Author Archives: fatima martins

Prescrição de medicamentos por farmacêuticos é contestada na Justiça

Um embate entre entidades médicas e farmacêuticas teve início com a publicação, no Diário Oficial da União, da Resolução nº 585 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O texto determina que farmacêuticos poderão prescrever remédios vendidos sem receita, a exemplo dos analgésicos e antitérmicos, além de produtos com finalidades terapêuticas. A medida regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e reforça o papel desse profissional no cuidado direto ao paciente, estabelecendo que ele poderá tratar transtornos menores, como uma dor de cabeça ou uma diarreia, com uma espécie de receituário com indicação por escrito com instruções de uso. A revista Radis (edição número 135) traz na reportagem Prescrição farmacêutica na berlinda mais imfornações sobre o debateAcesse a íntegra do texto.

De acordo com a decisão, o farmacêutico (não o balconista de farmácia) também poderá fazer a anamnese farmacêutica e verificar sinais e sintomas do paciente, realizar a consulta em consultório farmacêutico ou em outro ambiente adequado que garanta a privacidade do atendimento e ainda participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde. Pela resolução, fica determinado que essas atribuições são prerrogativas exclusivas do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua jurisdição.

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Artigo avalia farmácias hospitalares no Rio de Janeiro

Farmácias hospitalares são unidades de caráter clínico e assistencial de um hospital. Elas têm capacidade administrativa e gerencial, sendo um dos setores mais importantes do hospital, e também são responsáveis pela provisão segura e racional de medicamentos. Em uma avaliação destes serviços em seis hospitais do Rio de Janeiro, os resultados encontrados foram preocupantes. A afirmativa foi divulgada no artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil, que tem como autoras as pesquisadoras do Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP (NAF), Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro e Maria Auxiliadora Oliveira.
Além de Maria Auxiliadora e Claudia, o artigo teve a colaboração dos pesquisadores Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional de Câncer e Rachel Magarinos-Torres, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O trabalho aponta que entre os principais resultados encontrados, a avaliação do desempenho mostrou que apenas uma unidade realizava a contento as atividades de gerenciamento e programação. Outra questão importante é que das seis analisadas, quatro executavam inadequadamente a aquisição de medicamentos. Os piores resultados de desempenho nos seis hospitais estudados foram relacionados ao componente armazenamento. Já os melhores se referem à atividades de distribuição, afirma o texto.
Este estudo foi dividido em três etapas. Para a realização da avaliação normativa foram empregados 62 indicadores de estrutura e processo, que permitiram verificar a adequação das atividades da farmácia hospitalar, descreve o artigo. De acordo com o texto, em seguida, os serviços foram estratificados por nível de complexidade do hospital. Em cada estrato foi aplicado um algoritmo de pontuação escalonada de acordo com as atividades executadas.
Depois deste processo, os hospitais foram hierarquizados em cada estrato, sendo escolhidos para o estudo de casos múltiplos o pior e o melhor serviço de cada nível de complexidade, perfazendo, assim, um total de seis unidades a serem avaliadas. Em cada uma das unidades integrantes da avaliação foram aplicados 16 indicadores de resultados. Os dados foram analisados por síntese de casos cruzados.
No artigo, os autores defendem que, atualmente, espera-se que o serviço de farmácia contribua diretamente para os resultados da assistência prestada aos pacientes e não atue apenas nas atividades de provisão de produtos e serviços. Para isto, é essencial que a estrutura da farmácia seja adequada e os procedimentos operacionais bem definidos.
Segundo o texto, nas unidades avaliadas havia ausência quase completa de planejamento por objetivos e metas, e também, de manual de normas e procedimentos. Os autores asseguram que o desenvolvimento de práticas de gestão da qualidade depende de uma estrutura organizacional que viabilize as ações do serviço e que demandem procedimentos bem definidos, atividades integradas e busquem de maneira permanente a melhoria de processos e resultados.
Núcleo de Assistência Farmacêutica
Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP foi credenciado, em 1998, como Centro Colaborador da Organização Panamericana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) para políticas farmacêuticas. Isto foi resultado do seu desempenho como centro produtor de conhecimento e informações técnico-científicas essenciais para alimentar os processos de tomada de decisão nas diferentes arenas nacionais e internacionais envolvidas nas etapas de formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas que visam expandir o acesso da população aos medicamentos essenciais.
Além de trabalhar em estreita colaboração com as três esferas de governo, no sentido de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), o NAF desenvolve projetos com países da América Latina e do Caribe e com diversos países africanos, particularmente os de língua portuguesa e espanhola.
O artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil foi publicado na edição de dezembro de 2013 (vol. 18, n. 12) da revista Ciência & Saúde Coletiva está disponível on-line.

Inscrições abertas: unidades da Fiocruz publicam editais para pós e cursos diversos

Programas de ensino de várias unidades técnico-científicas da Fiocruz divulgaram seus editais para seleção de candidatos para as turmas de 2014 e estão com inscrições abertas. As unidades desenvolvem programas de pós-graduação stricto sensulato sensu, e de educação profissional, nas modalidades presencial e a distância.

Para os interessados em história das ciências e da saúde, a Casa de Oswaldo Cruz (COC) recebe inscrições para o curso de especialização em divulgação da ciência, com prazo para o dia 21 do mesmo mês.

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Suicídio deve ser tratado como questão de saúde pública, alertam pesquisadores

Ao ano, quase um milhão de pessoas morrem em decorrência de suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ato está entre as dez causas de morte mais frequentes em muitos países do mundo. No Brasil, são registradas 10 mil mortes por ano, com uma taxa de 4,8 a cada 100 mil habitantes, em 2008. Depois destes dados, podemos pensar o suicídio como uma questão de saúde pública? Especialistas na área de saúde mental defendem que sim. E acreditam que esses números podem diminuir se aumentarem os debates sobre o assunto. É o que faz a Fiocruz, por meio de pesquisas, projetos e capacitações. Profissionais de diversas áreas buscam desmitificar esse tabu e oferecer um melhor acolhimento a quem busca ajuda no Sistema Único de Saúde.

A troca de informações sobre suicídio pode ser muito útil para diminuir esses índices. A OMS estima que 90% dos casos podem ser evitados quando há oferta de ajuda. Em geral, seis meses antes de consumar o ato, pessoas com pensamentos suicidas procuram ajuda com profissionais, em especial em clínicas médicas. Esta constatação, feita pelo Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio (PesqueSui/Icict/Fiocruz), questiona o atendimento primário à saúde. “Quem já tentou o suicídio tem um risco ainda maior. Toda tentativa precisa ser olhada com atenção”, diz a psicóloga Clarice Moreira Portugal, pesquisadora no grupo.

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FAPESP e NSF lançam nova chamada para apoiar pesquisas em biodiversidade

A FAPESP e a National Science Foundation (NSF), dos Estados Unidos, lançam nova chamada de propostas de pesquisa e convidam pesquisadores a submeter projetos de cooperação científica por meio de seus programas BIOTA e Dimensions of Biodiversity.

Serão selecionados até dois projetos colaborativos de cientistas dos Estados Unidos e do Estado de São Paulo. Cada um poderá receber financiamento de até US$ 2 milhões de parte da FAPESP (para pesquisadores em São Paulo) e de até US$ 2 milhões da NSF (para pesquisadores dos Estados Unidos).

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Pesquisa pode ajudar a prevenir lesão em atletas de alto rendimento

A dor – seja ela causada por treinamento intensivo, lesão, afastamento da família ou eliminação de uma prova importante – é algo com que atletas de alto rendimento têm de lidar no dia a dia da carreira.

Uma pesquisa feita na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP) mostrou que o perfil de personalidade do esportista influencia não apenas sua percepção da dor como também a forma com que ele a enfrenta – e isso pode ser tão importante quanto a habilidade física na trajetória para o sucesso.

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Centro de Estudos da Ensp debate importância da produção científica

Cada vez mais, as instituições acadêmicas compreendem a importância de sua produção científica, porque é por meio dessa produção que o conhecimento é difundido, democratizado e levado até a sociedade. Segundo informações da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Brasil é responsável por 2,7% da produção científica mundial, mas ainda ocupa a 58ª colocação entre os países mais inovadores do mundo. É com essa temática que a ENSP promove o próximo Centro de Estudos, no dia 6 de novembro, com o título Produção científica, produtividade e construção do conhecimento. Participam dos debates a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da EPSJV/Fiocruz, Marcela Pronko, e a professora do Nesc/UFRJ Regina H. Simões Barbosa. O Ceensp está marcado para  as 14 horas, no salão internacional da Escola, e será transmitido pelo Portal ENSP.

Esse Centro de Estudos terá coordenação da vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ENSP/Fiocruz, Sheila Mendonça.

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Relatório da Anvisa indica resíduo de agrotóxico acima do permitido

Relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que boa parte de frutas, legumes e verduras consumidos pelos brasileiros apresenta altas taxas de resíduos de agrotóxico. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) mostra que 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras de 2012 apresentaram irregularidades.

Na avaliação da médica epidemiologista Neice Muller Xavier Faria, no último PARA nem todos os produtos agrotóxicos eram avaliados no exame de multimistura (cuja lista de ingredientes ativos variava um pouco conforme o laboratório). “Por exemplo, não sei se o Glifosato, que é o campeão de vendas, foi avaliado, mas se for confirmada esta notícia, os índices de inconformidades (acima dos limites máximos de resíduos ou uso de proibidos não permitidos) ficou em 36%. No último PARA este número era de 28%, ou seja, o que já era ruim ficou pior” lamenta Neice.
A notícia publicada no site da Anvisa mostra os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) e diz que ainda é preciso investir na formação dos produtores rurais e no acompanhamento do uso de agrotóxicos. O programa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia continuamente os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor.

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Coletânea atualiza conhecimentos em saúde do trabalhador

Lançado em 2011 pela Editora Fiocruz, o livro Saúde do trabalhador na sociedade brasileira contemporânea apresenta o estado da arte nessa área ao debater questões como a incorporação tecnológica e a globalização dos mercados, assim como a persistência de formas arcaicas de produção, a precarização do trabalho e a exclusão social. Obra de referência, a coletânea teve grande repercussão entre estudiosos do assunto. Uma prova desse sucesso é que rapidamente seus exemplares esgotaram no estoque da Editora Fiocruz. Devido à grande procura, o livro acaba de ser reimpresso. E os interessados têm, ainda, a opção de adquirir o e-book, tanto em PDF quanto em Epub.

“Olhamos a saúde do trabalhador do ponto de vista da saúde pública. O foco, portanto, é a saúde integral do trabalhador”, destaca o sociólogo Carlos Minayo, um dos organizadores do livro, ao lado dos médicos Jorge Mesquita Huet Machado e Paulo Gilvane Lopes Pena. “Procuramos interpretar a origem das situações seja do ponto de vista tecnológico, econômico, social ou político. Dessa forma, não ficamos restritos aos locais de trabalho, seja no setor industrial, agrário ou de serviços. Nossa reflexão inclui os espaços de reprodução da força de trabalho, o que compreende a rua, as condições de vida, o acesso à saúde”, afirma Minayo.

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Mastectomia e reconstrução da mama são temas do ‘Ligado em Saúde’

O Outubro Rosa terminou, mas não a luta e a prevenção contra o câncer de mama. Por isso, nesta segunda-feira (4/11), às 11h, o programa Ligado em Saúde vai falar sobre mastectomia (retirada completa da mama) e a cirurgia de reconstrução da mama. Para conversar sobre o assunto, a apresentadora Marcela Morato recebe o mastologista e membro da Comissão de Cirurgia Reconstrutora da Sociedade Brasileira de Mastologia, André Vallejo.

O programa é gravado, geralmente com uma ou duas semanas de antecedência. Os temas que ainda serão gravados são divulgados nas redes sociais do Canal Saúde e o público pode enviar perguntas antecipadamente para os especialistas. Os espectadores também podem participar do programa sugerindo pautas a qualquer momento. Sugestões e perguntas para a produção devem ser enviadas através do e-mail ligado@canalsaude.fiocruz.br ou do telefone gratuito 0800 701 8122.  Você pode ainda interagir com o programa com comentários na Fan Page do Canal Saúde (facebook/canalsaudeoficial) ou pelo Twitter (@canalsaude).

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