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Telemedicina usa tecnologia para ampliar atendimento médico

Além da distância geográfica, populações que vivem longe dos grandes centros urbanos encontram também barreiras socioeconômicas, como o difícil acesso aos serviços de saúde. A proposta da telemedicina, conhecida também como telessaúde, surgiu como uma maneira de superar estas barreiras e prestar assistência a distância, ampliando o alcance do atendimento e, principalmente, da informação.

Desde 1997, a telemedicina é tema de uma disciplina coordenada pelos professores Chao Lung Wen, Raymundo Soares de Azevedo e Wu Tu Hsing, na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Com o auxílio de laboratórios, salas de videoconferência e outras ferramentas audiovisuais, como o projeto Homem Virtual, a disciplina de Telemedicina mostra aos estudantes como o atendimento médico pode ser aplicado em casos em que a distância entre o profissional e o paciente é um fator crítico.

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Estresse precoce pode agravar depressão na vida adulta, indica pesquisa

Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) verificou que o chamado estresse precoce – termo que engloba tanto traumas e maus-tratos físicos como abusos sexuais e emocionais sofridos por crianças e adolescentes – pode agravar quadros de depressão na vida adulta.

Coordenada por Mario Juruena, professor no Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP, a pesquisa detectou registros permanentes no cérebro de quem passou por esse tipo de estresse e estabeleceu um meio de identificar a relação entre causa e efeito em diferentes tipos de depressão.

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Ministério incorpora nova tecnologia para infartos

Conhecida como a principal causa de infartos, a Doença Arterial Coronariana (DAC), passará a contar com uma nova opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o Ministério da Saúde aprovou a incorporação do stent farmacológico método indicado principalmente para pacientes diabéticos ou com lesões em vasos finos. A expectativa é que a nova tecnologia beneficie cerca de 38 mil pacientes ao ano.

A Doença Arterial Coronariana é responsável pelo entupimento de vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio ao coração. Por esse motivo, o dispositivo intra-coronariano, ou stent, é fundamental para a prevenção do infarto do miocárdio, redução da mortalidade e dos sintomas. Aproximadamente 300 mil pessoas sofrem infarto do miocárdio por ano no Brasil e destas 84 mil pessoas morrem.

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Mulheres portadoras de diabetes aderem melhor à medicação

As mulheres são maioria, 58,3%, das pessoas diagnosticadas com diabetes e que fazem uso de medicamento oral na região Oeste de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). É o que mostra uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo do pesquisador Pedro Tadeu Istilli também aponta que apenas 25% dos participantes aderem plenamente ao tratamento com medicamento oral e só 35% não se esquecem do horário do medicamento. Somente 55% acreditam que os remédios trarão resultados positivos.

Os diabéticos diagnosticados há menos de 5 anos (13%) acreditam mais no tratamento feito com medicamentos orais, do que aqueles que receberam o diagnóstico da doença há mais de 11 anos (63,4%). Esses, inclusive, apresentam resistência ao tratamento. O resultado dessa baixa adesão dos pacientes ao tratamento prescrito “pode ser um determinante para o aumento do número de complicações como cegueira, problemas nos nervos, problemas de circulação do sangue e doenças renais”, afirma Istilli. Além disso, de acordo com o pesquisador, esses pacientes podem desenvolver má qualidade de vida.

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Médico acredita que hábitos brasileiros evitariam epidemia de ebola no Brasil

O médico brasileiro Paulo Reis, que trabalha com a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), acaba de chegar de Serra Leoa, onde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 783 pessoas já foram infectadas com o vírus Ebola.

Com atuação em outros dois projetos de MSF de Ebola e no tratamento de Marburg, febre hemorrágica com sintomas semelhantes ao Ebola e que também exige isolamento, Paulo Reis é considerado hoje um dos médicos mais experientes no tratamento do vírus. Ele afirma que, caso a doença chegue ao Brasil, não será um problema de saúde pública. “Os hábitos culturais do brasileiro, o modo como a gente encara a doença é muito diferente daquela região da África. Então, certamente, se houvesse algum caso hipotético, importado, certamente seria controlado e não teria um impacto maior”, afirma.

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Teste do Pezinho e Teste do Coraçãozinho são fundamentais e devem ser feitos ainda na maternidade

O Dia da Infância é comemorado no dia 24 de agosto e para que a criançada tenha cada vez mais saúde neste período fundamental da vida, a Triagem Neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS) reforça que todos os recém-nascidos devem passar pelos testes do Pezinho e Coraçãozinho. Também são realizados gratuitamente na triagem os testes da orelhinha e do olhinho.

A oximetria de pulso, o Teste do Coraçãozinho, tornou-se obrigatória em maio deste ano em todas as maternidades da rede pública de saúde, com a publicação da portaria N° 20, DE 10 DE JUNHO DE 2014. O exame deve ser realizado no dedo da mão direita do recém-nascido e no dedo de um dos pés, para ajudar a identificar problemas de coração. “O teste é uma triagem e o recém-nascido que apresentar alterações deverá realizar o ecocardiograma e não receber alta até que o diagnóstico seja esclarecido”, explica a pediatra Tatiana Coimbra, coordenadora-adjunta de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.

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Representante da OMS elogia Lei Brasileira Antifumo

O Brasil tem avançado progressivamente no controle do tabagismo. A avaliação foi feita pela chefe do Secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), Vera Luiza da Costa, durante encontro com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília. Entre as últimas conquistas obtidas, Vera destacou a regulamentação da Lei Antifumo por meio de decreto presidencial, que estabelece ambientes fechados de uso coletivo 100% livres de tabaco. A nova regra entrará em vigor em dezembro deste ano, ou seja, 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União. O objetivo é proteger a população do fumo passivo e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros.

A representante da OMS reconheceu ainda outras iniciativas que coloca o Brasil em posição de vanguarda. “A regulamentação da lei em ambientes livres de fumo associada ao aumento do preço do cigarro, a proibição da propaganda e o impedimento do fumo em locais coletivos fechados, posicionaram os brasileiros como sendo a maior população do mundo protegida dos malefícios passivos do tabaco”, afirmou Vera Luiza. Entretanto, ela apontou alguns desafios para o país nesta área, como a proibição de aditivos em cigarros, e a necessidade do Brasil manifestar seu apoio ao Protocolo de Cooperação Internacional para combate ao comércio ilícito dos produtos do tabaco, que precisa ser ratificado por 40 países para entrar em vigor, inclusive o Brasil.

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SONO: Dormir mal pode trazer problemas graves à saúde

A estudante Sheila Sousa  sofreu de insônia durante um ano. Ela conta que só conseguiu combater o problema depois que procurou orientação médica. “Dormia um pouquinho e acordava, não fixava a noite. Me sentia sensibilizada, chorava muito por causa disso. Inclusive com a medicação para o dia ajudava na questão do apetite. Inibia mais essa minha ansiedade pela comida, que e estava tendo, por conta da insônia. Foi um tratamento mesmo. Fui fazendo terapia, a depressão foi saindo e voltei a dormir bem”.

O otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Lucas Lemes, explica que, assim como Sheila, muitas pessoas que dormem mal acabam desenvolvendo problemas graves de saúde como obesidade, apneia e hipertensão. “Isso está cada vez mais sendo conhecido como mecanismos de doenças que podem ser favorecidas pela má qualidade de sono. As pessoas que dormem menos do que o necessário, ou que dormem mal, tem uma tendência, por exemplo, a ganhar peso. Outras doenças específicas favorecem a hipertensão arterial. Existem mecanismos que essa má qualidade do sono favoreça a uma elevação da pressão arterial sistêmica durante o dia”.

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Paciente com câncer recebe apoio do Instituto de Psicologia

O sofrimento associado ao diagnóstico do câncer extrapola os já conhecidos efeitos orgânicos dos tratamentos mais comuns da doença, como a quimioterapia – que provoca queda de cabelos, náuseas e dores. O paciente, e também seus familiares, enfrentam sentimentos de revolta, medo, insegurança e ansiedade que precisam ser levados em conta durante o processo de superação da doença, inclusive porque podem permanecer até mesmo após o fim do tratamento. É essa dimensão psicológica do câncer o foco da Psico-Oncologia e das atividades do Chronos, laboratório do Instituto de Psicologia (IP) da USP dedicado ao atendimento dessas pessoas por meio da psicoterapia.

No Chronos, sigla para Centro Humanístico de Recuperação em Oncologia e Saúde, mas também uma referência ao deus do tempo da mitologia grega, os especialistas que realizam o atendimento dedicam-se, igualmente, a conhecer a doença, e é isso o que diferencia o profissional da Psico-Oncologia. “Precisamos conhecê-la ao máximo, saber sobre os tratamentos e os efeitos colaterais”, explica Elisa Maria Parahyba Campos, professora do Departamento de Psicologia Clínica do IP e coordenadora do Chronos. O domínio dessas informações é importante pois cada tipo de câncer envolve determinadas características e reações, que podem influenciar o estado emocional dos pacientes. E ao lidar com os medos das pessoas, é preciso saber se eles são reais ou fantasiosos para poder orientá-las.

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Má conduta científica é um problema global, afirma pesquisador

Plágio, falsificação e fabricação de resultados científicos deixaram de ser problemas exclusivos de potências em produção científica, como os Estados Unidos, Japão, China ou o Reino Unido.

A avaliação foi feita por Nicholas Steneck, diretor do programa de Ética e Integridade na Pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, em palestra no 3º BRISPE – Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na sede da FAPESP.

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