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Revistas científicas de países emergentes aumentam processo de internacionalização

As revistas científicas de países emergentes, como China, Coreia do Sul, Rússia e Brasil, têm intensificado seu processo de internacionalização – que pode ser medido pelo número de artigos publicados em inglês, citação por outros países e pela publicação de artigos de autoria de pesquisadores estrangeiros, entre outros indicadores.

Os periódicos brasileiros, contudo, estão atrás das coleções desses outros países na corrida pela internacionalização, uma vez que ainda publicam menos artigos em inglês e em colaboração com o exterior.

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Viagra pode ajudar a tratar complicação de anemia falciforme

Um dos possíveis efeitos adversos de drogas contra a disfunção erétil é o priapismo – ereção dolorosa e prolongada que pode causar danos irreversíveis ao tecido peniano. Um estudo realizado no âmbito de um Projeto Temático em andamento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que, no caso de pacientes com anemia falciforme, por mais contraditório que possa parecer a princípio, medicamentos como o Viagra (citrato de sidenafila) podem ser uma boa opção para tratar o problema.

“O priapismo é uma complicação comum entre homens com anemia falciforme, mas o mecanismo que leva ao problema ainda não está bem esclarecido. Já se sabe que esses pacientes apresentam no sangue uma quantidade menor de óxido nítrico, que é um agente vasodilatador e o principal mediador da ereção peniana. O esperado, portanto, seria uma maior dificuldade de ereção”, explicou Carla Penteado, coautora de um artigo sobre o tema publicado no The Journal of Sexual Medicine.

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Vigilância Sanitária na América Latina é tema de debate

Modelos de desenvolvimento e desigualdade na América Latina, com ênfase na proteção social, foi o tema apresentado pela coordenadora da Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Ana Sojo, durante a conferência realizada no segundo dia (28/10) de atividades do VI Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária/II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária. A atividade teve coordenação do presidente do Simbravisa, Geraldo Lucchese, que ressaltou a importância da inserção da vigilância sanitária não apenas em serviços de saúde, mas também no âmbito do contexto social em que vivemos.

“A América Latina adotou modelos de desenvolvimento que tiveram mais ou menos êxito em promover o desenvolvimento em seus países. A vigilância sanitária atua em serviços de saúde e entre produtos e serviços que estão inseridos em um contexto econômico social. Desta forma, é preciso saber planejar e orientar nossas ações de vigilância para obter êxito”, explicou Lucchese, ressaltando ainda a função do Cepal, que visa prioritariamente promover o desenvolvimento nos países que compõem a América Latina e Caribe.

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Regulação deve ser instrumento de desenvolvimento

A mesa-redonda Regulação Sanitária: dilemas para inclusão e a proteção da saúde, realizada no dia 28/10, no VI Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária/II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária, contou com a participação da pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos Saúde da ENSP, Suely Rozenfeld, e do diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano. Coordenado pelo presidente da Abrasco, Luis Eugenio Portela, o debate levantou questões como os impactos econômicos da regulação e seu planejamento, além dos interesses envolvidos no processo de regulação.

Segundo Dirceu, atualmente, temos um cenário em ritmo acelerado de modificações, as questões da inovação batem à porta das vigilâncias sanitárias, o que modifica também o processo regulatório e a capacidade de regulação. “É preciso entender que a regulação tem de ser vista pela lógica da saúde e também pela lógica dos impactos econômicos”, explicou. Dirceu apontou ainda que a tríade mercado – sociedade – regulação está diretamente relacionada, e o papel das vigilâncias é saber atuar de maneira eficaz.

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Doutorado marca sucesso de cooperação da Fiocruz com a Universidade de Coimbra

A Fiocruz deu início a uma de suas grandes conquistas no campo de cooperação internacional: o doutorado internacional em direitos humanos, saúde global e políticas da vida. O curso foi iniciado com uma aula sobre democracia, o Estado e as serialidades sociais e as políticas para além do neoliberalismo clássico, proferida pelo professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), José Maurício Domingues e promovida pela Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Resultado de um esforço conjunto entre diversas unidades da Fundação, a iniciativa é fruto do convênio entre a Fundação e o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

A proposta de elaboração do doutorado foi motivada pela visita do professor e diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, à Fiocruz, em 2011. Desde então, foi dado início a um intenso trabalho institucional, que culminou com o início dessa primeira turma, que terá a participação de seis programas de pós-graduação da Fundação envolvendo seis de suas unidades: a Casa de Oswaldo Cruz (COC), a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), a Fiocruz Minas, a Fiocruz Pernambuco, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). A iniciativa tem como objetivo formar profissionais capazes de elaborar propostas em resposta aos principais desafios contemporâneos colocados no campo da saúde pública, os quais abrangem aspectos epistemológicos e políticos, como a relação entre os saberes biomédicos e outros relacionados à saúde, à doença, ao corpo, às práticas de cura ou às condições sociais, econômicas, culturais e ambientais. Busca ainda problematizar os temas da justiça social, cognitiva e ambiental e suas implicações para as condições de saúde e bem-estar das populações. Foram selecionados para participar do projeto três alunos brasileiros e cinco  portugueses, que, ao final do curso, ganharão dupla titulação.

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Empresa desenvolve esterilizador à base de ozônio

A BrasilOzônio – empresa graduada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), em São Paulo – desenvolveu uma autoclave para esterilização de materiais de uso médico-hospitalar à base de ozônio, considerado o mais potente germicida e o segundo maior oxidante existente na Terra.

Resultado de um projeto realizado pela empresa com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, o equipamento promete ser mais seguro, eficiente e econômico do que os sistemas utilizados hoje para essa finalidade.

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China busca maior parceria em pesquisa com Brasil

O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, visitou a FAPESP na sexta-feira (06/09), acompanhado da conselheira política da embaixada em Brasília, Tian Min, e do adido civil da representação chinesa no Brasil, Deng Huan.

A crescente e estratégica aproximação entre os dois países nas áreas de ciência e tecnologia esteve na pauta de discussões.

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Número de vítimas jovens negras aumenta 24%

Na tarde do terceiro dia (5/9) da Semana Sergio Arouca, que comemora os 59 anos da ENSP, foi realizada a roda de conversas Violência e racismo, promovida pela Articulação do Fórum da ENSP com os Movimentos Sociais. Carla Moura Lima, doutoranda da Fiocruz, abriu a conversa com dados sobre a violência contra a população de jovens negros, divulgados pelo livro Mapa da violência 2013 – Homicídios e juventude no Brasil, de Julio Jacobo Waiselfisz. De acordo com a publicação, as vítimas negras entre jovens cresceram de 11.321 (2002) para 13.405 (2011), isto é, um aumento de 24,1%. A atividade contou com a participação do historiador Fransérgio Goulart de Oliveira Silva, que trabalha há mais de dez anos em projetos voltados para jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro, além de pesquisadores da ENSP e representantes de movimentos e entidades civis organizadaO Mapa da violência esclarece que o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde iniciou a divulgação de seus dados em 1979, mas só em 1996 começou a oferecer informações referentes à raça/cor das vítimas, apesar dos elevados níveis de subnotificação. Até 2002, conforme informa a publicação, a cobertura dos dados de raça/cor foi deficitária. Por isso, a análise das informações ocorre a partir desse ano, quando a cobertura alcançou um patamar considerado razoável: acima de 90% dos registros de homicídio com identificação da raça/cor da vítima.

Segundo tais dados, de 2001 a 2011, morreram, vítimas de assassinatos, 203.225 jovens. Nos anos extremos, os números são muito semelhantes: pouco mais de 18 mil assassinatos. A população jovem está entre os 15 e 24 anos de idade. Nos estados e regiões que apresentam fortes quedas, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, os números diminuem 76,2% e 44,0%, respectivamente. No Rio Grande do Norte, por exemplo, mais que quadruplica o número de vítimas juvenis. No período analisado, as estatísticas chegam a duplicar no Pará, Bahia e Maranhão.

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Pesquisa propõe certificação de sites de saúde

A ENSP vem estudando, há cerca de cinco anos, as transformações que o acesso à internet pode causar na relação médico-paciente. O responsável pela empreitada é o coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Laiss), do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), André Pereira. Como mais um fruto desse trabalho, na próxima quinta-feira (12/9), serão apresentados na Escola os resultados da avaliação sobre a qualidade das informações disponíveis em 18 sites sobre dengue. Informações sobre outras doenças disponíveis na web, entre elas a tuberculose, serão foco de futuras avaliações. O encontro também proporá a elaboração do Selo Fiocruz, para atestar a qualidade de informação em sites de saúde. Aberta aos interessados, a atividade iniciará às 14 horas, no salão internacional da Escola, com transmissão, em tempo real, pelo Portal ENSP.

A análise contou com a participação de 20 moradores das comunidades de Manguinhos e de 10 médicos de diferentes unidades da Fiocruz. Para tanto, foram criados 5 critérios com mais de 50 indicadores. Segundo André, a preocupação nasceu da dúvida. “Quem escreveu aquilo? Quem disse que aquela informação é de qualidade? Quem disse que a informação postada é atual e cientificamente correta?”, indagou ele.

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Pesquisadores criam biossensor para detectar pesticida

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com colegas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), criaram um sensor biológico (biossensor) que detecta em minutos, na água, no solo e em alimentos, a presença de um pesticida altamente tóxico que está sendo banido no Brasil, mas que ainda é usado em diversas lavouras no país: o metamidofós.

Desenvolvido no âmbito do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO) – um dos INCTs apoiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo –, o sensor pode ser adaptado para detecção de outros tipos de pesticidas, afirmam os pesquisadores. O princípio básico do dispositivo também deu origem a um possível novo teste rápido para detecção de infecção pelo vírus da dengue.

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