Author Archives: fatima martins

Inscrições abertas para prêmio nacional de acessibilidade na web

Tornar a internet mais acessível não só às pessoas com deficiências, mas também àquelas com algum tipo de limitação (temporária ou não) é o objetivo do W3C, um consórcio internacional criado para garantir padrões e diretrizes com vistas à evolução permanente da web.

Pelo segundo ano, a unidade brasileira do W3C – em parceria com a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, Ministério do Planejamento, Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) – promove o Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web – Todos@web.

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Pós-doutorado no Núcleo de Estudos da Violência com Bolsa da FAPESP

O Núcleo de Estudos da Violência (NEV) , um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP, tem oito vagas para bolsistas de pós-doutorado que queiram realizar pesquisa no âmbito do projeto “Construindo a Democracia no Dia a Dia: Direitos Humanos, Violência e Confiança Institucional”.

O projeto tem por objetivo analisar como a legitimidade de instituições fundamentais para a democracia é construída ou comprometida, explorando os contatos entre os cidadãos e os funcionários públicos de serviços em áreas representativas na cidade de São Paulo.

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Violação dos direitos: divulgado relatório sobre TKCSA

“Os problemas de poluição atmosférica na Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) decorrentes dos diversos episódios de emissões não podem ser explicados por meras falhas pontuais em equipamentos, mas sim por condições e falhas latentes no âmbito da gestão ambiental e de riscos.” Assim afirmou o pesquisador Marcelo Firpo, do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), no relatório Análise da gestão ambiental e de risco frente aos eventos de poluição atmosférica ocorridos na TKCSA. O documento foi divulgado em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ocorrida no dia 27/8. Na ocasião, o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da comissão, comentou que são muitas as violações de direitos humanos sistemáticos no funcionamento da TKCSA.
Elaborado em parceria com o pesquisador Rodrigo Souza, o documento divide-se em quatro grupos de problemas: falhas no processo de licenciamento e suas ferramentas; falhas na filosofia do projeto e no gerenciamento da fase de partida (pré-operação); falhas no acompanhamento pelo órgão ambiental da fase de pré-operação; e falhas na legislação e sua aplicação para a qualidade do ar.
Marcelo Firpo destacou a importância da divulgação imediata do relatório. Em função de uma maior agilidade institucional ante a demanda de movimentos sociais e de instituições defensoras dos direitos das populações atingidas, como a Defensoria Pública, o Ministério Público e a própria Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Por isso, o documento foi levado para discussão pública, com o aval da Direção da ENSP.
Para desenvolver o relatório – parte integrante do documento a ser formulado pelo grupo de trabalho da Fiocruz sobre a TKCSA –, foram feitas pesquisas nos processos de licenciamento ambiental e nas ações de crime ambiental movidas pelo Ministério Público contra a empresa. Firpo e Rodrigo tiveram acesso ao conjunto de documentos envolvidos no licenciamento ambiental e em todas as ações e declarações realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de uma série de outras informações publicadas na mídia e de documentos específicos do próprio Ministério Público.De uma maneira geral, o relatório aponta falhas ou condições latentes relacionadas à organização da empresa e dos órgãos fiscalizadores em termos de deficiências que propiciaram a ocorrência desses eventos. “Elas envolvem problemas no licenciamento ambiental, limitações da legislação ambiental sobre o controle da qualidade do ar e, ainda, falhas grotescas de projetos e decisões tomadas que priorizaram critérios econômicos em detrimento do meio ambiente e da saúde das comunidades”, disse ele.Conforme apontou Firpo, o termo de ajustamento de conduta (TAC) feito com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) não vem sendo respeitado, de acordo com denúncias de moradores e entidades à Alerj. Segundo eles, a chuva de prata continua caindo. Além disso, o próprio TAC foi questionado em sua legitimidade pelo Ministério Público. “O governo do Estado, por meio de um posicionamento do governador Sérgio Cabral, tomou uma decisão política de liberar o segundo alto-forno da siderúrgica. Tal decisão passou por cima das deliberações técnicas do próprio órgão ambiental, mesmo existindo denúncias da população de que a siderúrgica continua poluindo.”

O momento é delicado, lembrou Firpo, pois a TKCSA não possui licença definitiva de operação, deixou um grande passivo, está tentando vender a empresa e precisa responder a duas ações por crime ambiental e centenas de ações civis que poderão envolver indenizações. As comunidades e movimentos sociais, por meio da campanha Pare TKCSA, propõem o impedimento da concessão da licença de operação e a construção, na região, de uma universidade pública, com o objetivo de enfrentar o desafio da recuperação ambiental da Baía de Sepetiba e criar alternativas para uma economia mais justa e sustentável.
O relatório, finalizou Marcelo Firpo, espera contribuir para que as instituições públicas reconheçam suas limitações e necessidades. Desse modo, é possível que mudanças de política e decisões ocorram, impedindo que fatos lamentáveis como esse voltem a ocorrer no futuro. Segundo ele, tal desafio não é fácil, já que o modelo hegemônico de desenvolvimento privilegia resultados econômicos e empregos de curto prazo, passando frequentemente por cima de critérios ambientais e de saúde. Porém, a capacidade de organização de pessoas e movimentos que lutam por dignidade tem sido fundamental para que os conflitos ambientais sirvam de lição para a sociedade.

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Arouca e 25 anos do SUS marcam aniversário da ENSP

O ano de 2013 é especial para a saúde pública brasileira. Apesar de marcar os 10 anos da morte do sanitarista Sergio Arouca, é neste ano que o Sistema Único de Saúde completa 25 anos de criação, por meio da promulgação da Constituição Brasileira de 1988. Para lembrar as datas, a Escola Nacional de Saúde Pública promove a Semana Sergio Arouca, comemorando seus 59 anos de existência, com o tema ENSP: pensamento crítico em saúde – A Reforma Sanitária em questão. Durante o evento, que ocorrerá de 3 a 6/9, mesas-redondas discutirão o contexto da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a crise atual do SUS e o papel dos movimentos sociais nas políticas de saúde, entre outros assuntos.

O evento também terá rodas de conversas com alunos, que debaterão questões como violência e racismo e as últimas medidas do governo diante da crise na saúde. Uma exposição fotográfica com registros de importantes momentos da luta pela saúde daquele período histórico é outra atividade da semana. No último dia, será realizada a tradicional formatura dos alunos do mestrado e doutorado da Escola.

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Disponível nova edição da ‘Ciência & Saúde Coletiva’

A edição de agosto de 2013 (vol. 18 n.8) da revista Ciência & Saúde Coletiva, da qual a pesquisadora da ENSP/Fiocruz Maria Cecília Minayo participa como editora-chefe, já está disponível on-line. Esse número se dedica especialmente às questões sociológicas, antropológicas e intrapsíquicas relacionadas ao adoecimento do corpo e da mente, tendo como conceito central o de representações sociais. O volume em questão mostra a forte e crescente presença das ciências sociais e humanas nas análises das situações, do sistema e da gestão da saúde coletiva. “Numa sociedade em que os fenômenos biológicos funcionam como suportes fundamentais de sentido de nossas relações com o social, o estudo das representações sociais na área da saúde permanece particularmente relevante.”, opina a cientista social Maria Andréa Loyola (Uerj), no editorial.

Segundo Loyola, as representações sociais transcendem o domínio da saúde, tendo enorme importância nas atitudes, comportamentos e escolhas dos indivíduos modernos, em diferentes contextos: religioso, escolar, alimentar, corporal, relacional, moral, simbólicos em geral. Para a cientista, entre as dificuldades de definir e limitar o conceito de representação social está o fato de ele se situar na fronteira entre o psicológico e o social, o indivíduo e a sociedade, bem como exigir continuamente a explicitação da relação entre esses dois níveis.

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Estudo sugere sistema de acreditação para sites de saúde

Pesquisas nacionais e internacionais mostram que, cada vez mais, pessoas acessam a rede para obter alguma informação sobre a condição de saúde de si mesmas, parentes e amigos e, até mesmo, ter diagnósticos. Baseada nesse advento da tecnologia, foi desenvolvida, na ENSP, a pesquisa Uma proposta de critérios de avaliação da qualidade para sites de saúde. A autora do trabalho, realizado no âmbito do mestrado profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Informação em Saúde, é Ana Paula Bernardo Mendonça, desenvolvedora web e tecnologista da Coordenação de Comunicação Institucional da Escola. Entre as principais propostas da pesquisa está a criação de um sistema de acreditação que forneça um selo de qualidade para sites de saúde brasileiros que alcancem tais critérios.
Em sua dissertação, orientada por André Pereira Neto, pesquisador da ENSP e coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Liss), que integra o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), Ana Paula defende que, ao longo dos últimos anos, o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação e o crescente processo de difusão da internet vêm proporcionando aumento excessivo de produção de informação. Segundo ela, tais informações podem ser obtidas em sites sobre saúde e nas diversas comunidades virtuais e grupos de apoio existentes na grande rede mundial, pois, nesses ambientes interativos, os usuários compartilham suas aflições e experiências.
Esse fato, explicou Ana Paula, pode ser interpretado como uma virtude. “Isto é, a internet facilita o contato e o fornecimento de apoio aos pacientes, parentes ou amigos com informações e experiências sobre saúde. Por outro lado, o usuário pode obter informações inconsistentes, divergentes e sem comprovação científica sobre o tratamento de uma determinada doença”, comentou. Além disso, ela alertou: “Sites com objetivos unicamente comerciais podem fazer propaganda desonesta de produtos e uso indevido de dados pessoais dos usuários. Isso representa grande risco, em especial a usuários leigos, que desconhecem as regras relativas à identificação de informações confiáveis.”
Ana Paula partiu do princípio de que a informação em saúde de qualidade é um direito de todos. Nesse caso, a adoção das recomendações do governo em acessibilidade e usabilidade de sites de saúde pretende viabilizar sites mais fáceis de usar e acessíveis para portadores de limitações físicas.
Em sua pesquisa, a desenvolvedora da CCI percebeu uma necessidade real de se avaliar a qualidade da informação em saúde na internet. “Tal fato já é consenso entre profissionais de saúde e de diversas áreas afins, assim como no âmbito das instituições governamentais, não governamentais, associações de classe e, principalmente, no exterior. Para tanto, o modelo proposto neste trabalho visa orientar profissionais de saúde na avaliação da qualidade de sites de saúde e, ainda, de provedores de informação no desenvolvimento de sites.”
No exterior, disse Ana Paula, diversas organizações certificam sites de saúde. No entanto, no Brasil ainda não há notícia de organização pública ou privada que exerça essa atividade. “Portanto, a ideia deste trabalho é incentivar a efetiva participação dos profissionais da ENSP, como instituição do Ministério da Saúde, na prestação de serviços de mais qualidade para a sociedade. Entre as principais ações, está a criação de um sistema de acreditação que forneça um selo de qualidade para sites de saúde brasileiros que cumprirem tais critérios.” Ainda assim, de acordo com ela, é preciso desenvolver mecanismos de filtragem e avaliação da qualidade da informação em saúde baseados no modelo da web semântica ou terceira geração da web (web 3.0).
Para tanto, a autora da dissertação pretende promover programas de orientação voltados para os usuários, cujo objetivo será debater a importância da verificação de aspectos mínimos que conferem credibilidade a um site. Entre os desdobramentos também está a elaboração de um formulário eletrônico simples, para que os próprios usuários possam avaliar os sites visitados, e a criação de uma base de dados ou catálogo na internet que contenha as referências dos sites brasileiros certificados. Por fim, está a criação do selo de qualidade Fiocruz, “assegurando maior confiabilidade para os sites certificados e auxiliando o usuário leigo, que não sabe distinguir informações críveis das incríveis encontradas na internet”, ressaltou.

Universidades em São Paulo se destacam em ranking de produção acadêmica

Três instituições paulistas – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) – lideram o ranking das universidades brasileiras que mais publicaram artigos científicos entre os anos de 2007 e 2011, de acordo com a edição mais recente doSIR World Report, divulgado em julho pela Scimago Lab. Quando se considera o impacto obtido pela produção científica de cada instituição, a brasileira que mais se destaca é a Universidade Federal do ABC (UFABC).

O SIR World Report 2013 avaliou cinco anos de produção científica das instituições de ensino superior de todo o mundo que publicaram, em 2011, pelo menos cem trabalhos científicos indexados na base de dados Scopus. Produzida pela editora holandesa Elsevier, a Scopus é considerada uma das maiores bases de dados científicos do mundo, englobando mais de 20 mil periódicos especializados.

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Fiocruz lança concurso para a criação de animações e documentários

A Fiocruz lançou nesta quarta-feira (14/8) um edital para a criação de animações e documentários. O Concurso de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Inéditas vai oferecer mais de R$ 650 mil em prêmio para equipes produzirem filmes dedicados às temáticas de interesse da saúde pública.

Serão selecionados dois vídeos de animação, que tenham de 17 a 22 minutos, para receber R$ 114.975 cada. Dois documentários, de 22 a 26 minutos, vão ganhar R$ 123.388. E um vídeo do mesmo gênero, mas com duração estendida (de 50 a 52 minutos), terá R$ 173.874. Os vencedores também passarão a integrar o acervo videográfico da Fiocruz.

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Seca no Nordeste: falta de ações preocupa pesquisadores

Mais de cem participantes, representando todos os estados do país, estiveram presentes na divulgação dos resultados do projeto Fortalecimento das Capacidades de Prontidão e Respostas aos Desastres, fruto da parceria entre a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e a Fiocruz. Coordenado pelo pesquisador da ENSP Carlos Machado de Freitas e equipe composta de Mauren Carvalho e Eduardo Arraes, do Centro de Estudos e Pesquisas de Emergências e Desastres em Saúde, e Marina Favrim, mestre em Saúde Pública pela ENSP, o estudo realizou um levantamento da capacidade de preparação e resposta do setor saúde para os desastres naturais e tecnológicos. “Apesar das iniciativas já desenvolvidas, o setor saúde ainda necessita de grandes investimentos para melhor se preparar para os desastres”, admitiu o coordenador do estudo.

Os resultados foram apresentados nos dias 16 e 17 de julho em Brasília. A pesquisa envolveu todas as secretariais estaduais e municipais (capitais) de saúde e defesa civil, sendo apresentados os resultados para o país e elaborados relatórios para cada um dos estados e regiões brasileiras. Para Carlos Machado, a invisibilidade da seca como um desastre natural nos estados do Nordeste surpreendeu.

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Mapa de mudanças climáticas repercute na imprensa

Na edição do dia 8/8 do jornal Correio Braziliense, o Mapa de vulnerabilidade da população dos municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas, divulgado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e a ENSP, ganhou destaque. O estudo, feito pela primeira vez, em 2011, em parceria com a Fiocruz Minas, revelou que a capital fluminense é a cidade mais vulnerável aos impactos das mudanças do clima previstas para os próximos 30 anos no estado. Outros veículos de comunicação também divulgaram a pesquisa.
O estudo utilizou dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), que congrega o Índice de Cenários Climáticos (ICC/RJ) e de Vulnerabilidade Geral (IVG), formados por componentes de saúde, ambientais e sociais. Em escala que varia de 0 a 1, os municípios com números mais próximos de 0 têm menor vulnerabilidade, e os mais próximos de 1 são os mais vulneráveis.
Em entrevista ao jornal, a coordenadora-geral do projeto e pesquisadora em clima do IOC, Martha Barata, disse que o aumento do efeito estufa, do nível do mar, de chuvas mais intensas, com inundações e alagamentos, do número de casos de doenças e, consequentemente, do número de mortes deve afetar com mais intensidade o Rio de Janeiro que os demais municípios fluminenses.
Leia a matéria na íntegra.
Pesquisa da Fiocruz mostra vulnerabilidade climática nos municípios do RJ
8 de agosto de 2013
Beto Magalhães/EM/D.A Press
A capital fluminense é a cidade mais vulnerável aos impactos das mudanças do clima previstas para os próximos 30 anos no estado. A constatação está no Mapa de vulnerabilidade da população dos municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas, divulgado pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo foi feito pela primeira vez em 2011, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) e a Fiocruz Minas. Foram usados no estudo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), que congrega o Índice de Cenários Climáticos (ICC/RJ) e de Vulnerabilidade Geral (IVG), formados por componentes de saúde, ambientais e sociais. Em escala que varia de 0 a 1, os municípios com números mais próximos de 0 têm menor vulnerabilidade, e os mais próximos de 1 são os mais vulneráveis.
A coordenadora-geral do projeto e pesquisadora em clima da Fiocruz, Martha Barata, explicou que o panorama apresentado neste ano é similar ao encontrado em 2011, mas que alguns municípios melhoraram a situação, como Campo dos Goytacazes. “Campos era o mais vulnerável no índice geral e, agora, encontra-se menos vulnerável devido à melhora na taxa de saúde, que passou de 1 para 0,68, em comparação com os demais municípios. Búzios era o menos vulnerável, mas teve piora no índice – 0 para 0,16, em relação aos demais municípios, com incidência de algumas doenças. O Rio está na escala 1, por ter grande vulnerabilidade da população à mudança do clima nos quesitos saúde e meio ambiente”, comentou Martha. “No quesito social, a cidade está bem [0,18], na comparação com os demais municípios.” São Francisco de Itabapoana aparece com o pior índice de vulnerabilidade social (1), e Niterói, com o melhor (0). O índice geral, no entanto, é elevado em função da maior vulnerabilidade da saúde e do ambiente (0,70).
Segundo a pesquisadora, o aumento do efeito estufa, do nível do mar, de chuvas mais intensas, com inundações e alagamentos, do número de casos de doenças e, consequentemente, do número de mortes deve afetar com mais intensidade o Rio de Janeiro que os demais municípios do estado, sobretudo devido à vasta biodiversidade, à proximidade da costa, às habitações em encostas e à falta de saneamento básico em boa parte das habitações. Martha explicou que a vulnerabilidade não é necessariamente negativa, apenas indica atenção e exige políticas públicas para prevenir danos e doenças e adaptar a cidade às mudanças do clima. “A primeira ação deve ser a ordenação do solo, não deixar as pessoas ocuparem as encostas, depois garantir o saneamento, que evita diversas doenças. É importante também a drenagem quando houver chuva, e um sistema de alerta precoce, como tem sido feito em alguns locais”, acrescentou.
“Na questão da vegetação, é preciso garantir a proteção da nossa riqueza de biodiversidade nos parques, florestas, manguezais, entorno dos rios, mas é fundamental que haja uma gestão integrada entre os setores de saúde, social e ambiental.” Os municípios de Magé e Campos dos Goytacazes aparecem logo atrás do Rio, com vulnerabilidade acima de 0,50, que é a média estadual para os três indicadores que compõem o IVG. Magé é vulnerável nos três indicadores, embora menos que o Rio nos quesitos saúde e meio ambiente. A pesquisadora destacou Angra, Paraty, Petrópolis e Teresópolis como cidades de elevada vulnerabilidade ambiental. “Por conta da biodiversidade e da vegetação rica que devem ser mantidas e da ocupação desordenada do solo”, explicou.
O município de Nilópolis aparece no mapa como o menos vulnerável, com escala zero no índice geral, seguido de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, e Volta Redonda, no sul fluminense, que também apresentaram baixa vulnerabilidade para três indicadores. Apesar de alguns problemas de saúde, se o clima mudar, o impacto será pequeno nessas regiões por terem uma biodiversidade e vegetação menos abundantes que outras regiões do estado. A coordenadora da pesquisa destacou o papel da educação para que as pessoas cuidem melhor do meio ambiente e evitem doenças simples como a dengue.
Outros veículos em que a matéria foi divulgada:
Clica Brasília | Brasil | DF
Terra – Notícias | Notícias | BR
Diário de Pernambuco – Online | Brasil | PE
Panorama Brasil | Cidade | BR
Jornal de Brasília Online | DF
JB Online | Ciência & Tecnologia | BR
Agência Brasil | Meio Ambiente | BR
Blog do Ancelmo Gois – Globo Online | Ancelmo Gois | BR
Extra Online | RJ