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Matemática usada em análise de plantas propicia diagnóstico médico

Pesquisa do pós-doutorando João Batista Florindo, do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, utiliza imagens microscópicas para analisar tipos de cisto bucal, patologia derivada de processos inflamatórios.

A identificação do cisto, que pode ser radicular ou queratocisto, é fundamental para aplicação do tratamento adequado. A técnica de análise de imagem aplicada pelo pesquisador alcançou precisão sensivelmente melhor do que o diagnóstico obtido por outras técnicas automatizadas.

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Pesquisa pode viabilizar produção de poderoso antioxidante

Pesquisadores do Grupo de Biotecnologia Molecular, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, estão desenvolvendo um fotobiorreator customizado, de alto desempenho, dedicado ao cultivo em larga escala da microalga Haematococcus pluvialis. Essa microalga produz um poderoso antioxidante — a astaxantina.

Esse antioxidante é 550 vezes mais potente que a vitamina E, e 10 vezes mais poderoso que o β-caroteno, podendo influenciar positivamente na redução das dores nas articulações, artrite e dores nas costas. A astaxantina também é conhecida pela proteção contra fenômenos oxidativos na pele, no sistema nervoso central, no cérebro e no sistema ocular, estimulando o sistema imunológico.

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Avaliação física simples diagnostica caquexia

A caquexia é uma síndrome associada a algumas doenças que causa perda de peso e força muscular, principalmente em idosos com câncer – chega a acometer 85% desses pacientes. Para reverter essa situação, um pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP usou um teste simples para avaliar a atividade física espontâneas desses doentes, por meio do estudo de parâmetros como o tempo sentado/deitado, o tempo em pé, o tempo caminhando e o número de passos dados e ver a sua associação com a caquexia.

Apesar de ser uma consequência de doenças graves e com grande impacto na saúde das pessoas, ainda é pouco abordada, sendo que a literatura médica descreve taxa de diagnóstico de apenas 2,4% dos casos. A explicação, aponta o médico geriatra e especialista em cuidados paliativos, André Filipe Junqueira dos Santos, autor do estudo, está na dificuldade de interpretação pelos médicos (da perda da massa e força muscular) e da demanda de exames sofisticados e caros para o diagnóstico.

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Novos biomarcadores vão ajudar a detectar câncer de bexiga

A descoberta de proteínas e metabólitos (pequenas moléculas que são produto do metabolismo humano) na urina de pessoas com e sem câncer de bexiga poderá ajudar, no futuro, a detecção precoce da doença. Os estudos estão sendo conduzidos pela pesquisadora Juliana Vieira Alberice, no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. “Outros estudos ainda necessitam ser realizados, mas os resultados obtidos até agora indicam que poderemos utilizar essas proteínas e metabólitos como biomarcadores para o câncer de bexiga”, aponta.

Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto, “biomarcadores são moléculas que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo. Assim, podem ser utilizados como ferramentas não apenas para o diagnóstico como também para o prognóstico de doenças, que é uma previsão do resultado do tratamento”.

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Ministério da Saúde vai uniformizar uso de medicamentos pós-exposição ao HIV

A terapia com medicamentos pós-exposição ao HIV terá novas recomendações para atendimento. Ocolocou em consulta pública o Protocolo de Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV. O documento ficará à disposição dos profissionais de saúde e público em geral para sugestões por um mês. A proposta foi apresentada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), que aprovou o texto e o disponibilizou para a contribuição da sociedade.

Disponível desde a década de 90 no Sistema Único de Saúde (SUS), a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) foi implantada, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção. O procedimento é usado em casos de acidentes de trabalho, em que os profissionais são expostos a materiais contaminados ou que têm a luva perfurada por objetos cortantes no trato com paciente soropositivo. Em 2011, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual e, em 2012, a profilaxia foi ampliada a qualquer acidente sexual, como o não uso ou rompimento do preservativo.

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Tabagismo passivo: Você conhece os riscos?

Quando o cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante, e cerca de 2/3 da fumaça gerada pela queima é lançada no ambiente, através da ponta acesa do produto (cigarro, charuto, cigarrilhas e outros). Isso afeta quem está em volta, o fumante passivo.

Fumante passivo é o não-fumante que convive com fumantes em ambientes fechados, ficando assim, exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes na fumaça ambiental do tabaco, que contém praticamente a mesma composição da fumaça tragada pelo fumante. São cerca de 4000 compostos, dos quais mais de 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos.

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Genômica avança contra o câncer

A compreensão das bases genéticas e moleculares que determinam o processo de carcinogênese, a formação do câncer, pode levar ao desenvolvimento de novas práticas terapêuticas mais precisas, contemplando características específicas de cada tumor e de como cada organismo reage à doença.

No último dia da FAPESP Week Barcelona, realizada pela FAPESP em parceria com os Centres de Recerca de Catalunya (Cerca) nos dia 28 e 29 de maio, em Barcelona, foram compartilhadas pesquisas em genômica e biologia molecular que têm possibilitado o desenvolvimento dessa abordagem “personalizada” e reforçado o combate à doença.

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Parasita transgênico indica processo vital ligado ao cálcio

Pesquisa do Nucleo de Apoio à Pesquisa Nucleo de Pesquisa em Sinalizacao Celular na Interação Patogeno-Hospedeiro (NAP-NUSCEP) da USP, desenvolveu um parasita transgênico que expressa um indicador de cálcio (Ca2+) geneticamente modificado (GCaMP3). O parasita é derivado do Plasmodium falciparum, causador da malária humana. O íon de cálcio, como em outras células conhecidas, está associado a uma série de processos essenciais à sua sobrevivência. O parasita transgênico poderá ser usado na busca de novas drogas antimaláricas, capazes de interferir na via de Ca2+ vital para o Plasmodium.

De acordo com a professora Célia Regina da Silva Garcia, do Instituto de Biociências (IB) da USP, que participou da pesquisa, cálcio é um ion sinalizador universal. “Em diversos organismos já foi demonstrado a importância deste segundo mensageiro nas vias de sinalização da célula. Isto também acontece com o Plasmodium”, afirma a professora, que coordena o NAP-NUSCEP. “Diversas pesquisas do Núcleo e colaboradores, além de trabalhos de pesquisadores de outros países, demonstraram a importância deste íon nos processos de secreção proteica, invasão celular, motilidade, progressão celular e egresso da célula hospedeira”.

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Profissionais de saúde que lidam com iminência da morte necessitam de formação diferenciada

Pesquisa aponta importância de preparação ética para aqueles que trabalham com cuidados paliativos

Com o envelhecimento da população brasileira e o avanço da medicina na manutenção da qualidade da vida, a presença de uma equipe preparada para atuar em situações de doenças crônicas que têm risco de morte tornou-se cada vez mais necessária. A pesquisadora Carolina Becker elaborou sua tese de doutorado sobre os profissionais dessa área buscando entender quais os problemas éticos vivenciados pelos chamados paliativistas e qual a sua diferenciação para os demais que atuam na saúde. Os dilemas detectados fizeram com que considerasse a necessidade de uma formação com fundamentos éticos e bioéticos que capacite esses profissionais a lidarem com as complexidades exigidas no cotidiano da profissão.

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Estressores psicossociais influenciam gestação e vida adulta

Projeto da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) acompanhou 900 mulheres grávidas do distrito do Butantã, zona oeste de São Paulo, pertencentes à nova classe C, e constatou que, durante a gestação, 27% sofreram algum tipo de violência (física, psíquica ou sexual), 29% tiveram depressão, 16% ansiedade e 4% dependência de álcool ou drogas. Essas condições estão associadas a uma maior ocorrência de retardo de crescimento intrauterino nos bebês, ou seja, peso e altura abaixo do esperado para a idade gestacional em que o bebê nasceu. “Crianças nascidas nestas condições têm aumentadas as chances de, na vida adulta, apresentarem hipertensão, diabetes, obesidade e transtornos mentais, doenças que têm um custo muito alto para um país”, alerta o médico pediatra e professor da FMUSP, Alexandre Ferraro.

Esses dados fazem parte dos resultados preliminares obtidos pelo Projeto Butantã – Novas Ferramentas na Compreensão do Desenvolvimento Infantil: a Interação gene-ambiente e a Conectividade Neuronal, realizado sob a coordenação de Ferraro e da psiquiatra infantil Bacy Fleitlich-Bylik, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. A pesquisa está inserida no âmbito do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da FMUSP. O INPD é um dos Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTI) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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