Author Archives: mariadefatima

Boletim reforça relevância de passaporte de vacinas na retomada de atividades

Divulgado nesta sexta-feira (15/10), o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz defende que o sucesso no controle da pandemia no atual estágio em que o Brasil se encontra requer – além de elevada cobertura vacinal -, a associação de outras medidas como passaporte de vacinas e uso de máscara. Para ilustrar, traz exemplos das estratégias adotadas pela Singapura e Inglaterra, que viram os casos de Covid-19 voltarem a crescer em seus países.

Na visão dos pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo Boletim, com menos de 50% da população com esquema vacinal completo, é fundamental que o Brasil adote o passaporte vacinal como uma política pública de estímulo à vacinação e proteção coletiva, além de reforçar para a população a importância da manutenção de outras medidas, como o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico e social. Eles ressaltam que a combinação deste conjunto de medidas é fundamental para garantir um processo cauteloso de retomada das atividades, a exemplo do que vem sendo realizado em Singapura, país considerado exemplar no enfrentamento da pandemia.

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Cesariana sem indicação pode aumentar risco de óbito na infância

Um estudo liderado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde  (Cidacs/Fiocruz Bahia) sugere que partos cesáreos podem estar associados ao maior risco de mortalidade na infância, com exceção dos casos que uma indicação médica seja clara sobre o procedimento cirúrgico conhecido popularmente como “cesariana”.

Utilizando dados coletados e cedidos pelo Ministério da Saúde sobre mais de 17 milhões de nascimentos ocorridos no Brasil entre 2012 e 2018, os pesquisadores do Brasil e do Reino Unido observaram que, no grupo com baixa indicação de cesariana, este procedimento foi associado a um risco aumentado em 25% na mortalidade na infância – até cinco anos – na comparação com as crianças que nasceram de parto vaginal.

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Covid-19: Fiocruz participará de estudo de Fase 3 do Molnupiravir

A Fiocruz fará parte, a partir da próxima semana, de um estudo multicêntrico internacional, de Fase 3, com o medicamento Molnupiravir, fabricado pela farmacêutica MSD. O objetivo é verificar sua eficiência para evitar a propagação e transmissão da Covid-19 entre pessoas expostas ao vírus Sars-CoV-2. O estudo ocorrerá de forma simultânea em sete centros no Brasil, sendo dois sob responsabilidade da Fiocruz: Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A coordenação é dos pesquisadores Julio Croda e Margareth Dalcolmo.

O medicamento atua impedindo a replicação do vírus e tem potencial de ação em diversos vírus RNA, incluindo o Sars-CoV-2 (foto: MSD)

 Para avaliar o uso de Molnupiravir como profilaxia pós-exposição (PEP), serão avaliados indivíduos que foram expostos ao vírus, ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para Covid-19 nas últimas 72 horas e apresenta pelo menos um sintoma associado à doença, além de outros critérios específicos exigidos no protocolo de pesquisa.

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Presidente da Fiocruz debate pandemia, desigualdades sociais e saúde global em conferência

Na próxima sexta-feira (8/10), a convite da Universidade de Princeton, a socióloga e presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, dará uma conferência na série semestral de colóquios do Programa em Saúde Global da instituição. O evento será das 13 às 14h30, horário de Brasília, está aberto ao público e pode ser acessado por meio de inscrição.

Intitulada Pandemia e Desigualdades Sociais: Desafios para a Saúde Global, a apresentação de Nísia Trindade Lima abordará, entre outros temas, a maneira como a pandemia de Covid-19 aprofundou as desigualdades, evidenciando-as ainda mais. A proposta é explicar como a pandemia funcionaria então como um acelerador de tendências, sendo o aumento das desigualdades uma das mais imediatas. Ela poderia também ensejar, contudo, dinâmicas de transformação do atual modelo civilizatório em crise, a partir de suas implicações na Saúde Global e a depender das respostas que lhe serão dadas. Após a apresentação, a conversa será aberta para interação com o público.

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Boletim aponta 11% de atraso na segunda dose da vacina da Covid-19 no Brasil

Nesta terça-feira (28/9), foi lançado o primeiro Boletim VigiVac da Fiocruz, projeto que visa acompanhar a efetividade das vacinas contra a Covid-19 utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil. A análise apontou uma taxa nacional de atraso na vacinação da segunda dose de 11%, até o dia 15 de setembro.

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Monitora Covid-19: cerca de 20% dos brasileiros tomaram vacina fora de suas cidades

Cerca de 20% dos brasileiros já vacinados receberam a vacina contra a Covid-19 fora de seu município de residência. Um novo estudo da Fiocruz mostra que esse fluxo expressivo de pessoas que se deslocaram para se vacinar fora de seu município pode criar problemas para o plano de vacinação contra a Covid-19 em capitais e outras metrópoles que funcionam como polos regionais de saúde, principalmente quando não há estratégias compartilhadas entre as próprias prefeituras (e também com os estados), para implementar o Plano Nacional de Imunização contra o coronavírus.

A conclusão está na nota técnica Deslocamento da população em busca da vacina – 2, estudo realizado pelo projeto Monitora Covid-19, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). A pesquisa atualiza dados de outra nota técnica sobre o mesmo tema, lançada em julho. Desta vez, foram usados registros até 20 de setembro de 2021 do site OpenDataSUS e do Sistema de Informações do PNI (SI-PNI), que reúne os dados de vacinação de outros sistemas, como o e-SUS AB, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e sistemas próprios de registros criados pelas secretarias de saúde.

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Nota de posicionamento pela imediata implementação da avaliação biopsicossocial da deficiência, pelo instrumento IFBrM

Considerando:

  1. a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPCD) e seu Protocolo Facultativo;
  2. o Decreto Legislativo Nº 186, de 9 de julho de 2008 e o Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, que ratificam a CDPCD no território brasileiro;
  3. a Lei 13.146, de 06 de Julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão – LBI), que preconiza que a avaliação da deficiência seja realizada sob a perspectiva biopsicossocial, multiprofissional e interdisciplinar;
  4. a Carta Acordo, firmada no dia 07 de janeiro de 2017, entre a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (SNDPSD) e a Organização dos Estados Ibero Americanos (OEI);
  5. a Nota sobre as ameaças ao modelo de avaliação biopsicossocial da deficiência, emitida em 05 de Novembro de 2009, pela ABRASCO;
  6. a Nota Pública de Informação sobre o Instrumento de Avaliação Biopsicossocial, emitida em 28 de Outubro de 2019, pela AMPID.
  7. o Manifesto de Articulação Nacional pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, emitida em 17 de Setembro de 2020, pelo movimento de Articulação Nacional Pelos Direitos da Pessoa com Deficiência;
  8. a Resolução do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CONADE), de 10 de março de 2020, que aprova o Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM) como instrumento adequado de avaliação da deficiência a ser utilizado pelo Governo Brasileiro,
  9. os investimentos técnico, financeiro e científico brasileiro e a participação de instituições de atendimento as pessoas com deficiência de todas as regiões do país:

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) se posiciona em defesa da implementação imediata da avaliação biopsicossocial da deficiência, considerando o instrumento Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM), tal como formato validado pela Universidade de Brasília (UnB), como o mais apropriado para materialização deste modelo de avaliação, indicado na CDPCD e na LBI.

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Pesquisa aponta estabilidade de proteínas quiméricas no diagnóstico de Chagas

Entre os testes disponíveis para diagnóstico da doença de Chagas crônica, o ELISA é um dos mais utilizados por seu custo benefício. Porém, com frequência, apresentam resultados inconsistentes que podem ser atribuídos a várias causas, dentre elas os antígenos escolhidos para captura de anticorpos específicos. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização de dois testes sorológicos diferentes, sendo uma das alternativas futuras a utilização de proteínas quiméricas, que possuem vários antígenos (epítopos) diferentes do Trypanosoma cruzi em uma única molécula.

Um grupo de especialistas da Fiocruz Bahia, conduzido pelo pesquisador Fred Luciano Neves Santos, analisou o desempenho de quatro proteínas quiméricas de T. cruzi, denominadas IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4 (Instituto de Biologia Molecular do Paraná – IBMP), sob condições adversas de armazenamento e manuseio. Os resultados desta análise funcional, de termoestabilidade e de estabilidade de longo prazo foram publicados no periódico Biosensors.

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Estudo apresenta dados sobre impactos da pandemia no semiárido

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) apresentam, na próxima quinta-feira (23/9), os resultados de uma pesquisa que investigou os impactos da pandemia de Covid-19 na agricultura familiar. Os resultados podem contribuir para a formulação de políticas e para o fortalecimento das organizações de agricultores familiares. Para dar visibilidade ao relatório da pesquisa e promover o diálogo sobre suas conclusões, a FAO, a ASA e a Fiocruz Brasília realizam o webinário Um olhar sobre os desafios enfrentados pela agricultura familiar do Semiárido Brasileiro no contexto da Covid-19, com transmissão ao vivo pelo canal da ASA no YouTube e pelo Twitter da FAO Brasil, às 10h.

Os dados da pesquisa serão debatidos com diferentes atores estratégicos e parceiros, com vistas a promover iniciativas de enfrentamento à pandemia no meio rural, a exemplo de uma ação de vigilância popular em saúde realizada pela Asa e a Fiocruz Brasília. Essa iniciativa consistiu em processos formativos com movimentos sociais e governos para a promoção de territórios saudáveis e sustentáveis na região do semiárido brasileiro, discutindo os desafios do retorno a campo de forma segura e a construção de estratégias de enfrentamento da crise, incluindo o fortalecimento das relações comunitárias com o Sistema Único de Saúde (SUS). Pela Fiocruz Brasília, participam do webinário a vice-diretora, Denise Oliveira e Silva; o coordenador do Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT), Jorge Machado; e o coordenador de Integração Estratégica, Wagner Martins.

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Fiocruz cria teste molecular para hanseníase inédito no Brasil

Um novo teste de diagnóstico desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode contribuir para o enfrentamento da hanseníase. Baseado na metodologia de PCR, o Kit NAT Hanseníase obteve registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O exame detecta o DNA do bacilo Mycobacterium leprae, causador do agravo, e pode facilitar a detecção precoce da doença, que atinge, em média, 27 mil pessoas por ano no Brasil.

A inovação foi desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado à Fiocruz e ao governo paranaense. Os pesquisadores ressaltam a importância da aplicação de uma metodologia de ponta contra uma doença negligenciada.

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