esse parâmetro serve como indicador de risco de depósito de gordura nas artérias (aterosclerose) do coração. Pacientes com um escore maior que zero correm mais risco de ter artérias doentes, mesmo que não manifestem nenhum sintoma.
Leia MaisCovid-19: como pode ser o futuro de quem decidir rejeitar a vacina?
Uma das repercussões mais esperadas do avanço da vacinação contra a covid-19 começa a tomar forma no Brasil e no mundo: governos e empresas estão anunciando regras para desencorajar a recusa aos imunizantes.
Entre as políticas mais comuns, destaca-se a criação dos chamados passaportes da imunidade. A proposta é que, para entrar em lugares de convivência com outras pessoas, será exigido um documento (físico ou digital) que comprove a aplicação das doses que resguardam contra o coronavírus.
Leia MaisEstímulos podem contribuir para a reversão de dano cognitivo causado pela malária
O efeito de estímulos imunes na manutenção da função neurocognitiva, que pode ser afetada pela infecção por malária, foi o alvo de novo estudo conduzido pelo Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Em artigo publicado na revista Scientifc Reports, os autores relatam que o estímulo da resposta imune com uma combinação de imunógenos referenciados como promotores de resposta imune do tipo 2 aumentou a memória de reconhecimento de longa duração de camundongos adultos jovens saudáveis e reverteu o comprometimento neurocognitivo causado pela infecção experimental com o parasito causador da malária murina Plasmodium berghei ANKA.
“Considerando que os sistemas imune e nervoso são cognitivos e interagem entre si e que a malária, sobretudo na sua forma cerebral, pode causar comprometimento cognitivo em humanos e no modelo experimental, nós trabalhamos com a possibilidade de que as performances cognitivas poderiam ser aprimoradas através de estímulos imunes promotores da cognição”, destaca Luciana Pereira de Sousa, pós-doutoranda que divide a primeira autoria do artigo com a pesquisadora Flávia Lima Ribeiro-Gomes, ambas do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, liderado por Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro.
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