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Modelo avalia qualidade do processo de conversão de energia

Pesquisa da Escola Politécnica (Poli) da USP resultou em um modelo para avaliar a qualidade do processo de conversão de energia no corpo humano e seus subsistemas, assim como nos processos bioquímicos do metabolismo. O trabalho foi realizado pelo engenheiro mecânico Carlos Eduardo Keutenedjian Mady em seu doutorado direto, sob a orientação do professor Silvio de Oliveira Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, e co-orientação do professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP. A pesquisa poderá auxiliar nos diagnósticos médicos e na análise do desempenho esportivo.

“Esta pesquisa parte da ideia de entender o corpo humano como uma máquina térmica, algo semelhante a uma turbina, um motor ou uma termelétrica”, explica Mady, lembrando que o corpo humano, assim como uma turbina, um motor ou uma termelétrica apresenta um determinado desempenho durante a produção de energia.

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Câncer infantojuvenil compromete orçamento familiar

Estudo na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP apontou que o orçamento das famílias diante do cuidado de seus filhos com câncer fica comprometido e que o apoio social fornecido por familiares, amigos e vizinhos é fundamental para o tratamento. Esse drama é relatado por uma das mães entrevistadas: “Não vou te falar que eu passei fome, porque eu tive gente para me ajudar”. Com a pesquisa, a autora Amanda Rossi Marques-Camargo, conclui que são necessárias políticas públicas que atendam as particularidades do câncer, seja ele infantil ou em adultos.

“Mesmo com os auxílios disponíveis aos pacientes com doenças crônicas, a condição do câncer possui particularidades e deve ser visto de forma especial. Aspectos como a baixa imunidade, características do tratamento e custos familiares devem ser levados em conta na elaboração e aperfeiçoamento das políticas públicas”, afirma. Ainda, segundo Amanda, o apoio formal, aquele dado pelos órgãos públicos, não contempla as particularidades do câncer infantil e que não há iniciativas de proteção social específicas para as condições dos pacientes com câncer infantojuvenil.

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Adversários na luta contra a hipertensão

A população em geral sabe que aspectos emocionais influenciam na saúde física, mas não tem conhecimento de que sentimentos como ansiedade e estresse diminuem a adesão ao tratamento de hipertensão. Esse e outros fatores que comprometem a terapia foram evidenciados numa dissertação de mestrado desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.
Segundo o autor da dissertação, enfermeiro André Almeida de Moura, além dos sentimentos já citados, a dificuldade de adaptação a um novo estilo de vida e o apoio familiar são decisivos no tratamento da hipertensão arterial. “42% dos entrevistados não conseguem acompanhar o ritmo de dietas e exercícios físicos, que são essenciais para o controle da pressão, e cerca de 13% percebe que a família não está colaborando com o tratamento.”

Realizado na cidade de Santa Helena de Goiás (GO), o estudo de Moura avaliou 138 pacientes atendidos em seis unidades de saúde do município. “Com 100% de cobertura, foi possível detectar que, mesmo com todos os remédios e ferramentas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a adesão ainda era muito baixa”, conta o pesquisador.
Com a coleta de dados realizada entre novembro de 2012 e abril de 2013, o estudo aponta que apenas 21% dos participantes aderiram ao tratamento medicamentoso e 15,9% cumpriam as recomendações médicas que, de acordo com o enfermeiro, eram a alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e exclusão de bebidas alcoólicas e tabaco.

Contribuição –
De acordo com a pesquisa, que traçou o perfil das pessoas que sofrem com hipertensão na cidade goiana, a maioria dos hipertensos (65,9%) era composta por mulheres com idade média de 60 anos. “Podemos afirmar que o sexo feminino foi prevalente devido às atividades e responsabilidades que as mulheres possuem, seja na vida profissional ou como mãe ou avó”, diz o enfermeiro.

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Banco de dados armazena análises faciais do brasileiro

Equipe de pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP acaba de criar um banco de dados com imagens faciais de brasileiros. O trabalho, liderado pelo professor doutor Marco Antônio Moreira Rodrigues da Silva, utiliza tecnologia 3D, Equipe da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto usa tecnologia em 3D, que capta imagens mais fidedignasutilizando uma metodologia não invasiva.

Quando concluído, garante o professor, deverá colocar à disposição dos profissionais de saúde um sistema padronizado (banco de imagens faciais) para auxiliar nos tratamentos, tanto estéticos quanto de problemas bucomaxilofaciais.

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Pigmentos de flores fluorescentes podem ter aplicação clínica

Pétalas de flores fluorescentes são pigmentadas com betalaínas, uma classe de produtos naturais coloridos presente também na beterraba (Beta vulgaris) e na planta conhecida como primavera (gênero Bougainvillea).

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), que estudam a ocorrência de betalaínas na natureza, desenvolvem métodos para a preparação de derivados que possam ser usados para o diagnóstico e o tratamento de doenças como malária e câncer.

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Desinfetante bucal é baseado em terapia fotodinâmica

Uma nova metodologia de terapia fotodinâmica, combinando LED azul e curcumina — pigmentação derivada da planta cúrcuma —, constitui uma nova forma de desinfecção bucal, principalmente na área odontológica. O objetivo dessa técnica é prolongar o efeito de desinfecção durante cirurgias bocais invasivas e não-invasivas, evitando que as bactérias alojadas na boca de um paciente se espalhem por todo o ambiente cirúrgico e, inclusive, pela corrente sanguínea do próprio paciente. Esse método está refletido no trabalho intitulado Effects of Photodynamic Therapy with blue Light and Curcumin as Mouth Rinse for Oral Disinfection: A Randomized Controlled Trial, assinado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e dentistas, propondo o uso da Curcumina, associada ao LED azul — aplicado por uma “caneta”.

O estudante de doutorado do IFSC e odontologista, Vitor Hugo Panhóca, que participou dessa pesquisa, explica que a boca possui diversos microorganismos que vivem nela, sem causar danos. “Mas podem ocorrer complicações na saúde da pessoa, quando o número de micróbios aumenta muito e entra em contato com sua corrente sanguínea. Nossa intenção não é zerar a quantidade de microorganismos existentes na boca, mas sim equilibrar o nível de bactérias, para que o próprio organismo humano possa dar uma resposta e resolver o problema”. Para Diego Portes Vieira Leite, outro odontologista envolvido na pesquisa, essas bactérias podem alojar-se no coração, causando problemas cardíacos devido à má desinfecção bucal.

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SciELO e Unesco lançam livro sobre 15 anos da biblioteca eletrônica

Com o objetivo de apresentar à comunidade científica internacional sua experiência bem-sucedida como modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na internet, o Scientific Electronic Library On Line (SciELO) lançou, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a publicação SciELO – 15 Anos de Acesso Aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica.

A obra, publicada em português, inglês e espanhol, relata a origem do SciELO, mantido pela FAPESP, tratando do contexto em que a biblioteca eletrônica foi idealizada e desenvolvida, suas contribuições para a comunicação científica, os meios utilizados para garantir a visibilidade e a acessibilidade universal da literatura científica que comunica, os resultados alcançados e seu sistema de controle de qualidade e produção, entre outros assuntos.

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Interação medicamentosa: entenda os riscos de se medicar sem orientação

Na próxima vez em que você estiver num consultório médico, ou em outro estabelecimento de saúde, e um profissional lhe perguntar se está fazendo uso de algum medicamento, procure responder o mais detalhadamente que puder. Não se esqueça de relatar o uso de chás, pomadas ou até mesmo aquele comprimido habitual para dor de cabeça. Essa é uma chance de tentar prever e prevenir um evento ao qual geralmente não se dá muita atenção, até que ocorra: a interação medicamentosa. Ela acontece quando os efeitos de um remédio são alterados pela presença de outro, bem como pela mistura com fitoterápicos (os chamados remédios naturais), alimentos, bebidas ou algum agente químico ambiental — como o calor emanado pelo chuveiro de casa.

O Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) registrou, só em 2011, cerca de 30 mil casos de intoxicação por uso de medicamentos. Embora não seja possível afirmar quais deles ocorreram por interação medicamentosa, em três circunstâncias específicas a possibilidade é muito extensa: pelo uso terapêutico errado, pela prescrição médica incorreta e por automedicação. “Às vezes a pessoa está fazendo uso de determinado medicamento e não informa isso ao médico, durante a consulta. Em outras, o próprio médico desconhece o potencial de interação dos remédios. E há ainda os casos em que o paciente usa medicamentos que tem em casa, seguindo palpites de amigos ou parentes, sem ter noção se eles podem realmente ser misturados”, descreve a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner.

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Imagem por ressonância pode apontar esteatose hepática

Pesquisa do professor Fernando Fernandes Paiva do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em parceria com pesquisadores de universidades brasileiras e francesas, propõe o uso da imagem por ressonância magnética (IRM) como novo método para analisar a esteatose hepática, substituindo a tradicional técnica — biópsia hepática — e a Espectroscopia por Ressonância Magnética (ERM). O estudo é descrito no artigo Is MR spectroscopy really the best MR-based method for the evaluation of fatty liver in diabetic patients in clinical practice?, do qual Paiva é um dos coautores, publicado em novembro de 2014 no site Plos One. A esteatose hepática é uma doença causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado.

Atualmente, uma das principais técnicas de análise da esteatose é a biópsia hepática, processo em que parte do tecido do fígado é extraída para avaliação do percentual de gordura. Além de ser um método invasivo — portanto, bastante incômodo para o paciente —, a biópsia verifica apenas uma determinada região do órgão, impossibilitando a avaliação de todo o acúmulo de gordura que se aloja em diferentes segmentos da glândula. Muitas vezes, essa metodologia fornece dados falso-positivos ou falso-negativos.

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Gestantes com planos de saúde buscam SUS para parto normal

O parto normal é o procedimento mais procurado no Sistema Único de Saúde (SUS) por usuárias de plano de saúde. Somente no período de 2008 a 2012, 96.223 mulheres que possuem convênio médico realizaram seus partos na rede pública. O dado é do mapeamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde sobre as operações de ressarcimento financeiro realizadas ao SUS pelas operadoras de planos de saúde. De acordo com a legislação, quando usuários de planos de saúde utilizam a rede pública, as operadoras precisam reembolsar o SUS pelo serviço.

Segundo as mães, esse fenômeno tem acontecido em virtude da dificuldade das gestantes em encontrar médicos na rede suplementar dispostos a realizar um parto normal. Atualmente, no Brasil, 84% dos partos realizados na rede privada são cesarianas. No SUS, esse índice é de 40%.

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