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A medicina milenar chinesa no SUS

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) remota há milhares de anos e a Acupuntura há pelo menos três mil anos. Mas foi a partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, que estados e municípios brasileiros começaram a implementar algumas práticas chamadas de integrativas na saúde pública, que engloba a MTC, a homeopatia, o uso de plantas medicinais e fitoterápicas, o termalismo, a medicina Antropofósica, entre outras.

Em 2006, o Ministério da Saúde institucionalizou essas práticas em nível nacional. Isso ajudou a aumentar ainda mais a busca por elas e o número de procedimentos realizados pelo SUS. O número de sessões de acupuntura, por exemplo, mais que triplicou somente nos casos financiados pelo Governo Federal. Eles saltaram de 122.397 em 2008 para 406.840 de janeiro a novembro de 2013. Um levantamento feito pelo Programa Nacional de Melhoria de Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) entrevistou 17.098 equipes de saúde da família. Dessas, 3.186 afirmam oferecer alguma Prática Integrativa, representando 18,63% do total.

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Conduta do parceiro influencia decisão de realizar aborto

A decisão feminina de interromper uma gestação está relacionada ao conhecimento da gravidez pelo parceiro e à reação que este esboçou no momento da descoberta. Tal afirmativa é resultado da pesquisa de mestrado da psicóloga Daniele Nonnenmacher, que também constatou que o abortamento, mais conhecido como aborto, frequentemente se associa à depressão, independente de ser provocado ou espontâneo. A pesquisa, realizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), comparou resultados obtidos em São Paulo (SP) e Natal (RN), e concluiu que a participação masculina está associada à decisão de abortar.

“Embora avanços sociais tenham ocorrido, seguem enraizados na identidade feminina princípios culturais e sociais que, diante da situação de abortamento, despertam na mulher conflitos e ambivalências”, explica Daniele. Na capital paulista, as reações negativas e a falta de participação do parceiro contribuíram à decisão de provocar o aborto. Já em Natal, a ausência deste no momento em que a gravidez se confirmou foi associada a seu interrompimento.

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Malformação fetal produz perda e complexo processo de luto

Elaborar a morte de um filho que ainda não nasceu, está vivo, e se desenvolvendo, é um processo que causa grande sofrimento a gestantes que, com autorização da justiça, optam por interromper a gravidez em virtude de malformação fetal. A situação gera perdas e desencadeia um complexo processo de luto, como mostra estudo do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Os casos analisados envolviam malformação fetal, sem chances de sobrevivência, como a anencefalia e a agenesia renal bilateral. Os resultados mostraram que o diagnóstico fetal causou sofrimento a essas mães por gerar inúmeras perdas e desencadear “complexo processo de luto. Por isso, a importância de discutir e planejar abordagens e cuidados à saúde de gestantes nessa situação”, afirma Elenice Bertanha Consonni, em sua tese de doutorado orientada pela professora Eucia Beatriz Lopes Petean.

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Campanha de combate a hanseníase deste ano inclui orientações aos profissionais de saúde

A Campanha “Hanseníase tem Cura“, do Ministério da Saúde, lançada nesta terça-feira (14), irá promover ações educativas para a população sobre tratamento e prevenção. Este ano, a campanha também será direcionada para os profissionais de saúde. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a orientação aos profissionais é importante porque muitos deles nunca tiveram contato com um paciente com hanseníase.

“Em alguns estados do Brasil a chance de um estudante de medicina, hoje, ver um caso de hanseníase já é muito baixa. Então a gente também tem um material para profissional de saúde, chamando a atenção, e nós também vamos estar lançando, já, um treinamento de ensino à distância para profissionais de saúde para apoiar o diagnóstico da hanseníase”, afirma o secretário. A principal ação da campanha direcionada aos profissionais de saúde será o envio de e-mails com orientações sobre como diagnosticar e tratar a hanseníase.

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Prática escolar pode promover respeito às diferenças

Na Faculdade de Educação (FE) da USP, pesquisa da pedagoga Ana Paula Sefton investigou uma proposta de prática docente e escolar que acolhe as diferenças de gênero e de sexualidade. A partir da análise do contexto de uma escola de ensino fundamental particular em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), o trabalho identificou condições que pudessem gerar a transformação das disposições culturais de gênero e sexualidade por meio das relações sociais entre professores, gestores, alunos e familiares. O estudo procurou mostrar como a prática docente, interpelada por um ambiente escolar favorável, embora imersa em uma sociedade sexista, tem condições de levar uma socialização para o convívio das diferenças.

“Em geral, a sociedade na qual vivemos é pautada em preceitos do patriarcado, que resultam em representações pré-definidas de como devem ser e atuar homens e mulheres em sociedade, sem considerar que tais pensamentos foram e são construídos socialmente a partir de interesses e de jogos de saber e de poder”, aponta Ana Paula. “A escola analisada apresenta práticas educativas e um ambiente de condições favoráveis para o questionamento das disposições de cultura sexistas e homofóbicas em prol do acolhimento às diferenças, sejam na relação da pessoa com ela mesma ou com as demais em sociedade.”

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Ingestão de folato na dieta de gestantes é inadequada

O folato é uma vitamina do complexo B essencial durante a gestação, pois previne diversos efeitos adversos na saúde materno-infantil. No entanto, pesquisa da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP com 82 gestantes, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), mostra que a ingestão dietética da vitamina não atingiu as necessidades nutricionais estabelecidas para o nutriente. O estudo foi realizado pela nutricionista Lívia Castro Crivellenti, com orientação da professora Daniela Saes Sartorelli, da FMRP.

O folato pode ser encontrado naturalmente nos alimentos, como vegetais folhosos verde- escuros, feijões, grão de bico, frutas cítricas, fígado entre outros, e na sua forma sintética, denominada ácido fólico, que é utilizada nos suplementos vitamínicos e nos alimentos fortificados. “Esta vitamina exerce papel fundamental nas reações do metabolismo do carbono que estão envolvidas na síntese de DNA e divisão celular”, aponta a nutricionista. “O consumo deficiente de folato na dieta de gestantes pode afetar a saúde das mães e dos bebês, resultando em efeitos indesejáveis, como maior risco de anemia materna, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto prematuro e alterações cromossômicas”.

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Bancos de Leite Humano precisam de doações

O estoque de leite materno está em baixa no Centro de Referência Nacional e Ibero-americano para Bancos de Leite Humano, localizado no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira(IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro. O instituto solicita a colaboração de mães lactantes.

A queda do estoque costuma acontecer no período de dezembro a fevereiro, já que, devido às festividades de fim de ano e às férias, muitas doadoras viajam e, com isso, a quantidade de litros de leite coletado diminui. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, está apresentando queda de 40% no estoque, o que representa aproximadamente 1.110 alimentações a menos por mês.

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Troque o sal pelos temperos e ervas naturais e ganhe saúde

Usado para reforçar e potencializar o sabor dos alimentos, o sal de cozinha pode e deve ser parcialmente substituído por ervas e temperos que também realçam o sabor e evitam os males causados pelo excesso de sódio. Substância essencial para o nosso organismo, se ingerido acima do necessário, o sal pode desenvolver, entre outras, doenças cardiovasculares, renais e hipertensão arterial que, segundo pesquisa Vigitel 2012, atinge 24,3% dos brasileiros, e 50% dos acima de 54 anos.

O brasileiro consome mais que o dobro de sódio recomendando pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é cinco gramas diárias. No Brasil, em média, são ingeridos 12 gramas por dia, segundo a Pesquisa do Orçamento Familiar/IBGE. “Particularmente no Brasil, observa-se que a população utiliza sal e temperos à base de sal em excesso, tanto na preparação, quanto no consumo dos alimentos, e vem consumindo cada vez mais alimentos industrializados.”, alerta a nutricionista da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Roberta Rehem de Azevedo.

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Pesquisadores desenvolvem carne bovina mais saudável

Além de diferentes tipos de corte, os apreciadores da carne bovina poderão encontrar futuramente, nos açougues e supermercados do país, versões mais saudáveis do produto, considerado vilão da dieta saudável em razão de seu elevado teor de ácidos graxos saturados e de colesterol.

Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), campus de Pirassununga, desenvolveram uma carne bovina enriquecida com vitamina E, selênio e óleo de canola, com menor nível de colesterol.

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Crianças e jovens veem violência como um aspecto concreto

Crianças e adolescentes brasileiros veem a violência como um aspecto mais concreto e, com o passar do tempo, conseguem tornar o conceito mais abstrato, percebendo aspectos mais sutis. Porém, tal transição não ocorre de forma satisfatória. Em muitos aspectos, a violência permanece sendo percebida de maneira concreta até entrar na fase adulta. A este fato, a pesquisadora Tamires Alves Monteiro, do Instituto de Psicologia da USP, atribui o papel das instâncias de formação do sujeito, sendo a escola a principal delas.

Tamires formulou a dissertação A construção da noção de violência em crianças e adolescentes inseridos em diferentes contextos movida por perguntas como: O que as crianças e os adolescentes brasileiros entendem por “violência”? É algo muito diferente da visão dos adultos? Qual é a influência do meio social nas diferentes percepções? Tal noção se torna mais complexa conforme avançam os estágios da inteligência?

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