Festas de final e início de ano, avanço da variante ômicron pelo mundo, recordes de novos casos em vários países, ausência de uma política de testagem… Esses são alguns dos fatores que levantam suspeitas de que o Brasil possa estar vivendo uma “onda silenciosa” de novas infecções pelo coronavírus nesse início de 2022.
Para completar o cenário, os sistemas de informática do Ministério da Saúde ainda não foram 100% recuperados de um ataque hacker realizado no início de dezembro, o que impede análises mais atualizadas sobre o atual cenário da pandemia nas últimas três semanas.
Leia MaisPor que o açúcar nas frutas não prejudica a saúde como o processado
As frutas são um tipo de alimento presente em todas as dietas saudáveis. Elas são caracterizadas, entre outras coisas, pela sua doçura, especialmente quando amadurecem corretamente.
Esse sabor doce das frutas é porque elas contém uma grande quantidade de um tipo de açúcar chamado frutose. Elas também contém glicose, mas em quantidade muito menor.
Leia MaisCovid-19: vacinas aplicadas no Brasil conferem proteção adicional a quem teve a doença
Um estudo publicado no site Medrxiv, nesta quarta-feira (29/12), mostra que as quatro vacinas aplicadas no Brasil conferem um alto grau de proteção adicional contra a infecção sintomática e as formas graves da Covid-19 em indivíduos que já haviam contraído o Sars-CoV-2 previamente. O estudo, liderado por Julio Croda e Manoel Barral-Neto, pesquisadores da Fiocruz, reforça ainda a importância do esquema vacinal completo, mesmo para essas pessoas. O trabalho pode ser acessado aqui.
Em formato de preprint (sem revisão dos pares), Effectiveness of CoronaVac, ChAdOx1, BNT162b2 and Ad26.COV2.S among individuals with prior SARS-CoV-2 infection in Brazil mostra que as quatro vacinas apresentam efetividade de 39% a 65% para prevenir as formas sintomáticas da doença. No caso das três vacinas com esquema de duas doses (Coronavac, AstraZeneca e Pfizer), a segunda dose fornece uma efetividade significativamente maior quando comparada com a primeira. A média de proteção contra hospitalização ou morte excede 80% 14 dias após o esquema vacinal completo – em comparação com pessoas infectadas e não vacinadas.
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Leia MaisMonitoraCovid-19 avalia desigualdades no processo de vacinação
A campanha de vacinação contra a Covid-19 vem sendo marcada por desigualdades sociais no processo que atingem o território brasileiro, aponta um levantamento feito por pesquisadores do painel MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Dentre os fatores sociais avaliados estão o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além de aspectos ligados à renda e localização geográfica. Nos municípios com menor IDH, são mais baixas as taxas de vacinação.
Os dados estão publicados na Nota Técnica 23 do MonitoraCovid-19, divulgada essa semana na plataforma. Segunda a nota, o IDH ajuda a qualificar a desigualdade da vacinação no país. Locais com baixo índice de desenvolvimento têm taxas de cobertura mais baixas, informa o estudo.
Leia MaisÔmicron: por que é importante descobrir origem da variante
Quando cientistas trabalhando na África do Sul descobriram a ômicron, algumas características dessa variante do coronavírus logo chamaram a atenção.
A primeira e mais importante foi o grande número de mutações que essa versão do vírus carregava — uma combinação de mutações que ainda não havia sido detectada por uma rede global de pesquisadores que faz o monitoramento de alterações genéticas do patógeno.
Leia MaisEdição 146 do Boletim Eletrônico tem como temas Biologia Molecular, Aids e Informação e Comunicação em Saúde
O Boletim eletrônico da Biblioteca de Manguinhos, em sua 146ª edição, apresenta artigos sobre Biologia Molecular, AIDS e Informação e Comunicação em Saúde. A publicação tem por objetivo fornecer acesso a fontes de informação especializada que são previamente selecionadas por bibliotecárias. Tal iniciativa visa ampliar o acesso a conteúdos científicos relacionados às áreas temáticas da Biblioteca de Manguinhos.
A cada mês, são divulgados eventos e artigos científicos numa temática específica. Nesta edição, na Seção Temática do Mês, sob o tema Biologia Molecular, estão disponíveis 14 artigos; para Doenças Infecciosas e Parasitárias – Aids e Informação e Comunicação em Saúde são apresentados cinco artigos para cada um dos tópicos. Destacamos abaixo alguns deles:
Seção Temática do Mês: Biologia Molecular
- EDVINSSON, L.; HAANES, K. A. Identifying New Antimigraine Targets: Lessons from Molecular Biology. Trends in Pharmacological Sciences, Amsterdam, v. 42, n. 4, p. 217-225, 2021.
- HIDALGO, P.; VALDÉS, M.; GONZÁLEZ, R. A. Molecular biology of coronaviruses: an overview of virus-host interactions and pathogenesis. Boletín Médico del Hospital Infantil de México, México, v. 78, n. 1, p. 41-58, 2021.
Doenças Infecciosas e Parasitárias: AIDS
- MATHIAS, A. et al. Percepções de risco e profilaxia pós-exposição ao HIV entre homens que fazem sexo com homens em cinco cidades brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 11, p. 5739–5749, 2021.
- MARTINS, P. C. et al. Association between handgrip strength and bone mass parameters in HIV-infected children and adolescents. A cross-sectional study. São Paulo Medical Journal, São Paulo, v. 139, n. 4, p. 405 – 411, 2021.
Informação e Comunicação em Saúde
- HEBERT, L. P. C. S. et al. Análise bibliométrica da produção científica brasileira sobre doença de Chagas. Reciis – Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 808-823, 2021.
- REYNA MARTÍNEZ, L. A. et al. Contribuciones de la comunicación en salud en la implementación de um projeto universitário de atenção primária. Revista Cubana de Educación Superior, La Habana, v. 40, n. 3, 2021.
Aqui vão os três primeiros eventos científicos de 2022:
Leia MaisÔmicron: entenda por que epistasia é chave para entender gravidade de variante
Coronavírus (em vermelho) se liga às células humanas (verde) por meio da proteína S (spike ou espícula).Não basta saber quantas ou quais mutações têm uma variante do vírus, saber o risco que representa é um fator determinante. Ômicron é a variante do coronavírus que apresenta mais mutações, por isso colocou o mundo em alerta.
Ela possui cerca de 50 mutações em comparação com o vírus original, das quais 26 são exclusivas dele. Desde que foi detectada em 24 de novembro na África do Sul, os cientistas começaram uma corrida contra o tempo para descobrir se a ômicron (originalmente conhecida como B.1.1.529) é mais contagiosa, mais letal ou capaz de “driblar” o efeito das vacinas. A chave para saber quais efeitos a variante terá, diz o especialista, é entender como suas mutações interagem entre si. Esse processo é denominado epistasia (não confundir com epistaxe, o termo científico para o sangramento pelo nariz).
Leia MaisVariante ômicron: vacinas contra covid ainda devem funcionar contra nova mutação, diz OMS