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Região de Manaus torna-se ‘laboratório modelo’ para pesquisadores

 

Para entender como o processo de urbanização das regiões tropicais do planeta afetará os ecossistemas locais e o clima global, cerca de 100 pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos que integram o projeto Green Ocean Amazon (GOAmazontransformaram a região de Manaus, no Amazonas, em um laboratório modelo.

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Projeto avalia farmácia hospitalar do RJ

Farmacêuticos hospitalares e residentes reuniram-se, em 13/2, na ENSP, para o primeiro encontro aberto sobre a assistência farmacêutica hospitalar no Estado do Rio de Janeiro, local de execução do Projeto Atuar, que visa explorar conhecimentos e habilidades necessários para o adequado desempenho da prática da Assistência Farmacêutica (AF). Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), participante do projeto, em sua exposição sobre a Avaliação da Farmácia Hospitalar em Hospitais Estaduais do Rio de Janeiro, revelou dados preocupantes. “A avaliação do desempenho mostrou que apenas uma unidade realizava a contento as atividades de gerenciamento e programação. Quatro realizavam inadequadamente a aquisição de medicamentos.”

Segundo Mario Jorge, para a avaliação normativa foram empregados 62 indicadores de estrutura e processo, que permitiram verificar a adequação das atividades da farmácia hospitalar. Esse diagnóstico classificou os hospitais por níveis hierárquicos, calculou os algoritmos segundo o nível de complexidade dos serviços, fez uma pontuação final obtida por cada FH, permitindo hierarquizar os serviços de acordo com o desempenho, e selecionou os casos, o pior e o melhor serviço de cada nível de complexidade, perfazendo um total de seis unidades. Ele explicou que nestas unidades foram aplicados 16 indicadores de resultados. “Os dados foram analisados por síntese de casos cruzados. Os piores resultados de desempenho nos seis hospitais estudados foram relacionados ao componente armazenamento, e os melhores à atividade de distribuição. Os dados são preocupantes, por serem as atividades avaliadas consideradas centrais da farmácia hospitalar.”

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Cooperação da Ensp Fiocruz com Paraguai vira exemplo para as Américas

A experiência de sucesso da cooperação bilateral Brasil – Paraguai ganhou uma publicação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), na série Boas práticas da gestão de termos de cooperação. Essa iniciativa teve origem em 2008, quando a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) passou a apoiar o Paraguai no processo de reordenamento de seu sistema de saúde, por meio de uma assessoria técnica para a implementação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no país. Toda a metodologia utilizada nesse processo foi detalhada na publicação e, segundo o documento, é possível que ela seja aplicada em outras iniciativas de cooperação Sul-Sul, levando-se em consideração os sistemas de saúde e a história de cada sociedade. O documento está disponível para acesso.

O programa de saúde da família, comprovadamente, permitiu ao Brasil melhorar seus impactos de saúde e, consequentemente a isso, aumentar a eficácia de outras políticas públicas sociais aqui implementadas. Buscando reestruturar o sistema de saúde do seu país e apoiado nos bons resultados brasileiros, o Paraguai estabeleceu esta cooperação com o governo brasileiro através do Ministério da Saúde e da Fiocruz e Opas.

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Bio-Manguinhos fornece kit de teste para programa ‘Viva melhor sabendo’

Em reunião realizada nos dias 27 e 28 de janeiro, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde apresentou o projeto Viva Melhor Sabendo, que está implementando a testagem rápida por fluido oral para Aids.

Para a execução do projeto, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) já entregou 26.600 testes de reativos para diagnóstico do HIV, que faz a detecção em cerca de 20 minutos. A operação de testagem vem sendo conduzida por representantes de 40 ONGs capacitadas pelo D-DST a realizar o procedimento.

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Pesquisadores patenteiam composto contra bactéria da febre reumática

Depois de cerca de 20 anos estudando a Streptococcus pyogenes, capaz de provocar condições como febre reumática e doença reumática cardíaca, pesquisadores brasileiros obtiveram o deferimento da patente nos Estados Unidos de um composto eficaz contra a bactéria, que poderá se transformar em vacina.

De acordo com a pesquisadora Luiza Guilherme, responsável pela pesquisa “Vacina contra o Streptococcus pyogenes: avaliação da modulação da resposta imune em amostras de sangue periférico de indivíduos saudáveis e em pacientes portadores de febre reumática”, que contou com apoio da FAPESP, o documento oficial da patente norte-americana se encontra em fase final de elaboração.

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Energia para os neurônios

Em um final de tarde de janeiro, o psiquiatra Leandro Valiengo abriu um dos armários do já quase deserto quarto andar do Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP), retirou uma mala preta, colocou-a sobre o colchonete azul de uma maca e apresentou o equipamento que está sendo visto como uma nova forma de tratamento contra depressão e outros distúrbios neuropsiquiátricos: é um aparelho de estimulação transcraniana de corrente contínua (ETCC). “É muito simples”, ele diz.

O aparelho é uma caixa de tamanho aproximado ao de um laptop, com um teclado para se registrar o código de cada paciente em tratamento e alguns botões para regular o fornecimento de energia. De uma das laterais saem dois fios em cujas pontas há dois eletrodos – um positivo e um negativo – que são fixados nas têmporas por meio de uma bandana. Os eletrodos geram uma corrente elétrica de baixa intensidade que atravessa o córtex, a região mais superficial do cérebro, durante 20 a 30 minutos seguidos, e desse modo ajuda a restabelecer o funcionamento normal dos neurônios.

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Mudanças climáticas devem reduzir espécies de anfíbios da Mata Atlântica

O número de espécies e o tamanho das populações de anfíbios existentes da Mata Atlântica devem diminuir sensivelmente em razão das mudanças climáticas previstas para ocorrer no bioma nas próximas décadas.

As estimativas são de um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG), publicado na edição de fevereiro da revista Biodiversity and Conservation.

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Intervenção educativa melhora qualidade de vida de pacientes crônicos

Graças a um modelo de intervenção educativa que alia orientação por meio de material didático, atendimentos presenciais e seguimento por telefone, um grupo de pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), tem conseguido melhorar o estado de saúde de pacientes com condições crônicas.

Os resultados da pesquisa, realizada no âmbito de um Projeto Temático FAPESP coordenado pela professora Lídia Aparecida Rossi, foram apresentados na última terça-feira (12/11), na cidade norte-americana de Raleigh, durante a programação da FAPESP Week North Carolina.

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Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos: primeira turma de especialização conclui curso

A professora e pesquisadora Vera Lucia Marques da Silva tem motivos de sobra para comemorar: a finalização da primeira edição do curso de especialização em Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos (GeSeDihs). A formação é oferecida pelo Grupo Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman da ENSP. Pioneiro no Brasil na área, o curso foi criado em 2012 por Vera, que é doutoranda em Ciências Sociais pela PUC-Rio, em parceria com as pesquisadoras do Rita de Cássia Vasconcellos da Costa e Marise Freitas Alves (Dihs/ENSP).

Seu objetivo foi colaborar com o processo de educação, formação e aperfeiçoamento de líderes de movimentos sociais, políticos e tomadores de decisão na discussão sobre as desigualdades sociais marcadas especificamente pelo viés de gênero e sexualidade, abrangendo, também, recortes de raça e classe social. Os temas apresentados foram divididos em 22 unidades de aprendizagem.

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‘Pedagogia do terror’: testemunho de um ex-preso político da democracia

Ele foi um dos presos políticos da atual democracia brasileira. Participando de uma manifestação organizada pelos professores municipais e estaduais do Rio de Janeiro, que estavam em greve, Paulo Roberto de Abreu Bruno, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz, foi detido junto com dezenas de outras pessoas no dia 15 de outubro. Acusado sem provas e sem direito à informação ou à presença de advogados, foi encaminhado para a delegacia e, na sequência, para dois presídios, incluindo Bangu 9. Segundo ele, circulou pelos “porões da democracia brasileira”. Desde o início de junho, Paulo Bruno vinha filmando as manifestações que tomaram as ruas do Rio de Janeiro como parte do seu trabalho de pesquisa. Levou algum tempo para que conseguisse falar sobre o assunto, mas nesta entrevista ele narra as humilhações e violências sofridas pelos presos políticos, descreve a rotina de violação de direitos do sistema carcerário brasileiro, destaca a solidariedade dos presos comuns e chama a atenção para a fragilidade das lutas políticas diante do terror que o Estado, representado no caso pelo governo estadual, pode provocar. Como, na prisão, não tiveram acesso sequer a papel e caneta, os registros que se seguem ficaram registrados, até então, apenas na memória do entrevistado.

Você está sendo acusado de quais crimes?

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