O Mapeamento de Susceptibilidade Magnética, que é feito por meio de Imagem de Ressonância Magnética (IRM) é mais sensível e específico para quantificar ferro in vivo em pacientes com Doença de Parkinson. Já se sabia que pessoas com Doença de Parkinson apresentam maior concentração de ferro na substância negra, mas a quantificação só era possível por meio de amostragem de tecido cerebral de autópsias. Essa quantificação, por meio de imagem in vivo, ou seja, de pessoas vivas, foi resultado do mestrado do físico-médico Jeam Barbosa, no programa de pós-graduação em Física Aplicada à Medicina e à Biologia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.
O pesquisador utilizou o mapa de susceptibilidade magnética, além de mapas de Relaxometria (ferramenta convencional para quantificar ferro por IRM) para avaliar a região da substância negra e outras regiões do cérebro como: globo pálido, putamen, núcleo caudado, tálamo e núcleo rubro. “Com o mapa de susceptibilidade foi possível visualizar uma maior concentração de ferro no cérebro de um grupo de pacientes com Doença de Parkinson quando comparado a um grupo de sujeitos saudáveis. E essa maior concentração estava somente na região da substância negra, a qual é conhecida como a principal região de morte de neurônios dopaminérgicos em pacientes com a doença de Parkinson”, revela.
Leia MaisPesquisa revela mais benefícios do aleitamento materno
Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP constatou que o aleitamento materno, além de todas as vantagens insistentemente divulgadas, também está ligado às menores taxas de diarreia aguda, infecções do trato respiratório, otite média e outras infecções, e à menor mortalidade de crianças por essas doenças. Os resultados mostraram, ainda, que crianças que não mamaram tiveram 2,6 vezes mais chances de ter diarreia.
Outros dados chamaram a atenção, como a constatação de que o uso da chupeta, especialmente durante o dia, pode elevar em quatro vezes as chances de a criança parar de mamar o peito, quando comparada com crianças que não usam. E, ainda que as crianças que não usaram mamadeira apresentaram 16 vezes mais chances de receberem o aleitamento materno.
Leia MaisSaúde define protocolo que simplifica tratamento após exposição ao HIV
Aids
A profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV unificada no Sistema Único de Saúde (SUS) passa a valer na rede pública ainda este mês. Isso significa que o tratamento está mais simplificado, o que vai facilitar o acesso nos serviços de saúde, assim como o procedimento para o profissional de saúde na hora do atendimento. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV – publicado nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União – integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses.
O protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o País. A rede de assistência conta, atualmente, com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 777 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).
Leia MaisComportamento antissocial é mais precoce entre brasileiros
Apesar dos achados revelarem que a maioria dos adolescentes (77%) já cometeram algum ato delituoso, o que indica normalidade desse comportamento na adolescência, informação também encontrada em estudos de outros países, a amostra brasileira verificou que apenas uma pequena parcela deles (17%) é responsável pela maior quantidade dos delitos. E, ainda, que a idade do primeiro delito ocorreu entre o final da infância e início da adolescência, enquanto dados internacionais mostram esse início na segunda metade da adolescência (por volta dos 15 anos).
O estudo foi realizado pelo psicólogo André Vilela Komatsu, pesquisador do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, com jovens, recrutados em escolas públicas (133) e em instituição judicial (60) da cidade de Ribeirão Preto.
Leia MaisBeta-ionona tem potencial preventivo para câncer de fígado
A susbtância beta-ionona (BI) tem potencial quimiopreventivo para o câncer de fígado. Encontrada em uvas e aromatizantes de vinhos, a BI é um composto bioativo da classe dos isoprenóides, envolvido com a via metabólica do mevalonato e a síntese do colesterol. Em testes realizados com animais, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP pela pesquisadora Mayara Lilian Paulino Miranda, verificou-se que a BI reduziu lesões pré-neoplásicas (LPN) no órgão, que precedem o câncer. O estudo também apresenta indícios de que a substância atenua o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), causada pelo acúmulo de gordura no fígado, que pode estar relacionada ao aparecimento das lesões.
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I FoRC Symposium: Advances in Food Science and Nutrition
O Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center, FoRC) realizará, no dia 2 de setembro de 2015, o I FoRC Symposium: Advances in Food Science and Nutrition. O evento ocorrerá na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, na capital paulista.
“New findings in protein turnover”, por Didier Attaix (INRA, França), “Continuous flow termal processing of viscous and particulate foods”, por K.P.Sandeep, da North Carolina State University (Estados Unidos), “Health benefits of dietary bioactive compounds”, por Paul Kroon, do Institute of Food Research (Reino Unido), são algumas das palestras programadas.
Leia MaisCélulas mesenquimais retardam progressão do câncer de mama em camundongos
Um tratamento com células-tronco mesenquimais humanas aumentou em 50% a sobrevida de camundongos com câncer de mama em experimentos realizados na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A pesquisa foi conduzida no âmbito do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco, um dosCEPIDs apoiados pela FAPESP. Os resultados foram divulgados na revista Stem Cells International.
Leia MaisEstudo testa nova classe de drogas com potencial efeito antidepressivo
Situações de estresse prolongado e momentos repetidos de raiva, medo ou ansiedade podem induzir modificações estruturais e funcionais no cérebro que predispõem ao desenvolvimento de doenças como a depressão.
Os antidepressivos convencionais são capazes de reverter essas alterações cerebrais, mas levam pelo menos 15 dias para começar a surtir efeito e apenas 60% dos pacientes respondem ao tratamento. Desses, apenas 50% atingem a remissão completa dos sintomas.
Leia MaisGrupo investiga efeito da reposição hormonal no cérebro
A reposição de estrogênios em mulheres no período de peri e pós-menopausa tem sido associada em estudos observacionais com humanos a uma melhora da concentração, memória, humor e sono, bem como a um retardo do declínio cognitivo.
Para desvendar os mecanismos moleculares pelos quais esses hormônios sexuais afetam o cérebro, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) têm realizado experimentos com ratas, nas quais uma condição semelhante à menopausa é induzida com a retirada cirúrgica dos ovários – os órgãos mais importantes para a produção de hormônios sexuais femininos.
Leia MaisEspecialista explica como HIV causou a pandemia de Aids
Agência FAPESP – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Fundação de Pesquisa Alemã (DFG) realizam em 17 de agosto, às 15h, na sede da FAPESP, a palestra “Por que o HIV-1 foi capaz de causar a pandemia de Aids? ”, pelo professor Frank Kirchhoff, diretor do Instituto de Virologia Molecular da Universidade de Ulm, na Alemanha, e ganhador do Prêmio Leibniz em 2009.
O virologista Kirchhoff é um dos principais pesquisadores no mundo sobre a Aids. Nos últimos 20 anos ele contribuiu para a melhoria da compreensão sobre o desenvolvimento da doença e sobre a evolução do HIV. Sua pesquisa tem se concentrado em proteínas responsáveis pela patogenicidade do vírus em seres humanos, apontando novos caminhos para prevenir a transmissão da doença.
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