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Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão

A alta incidência da doença no Brasil foi confirmada por levantamento mais recente, a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde (MS) em 2014. Segundo o estudo, cerca de 11 milhões de pessoas têm depressão no país.

Uma pesquisa, realizada no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos vinculados à Universidade de São Paulo (USP), investigou a expressão não verbal da depressão: “Indicadores de expressividade e processamento emocional na depressão”. O estudo, coordenado por Clarice Gorenstein, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, teve o apoio da FAPESP

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Técnica facilita a identificação da síndrome do olho seco

Tornar o diagnóstico da síndrome do olho seco mais fácil e barato é o desafio que está mobilizando um pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A ideia do projeto é desenvolver um método não invasivo, com a construção de um protótipo. Serão óculos com microcâmeras acopladas e diodos emissores de luz (LEDs). Por meio da análise das imagens captadas e de outros recursos, será possível identificar se a pessoa possui a síndrome. A pesquisa é realizada por Tiago Trojahn, doutorando do ICMC e professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus São Carlos.

A proposta parece muito simples, no entanto, computacionalmente, há vários obstáculos a serem enfrentados para que seja possível disponibilizar o produto no mercado. O potencial da iniciativa foi reconhecido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto está entre os 46 selecionados no 3º ciclo do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Nos próximos nove meses, Trojahn trabalhará com os pesquisadores da empresa de tecnologia e equipamentos médicos WaveTek, sediada em São Carlos, para comprovar a viabilidade técnico-científica do projeto e terá à disposição até R$ 120 mil (fase 1 do PIPE). Para isso, contará com o apoio de mais quatro profissionais com bolsas Fapesp: dois destinados a solucionar os desafios computacionais e dois voltados para o desenvolvimento do protótipo em si (aspectos ópticos, mecânicos e eletrônicos). Se a pesquisa for bem sucedida nessa primeira etapa, os pesquisadores podem solicitar mais recursos para o Programa em busca de consolidar a proposta (fase 2). A Fapesp poderá, ainda, em uma etapa posterior (fase 3), apoiar o desenvolvimento comercial e industrial do produto.

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Sistema ajuda portador de deficiência visual a se locomover

A criação de um dispositivo assistivo para auxiliar a locomoção de deficientes visuais por meio de sinais sonoros é o objetivo do projeto SoundSee, desenvolvido no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Os pesquisadores produziram um dispositivo portátil, que emite sons no ambiente para poder calcular a posição de obstáculos próximos. Uma vez identificado o obstáculo, o dispositivo transmite sinais sonoros que orientam o portador de deficiência visual. O protótipo do equipamento será submetido a testes para viabilizar sua utilização em larga escala e os resultados da pesquisa serão disponibilizados livremente.

“Há muito tempo, pessoas privadas da visão utilizam mecanismos auxiliares, como as bengalas, para detectar obstáculos”, afirma Francisco José Mônaco, professor do ICMC e coordenador da pesquisa. “O sistema SoundSee tem a mesma função, porém utiliza métodos mais sofisticados, capazes de localizar esses obstáculos à distância ou perceber seus movimentos”.

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Rede Zika elenca prioridades e define estratégias de operação

Com o objetivo de desenvolver um plano científico e operacional para a Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo – informalmente conhecida como Rede Zika –, cerca de 50 pesquisadores se reuniram na sede da FAPESP na última terça-feira (16/02).

No encontro, foram elencadas as perguntas científicas mais relevantes a serem respondidas por futuros projetos do grupo. Além disso, foi proposta a divisão da rede em subgrupos temáticos, para os quais serão definidos coordenadores a fim de facilitar a comunicação e o intercâmbio de resultados.

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Obesidade pode interferir na aprendizagem das crianças

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, a taxa de obesidade infantil deve chegar a 75 milhões em todo o mundo, um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI. Resultado, segundo especialistas, de alimentação inadequada, privilegiada pelo consumo de biscoitos recheados, chocolates, salgadinhos, lanches e bebidas industrializadas.

A partir desse dado, a fonoaudióloga Patrícia Zuanetti, decidiu estudar a relação entre a obesidade na infância e o aprendizado. E os resultados são ainda mais preocupantes. A pesquisa, após avaliar dois grupos, um com crianças consideradas obesas e outro com crianças não obesas, revelou que o excesso de peso causou prejuízos na atenção e na capacidade de alternar respostas e ações, de acordo com as exigências de estímulos. “Esse é um processo importante para o processo de alfabetização, leitura e aprendizagem”, enfatiza a pesquisadora.

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USP, Unesp e Unicamp unem-se em força-tarefa contra o Zika Vírus

No dia 3 de fevereiro, os pró-reitores de Pesquisa da USP, Unicamp e Unesp – José Eduardo Krieger, Gláucia Maria Pastore e Maria José Mendes Giannini, respectivamente – realizaram uma reunião na sede do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) com o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz; o coordenador adjunto da Diretoria Científica da Fapesp, Walter Colli; e representantes da Rede Zika Vírus.

O objetivo do encontro foi ouvir os membros da Rede sobre o combate ao Zika Vírus, identificar os gargalos referentes às atividades em desenvolvimento, acelerar processos e contribuir para soluções. A primeira proposta do grupo visa a consolidar o modelo de trabalho dos pesquisadores em Rede no Estado de São Paulo, no país e com pesquisadores do exterior; e aprimorar os canais de interação com a população e com os agentes de saúde (Secretaria de Estado da Saúde e Ministério da Saúde), para que a empreitada tenha o sucesso pretendido.

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Intervenções espirituais e religiosas na saúde são benéficas

A partir de uma revisão sistemática da literatura científica sobre intervenções espirituais e religiosas na saúde, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) verificaram que a grande maioria dos artigos publicados sobre o tema apontam que essas terapias trouxeram resultados positivos para os pacientes.

A revisão foi realizada pela pesquisadora Juliane Piasseschi de Bernardin Gonçalves e os dados estão descritos no artigo Religious and spiritual interventions in mental health care: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled clinical trials, publicado na revista Psychological Medicine, em julho de 2015. O objetivo do trabalho foi compreender a relação dos efeitos de uma intervenção espiritual ou religiosa na saúde.

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Neurociência ajuda educação na promoção da saúde

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra interfaces entre as descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro, o processo de aprendizagem na escola e a promoção de saúde. O estudo da educadora Neuza Mainardi aponta que um estímulo adequado do professor pode fazer o aluno se empenhar mais para aprender, de modo a aumentar sua autoestima. Isso o torna mais ativo no dia-a-dia, o que melhora sua qualidade de vida e, em consequência, a sua saúde.

Neuza aponta que as pesquisas na área neurológica se intensificaram na última década do século 20, conhecida como “a década do cérebro”. Uma das descobertas mais importantes da neurociência foi a da plasticidade cerebral.  ”Durante todo o século 20, acreditava-se que os seres humanos iam perdendo, ao longo da vida, os neurônios com que nasciam”, conta. “Entretanto, ao aprofundarem os estudos sobre o funcionamento do cérebro os cientistas descobriram que as células nervosas se renovam e se adaptam. Elas são sensíveis às mudanças ao redor e excitáveis, gerando sentimentos, pensamentos e comportamentos”.

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Estudo mostra que o brasileiro está mais obeso, diabético e com a pressão mais alta

Grande estudo sobre doenças crônicas com a participação do HU traz um retrato preocupante da saúde no País

A saúde da população brasileira adulta não vai bem. As pessoas estão mais obesas, um terço tem hipertensão, muitas delas desenvolveram diabetes e quase metade tem colesterol alto. A avaliação é do médico Paulo Lotufo, e tem um fundamento bem sólido: dados levantados no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), que ele coordena na USP desde 2008.

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Falta de assistência no nascimento de bebês incomoda mães

Toda mãe deveria ter contato precoce com o recém-nascido e aleitamento materno na primeira meia hora após o parto. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP constatou que os profissionais da saúde não dão assistência necessária para mulheres no momento do nascimento da criança.

O estudo realizado pela enfermeira Monise Martins da Silva, na maternidade da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Passos (MG), analisou práticas dos profissionais de saúde no momento do parto. A enfermeira queria saber que assistência era oferecida às mães e recém-nascidos, principalmente quanto ao contato precoce e à amamentação na primeira meia hora após o nascimento da criança.

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